Nessa semana estamos tendo o começo das disputas estaduais no futebol brasileiro. Muitos dos campeonatos que começaram no último final de semana, ou no meio dessa semana, são campeonatos de menor expressão nacional, mas com grande importância regional. Como excessão temos o jogo realizado ontem, válido pela 4a. rodada (como é possível?) do Gaúcho, entre Internacional e Novo Hamburgo, onde o colorado venceu por 1×0.
No último final de semana começaram os campeonatos Potiguar, Paraense, Alagoano e Pernambucano, esse como uma outra excessão, pois conta com dois representantes na Série A do nacional.
Ontem começaram o Cearense, o Bahiano e, como já dito acima, o Gaúcho.
Início de temporada, os times ainda estão “esquentando os tambores”, as contratações ainda são temas com maior espaço na mídia do que os jogos em si e, com o enorme número de jogos, fica impossível para esse blogueiro amador acompanhar tanta informação.
Particularmente eu não gosto dos estaduais. Os mais conservadores podem dizer que são esses campeonatos que matêm as rivalidades estaduais, que esses campeonatos têm charme, são tradicionais e blá, blá, blá. Eu penso diferente. Acho que, além de atrapalhar a preparação das equipes para o ano que se inicia, os estaduais de nada valem para os grandes clubes.
Ah, mas e os pequenos, como ficariam?
Bem, acho que eles ficariam da mesma forma, pois se pegarmos os principais campeonatos (SP, RJ, MG, RS, BA, PE e PR) nos últimos dez anos, e vermos quantos times pequenos foram campeões, vamos ver que os estaduais não fazem tanta diferença assim.
Em SP tivemos o Ituano em 2002 (porquê os times grandes não disputaram o estadual) e o São Caetano em 2004. No Rio nenhum time “pequeno” foi campeão nesse período, e o mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul e em Pernambuco.
Em Minas, assim como em São Paulo, em 2002 os times grandes não participaram da edição do estadual e a Caldense foi campeã daquele ano. Já em 2005 o Ipatinga conquistou seu primeiro e único estadual. Também no Paraná, em 2002 um pequeno foi campeão pela não participação dos grandes, tendo o título ficado com o Iraty. Em 2007 tivemos, também no Paraná, o Paranavaí campeão, e só.
O Campeonato Bahiano é o que mais representantes pequenos conquistaram o título nesse período: em três oportunidades, uma tendo sido dividido o título com um grande, o título não ficou nas mãos de Bahia ou Vitória. Em 2002 (de novo esse ano), o Palmeiras do Nordeste dividiu o título estadual com o Vitória (na Bahia se conta o título do Vitória no Supercampeonato criado, pois o Vitória não participou do Bahiano daquele ano, dedicando-se à Copa do Nordeste), em 2006 foi a vez do Colo-Colo ganhar o estadual e, no ano passado, o campeão foi o Bahia de Feira de Santana.
No total, de 70 campeonatos analisados (7 estados, 10 anos), contando que em 2002 os times grandes dedicaram seu primeiro semestre à disputa das copas regionais, apenas em 8 oportunidades os times pequenos foram campeões.
Então, esse discurso de que esse campeonato é importante para os pequenos não passa, na minha opinião, de besteirol.
Já os grandes acabam invariavelmente entrando no campeonato sem interesse, porquê sabem que vão chegar nas suas finais, e, quando lá chegam, aí dão importância para não perder para o rival.
De qualquer forma vamos acompanhar e, assim que surgirem os campeões, iremos atualizando os rankings com as devidas pontuações.
E que 2012 seja grandioso para o futebol brasileiro!!!
Futebol em Terras Brasilis 