Arquivo de Abril, 2013

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Certa vez, conversando com um economista, diretor financeiro de uma empresa multinacional, sobre aplicações financeiras, mais especificamente sobre aplicação na bolsa de valores, ele me orientava sobre como diversificar essa aplicação, tentando obter mais lucro com o mesmo valor aplicado. Lembro-me que na época ele disse que a aplicação mais arriscada seria o que se chama de “mercado futuro”, pois funcionaria como uma aposta no preço futuro das commodities negociadas na bolsa.

E me lembro perfeitamente dele ter alertado sobre o risco dessa operação: “É no mercado futuro que se separa os homens dos meninos”, alertou-me.

Certamente eu fiquei na turma dos meninos.

E, saindo do mercado financeiro, que não é minha praia, para voltarmos ao tema da tarde, começa hoje para os times brasileiros a fase de oitavas-de-final da Taça Libertadores 2013.

O torneio continental começa a separar, à partir de hoje, os homens dos meninos.

Começa com um desafio extremamente complicado para o Alviverde do Parque Antártica, que não poderá mais ser chamado assim depois da venda dos namings rights para a seguradora Allianz, e que deverá ter que se acostumar com a nova realidade das arenas brasileiras.

Com relação a escolha do nome, só como pitaqueiro que sou, particularmente gostei mais do Allianz Park, ou Parque no nosso bom e velho português, que acaba remetendo ao antigo nome do estádio. Um nome moderno que combina com a nova realidade do estádio Palmeirense.

Voltando ao jogo de hoje, o Palmeiras encara não só o bom time do Tijuana, classificado para essa fase como o melhor segundo colocado da fase anterior, como também o maledeto gramado sintético do time mexicano.

E para aqueles que acham que isso é frescura, o Globo Esporte de hoje mostrou que o time Alviverde teve que fazer treinamentos específicos de quique e velocidade da bola, que são completamente diferentes na grama natural para a grama sintética.

E nessa fase amigo, qualquer detalhe conta. Quando passamos para confrontos mais decisivos e equilibrados, são os detalhes que fazem toda diferença.

Acredito num bom desempenho do time Alviverde hoje. Não sei se o Palmeiras consegue voltar com uma vitória, mas também não acho que venha pra casa com uma sonora goleada na cabeça.

Tampouco acho que a eliminação no Paulistinha, frente ao Santos, no último sábado vá causar alguma influência negativa no desempenho do time Verde. Até porquê sou daqueles que acham essa eliminação perfeitamente aceitável, principalmente nos pênaltis, como acontecera com o Palmeiras.

Apesar de ter apostado, no meu post anterior, que o Tijuana tem mais condições para passar de fase, volto a frisar que acredito que o Palmeiras depende, principalmente, de um resultado na noite de hoje.

Uma derrota? Pode até ser reversível.

Um empate? já seria de bom tamanho.

Uma vitória? Ah, essa já começaria a dar a esse Palmeiras a cara de homem que ele tanto quer.

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É engraçado como algumas coisas acontecem na nossa vida, né?

Hoje, me dirigindo para a cidade de Cruzeiro, próximo da divisa entre SP e RJ, eu vinha pensando em escrever esse post, em comemoração ao número que ele representa: esse é meu post de número 200!

A ideia central dos meus pensamentos era como fazer com que a audiência do meu blog aumentasse cada vez mais à partir de agora.

Para minha surpresa, recebi uma mensagem via Facebook que pode ser a resposta a minha questão.

Um projeto bem interessante, que vai começar a ganhar corpo à partir do jogo da Seleção Brasileira, na noite de hoje.

Talvez esse projeto, que confesso não ser meu, faça com que esse blog comece a ganhar um corpo que ainda não tem. Vamos ver.

Com relação ao jogo da nossa Seleção, acredito que temos time para ganhar, sem sufoco, mesmo não contando com o reforço daqueles que jogam na Europa.

Apesar de saber que o amistoso de hoje é muito mais de interesse político do que futebolístico, espero que nosso técnico possa visualizar quais desses jogadores terão realmente condições de defender a camisa amarela na Copa das Confederações.

Torcida minha a Seleção terá. Sempre.

Com relação às novidades, vamos ficar por aqui, aguardando ansiosa e ociosamente o que pode acontecer daqui pra frente.

E você, meu amigo que curte a página do nosso blog no FB, ajude a atingirmos a marca de 50 “curtidas” na rede social.

Leia, curta, compartilhe! Vamos fazer desse o maior blog amador sobre futebol do país!

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Daqui a pouco, mais precisamente às 16 horas pelo horário de Brasília, passará ao vivo para todo o Brasil, através de dois canais de televisão, o confronto válido pelas semi-finais da Champions League entre as atuais potências Barcelona e Bayern de Munique, bases da Seleções Espanhola e Alemã, respectivamente, e times que polarizaram a atenção mundial pela qualidade do futebol mostrado nos últimos anos.

Qualidade essa inquestionável, diga-se de passagem.

A transmissão dessa fase da Champions aqui em Terras Brasilis já não é mais novidade. Se antes esse confronto ficava restrito apenas aos canais fechados especializados em esporte, de um tempo pra cá, não só essa fase do torneio, mas o campeonato em si tem sido transmitido na TV aberta do país, com as devidas reportagens antes e pós jogos, além da insistente promoção da transmissão.

Efeitos do mundo globalizado. Será?

Da mesma forma que se tornou comum ver esses jogos, do principal torneio de clubes da Europa, também se tornou comum ver camisas desses times circulando nos mais diversos locais e cidades do país. Camisas do Barça, do Real e do Milan são as mais comuns, mas também é possível acharmos camisas de times que nem sabíamos que existiam. 

Se você for a algum condomínio de classe C e B em São Paulo, por exemplo, talvez se assuste com uma constatação: as camisas de times Europeus já são mais comuns nos corpos de meninos com menos de 15 anos, do que a de times brasileiros.

Da mesma forma vem acontecendo com as Seleções. Uma vez, ao ver um colega com um casado da Espanha, questionei a ele por que ele usava aquele casaco ao invés de utilizar um da Seleção Brasileira. A resposta veio de bate-pronto: “Porque eles são a melhor Seleção do mundo!”.

Nem o argumento de quê a Seleção Brasileira detém 5 vezes mais títulos mundiais que a Espanhola não foi suficiente para fazê-lo perceber a besteira que tinha dito. A Seleção Espanhola pode ser a que joga o melhor futebol hoje, mas não é a melhor do mundo! Eles têm que comer muito arroz com feijão para alcançar esse feito! Muito…

Mas não alonguei o assunto, até porquê cada um veste aquilo que quer, e ele não tem culpa de pensar o que pensa.

A culpa é dos dirigentes do nosso futebol.

A internacionalização de nossa torcida vem acontecendo de forma gradual e paulatina nos últimos 15 a 20 anos. 

Ainda não chega ao estágio de roubar torcedores dos times nacionais, certamente que não. Mas é um fenômeno que deveria ser analisado com mais intensidade pelos dirigentes de clubes e federações do país. 

Hoje para um Corinthians, um Flamengo, um Grêmio ou um Sport Recife isso pode não fazer tanto efeito, até porque nossos dirigentes já estão acostumados com a “esmola” que seus clubes conseguem arrecadar. 

Mas, à partir do momento que um garoto de 12 anos prefere comprar uma camisa do Real Madrid, um jogo de vídeo-game que tenha a Liga Inglesa, ou assistir uma semi-final de Champions ao invés de comprar uma camisa do São Paulo, de exigir um jogo de vídeo-game com times do seu país, ou de assistir uma semi-final da Libertadores, podemos começar a perceber que os hábitos de consumo relacionado ao futebol desse garoto, quando homem, poderão ser mantidos ou ampliados, como acontece com qualquer torcedor e consumidor do mundo.

Perceber que essa garotada de hoje está tendo muito mais afinidade com o que vem de fora e, além disso, agir contra essa situação, deveria ser prioridade zero para os dirigentes de nosso futebol. 

A perda de receita que já está acontecendo, quando um garoto pede ao pai uma camisa do Manchester no lugar de uma do Flamengo, deveria preocupar e muito aqueles que querem um futebol brasileiro cada vez mais fortalecido.

Sem falar na nossa Seleção que, como já disse aqui em outras oportunidades, está completamente sem identificação com nosso torcedor. Esperem e verão, já na Copa das Confederações, uma torcida com pouca afinidade com seus atletas, com sua Seleção.

Não quero nem ver como vai ser na Copa do Mundo.

Deter e diminuir os efeitos desse processo é possível. Para isso, o primeiro passo seria os dirigentes do nosso futebol entenderem que o maior rival de seu clube não é o adversário em campo, mas todas as outras opções de lazer que podem roubar a atenção dos torcedores, e consequentemente seu dinheiro.

Como diz o Erich Beting, o maior rival do Corinthians não é o Palmeiras. É o cinema!

Eu incluiria, se o Beting me permitisse, a constante internacionalização da torcida brasileira nesse rol de rivais.

Uma lembrança agitou minha mente durante toda essa semana.

Algo que vem lá dos fundos da minha memória, que nem eu imaginava que já poderia fazer tanto tempo. E, junto com essa lembrança, veio também um sentimento bem gostoso que eu tenho por alguém especial na minha vida.

Esse alguém é meu tio Carlos.

E essa lembrança é o primeiro jogo de futebol que eu fui assistir no estádio.

E, contando com a ajuda maravilhosa da internet, além da colaboração imprescindível da soneca da tarde da Manuelita, eu consegui achar o vídeo desse meu primeiro jogo.

Um Corinthians 4×0 Guarani, ou Guaraná como nós, as seis crianças que meu tio corajosamente levou ao estádio, teimávamos em chamar.

Num domingo de sol do ano de 1986, meu tio Carlos, que geralmente proporcionava os melhores passeios para aquela molecada toda, colocou seus dois filhos, Paulo e Guilherme, e os quatro sobrinhos, eu, meu irmão Rodrigo, a Priscila e o Claudinho (que hoje é, na verdade, Claudião), e fomos todos em direção ao velho estádio do Pacaembu.

Fomos de arquibancada, já que naquela época não era tão perigoso assim ficar nessa parte do estádio. Eu, Corinthiano fanático que já era, me lembro direitinho da primeira vez que vi o campo gramado do Pacaembú, ainda lá em cima, no portão de entrada.

Naquela época a arquibancada pegava desde a curva do portão principal até próximo do tobogã, passando por debaixo das cabines de rádio, onde hoje fica situada a cadeira laranja. Escolhemos nosso lugar bem abaixo das cabines de rádio, no meio do campo, com uma visão privilegiada.

O passeio, lógico, teve direito a sorvete, amendoim e uma bela bagunça, sempre capitaneada por esse meu tio.

Por falar no meu tio, como ele era corajoso, meu Deus! Levar seis crianças ao estádio e conseguir controlá-las era realmente um ato de muita coragem! Coragem não por ser um passeio perigoso, que naquela época não era, mas por conseguir dar conta da garotada, sempre com muita paciência e atenção.

Mas o tio Carlos sempre fazia isso. Quando não era a escalada no Pico do Jaraguá, era o passeio com piquenique no Parque do Carmo. Quando não era isso, nem aquilo, era uma deliciosa história do Pedro Malazartes nas reuniões de família, quando ficavam todas as crianças à sua volta, ouvindo atentamente as artes do tal do Pedro.

Boas lembranças nas quais eu sempre tento me espelhar para tentar ser um tio para meus sobrinhos e um pai para minha filha tão legal quanto era, na minha infância, meu tio Carlos.

Do jogo em si pouco me lembrava. Me lembrava que o Biro-Biro tinha feito um dos gols e que todos os outros tinham sido marcados por um outro jogador. Hoje vi, pelo vídeo, que esse jogador é um tal de Ricardo.

Mas isso não importava. Isso não importa.

O que importa é que para sempre vou levar na minha memória os passeios com o tio Carlos.

E que para sempre ele estará em meu coração.

O futebol brasileiro deu um show na primeira fase da Taça Libertadores de América desse ano, conseguindo classificar, pela primeira vez na história da competição, seus seis participantes. 

E o melhor: apenas dois como segundos colocados, justamente em grupos onde os líderes eram, também, brasileiros!

Mas, como todos sabem, daqui pra frente é um novo campeonato. Tirando as “vantagens” que aqueles que se classificaram como primeiros colocados têm de jogar em casa, começamos essa fase do zero, com todos tendo as mesmas chances.

Vou tentar analisar o que pode acontecer nos confrontos em que teremos os times brasileiros envolvidos.

A começar pelo confronto entre os brasileiros!

Atlético Mineiro x São Paulo:

É normal que se valorize muito a bela vitória São Paulina no jogo da última quarta. O Tricolor jogou com muita garra e dedicação e conseguiu anular a principal peça do Galo, o Ronaldinho Gaúcho. 

Mas agora é um outro confronto, quer dizer, dois outros confrontos.

O Galo tem os onze titulares melhores que os do São Paulo. Quando analisamos o elenco completo as coisas meio que se equilibram, com uma ou outra vantagem em cada posição para ambos lados. 

Apesar de toda raça e vontade demonstrada pelos Tricolores no último jogo, acho que na soma dos dois confrontos dá Galo. Se pudesse apostar na Loteca possivelmente eu colocaria uma trinca, mas já que é para escolher um só eu vou de Atlético.

Sem me esquecer, é óbvio, que a soma dos dois resultados da primeira fase, fossem feitos novamente, o classificado seria o São Paulo.

Palmeiras x Tijuana:

Dureza na vida Alviverde já não é mais novidade nenhuma para sua torcida. E, nessa fase do torneio continental não poderia ser diferente.

O Palmeiras vai pegar o melhor segundo colocado da primeira fase e, na boa, um time que joga um futebol certinho. Vai ser complicado.

Vai depender muito do resultado na grama sintética de Tijuana. Se trazer um empate, ou até uma derrota com gols, pode fazer facilmente o resultado aqui e passar de fase. Agora, se perder de dois ou mais gols, sem fazer ao menos um, aí vai complicar.

Acho que não vai dar para o Alviverde, apesar da decisão ser em SP.

Corinthians x Boca Juniors:

Outra trinca certa.

A reedição da final do ano passado, agora numa fase bem anterior, vai eliminar um dos dois favoritos ao título. E, aposto seco, esse eliminado será o Boca Juniors.

Não que eu ache que o Corinthians vá ter vida fácil. Não. Inclusive o Timão tem, na minha opinião, o caminho mais complicado para chegar às semi-finais.

Acho até que esse é um típico confronto que pode dar uma decisão por pênaltis. Mas já faz algum tempo que o Boca já não é mais aqueeeele Boca e, diferente de outras edições da Libertadores, o Timão tem todo o seu elenco (ou a enorme maioria dele) experiente nesse confronto.

A final do ano passado faz com que esses jogadores do Corinthians já não temam mais o Boca. Por isso que eu acho que dá Corinthians.

Esses três confrontos estão na mesma chave a caminho da final. Essa é a chave mais complicada que conta ainda com o confronto entre Vélez x Newell’s Old Boys (quartas de final com Corinthians ou Boca).

Santa Fe x Grêmio:

Decidir fora de casa pode ser um complicador para o Grêmio nesse confronto.

Outro complicador pode ser a possível crise interna que o Tricolor parece estar passando. Após montar um time cheio de estrelas, todas à pedido do seu técnico, dizem que o Grêmio não está conseguindo pagar seus salários e, obviamente, isso vem causando grande desconforto entre os atletas.

Mesmo assim acredito na classificação do Imortal. Apesar da campanha irregular, o time do Grêmio tem mais qualidade do que o seu adversário colombiano, e deve se classificar.

Fluminense x Emelec:

O Flu foi, sem dúvida alguma, o brasileiro com mais sorte com relação ao adversário.

Além de pegar um dos times mais sem expressão entre os 16 que se classificaram, o Tricolor vai decidir em casa a vaga para a próxima fase.

O Emelec foi o mesmo time que o Corinthians pegou nas oitavas da Libertadores do ano passado, tendo empatado lá e vencido, com certa facilidade, por 3×0 em casa.

Dá Tricolor, sem medo de errar.

Bem, eu já dei os meus pitacos. E você, o que acha?

Arrisca aí e me diz o que você acha que pode acontecer daqui pra frente. Arrisca…

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Aqueles que se surpreenderam com a vitória do São Paulo sobre o Atlético Mineiro, na noite de ontem, e a consequente classificação Tricolor certamente pouco ou nada sabem sobre futebol.

A vitória do time do Morumbi, inclusive com um Morumbi recebendo um ótimo público, sempre foi bem possível sim. Houveram muitos questionamentos, principalmente embasados na, até então, péssima campanha que o São Paulo vinha fazendo na competição, que justificavam a desconfiança da imprensa e da torcida Tricolor sobre o resultado do jogo de ontem.

Três desfalques importantes ajudaram a aumentar ainda mais essa desconfiança.

Mas também não era para tanto. Como eu escrevi ontem, não estávamos falando do XV de Piracicaba ter que vencer o Barcelona. Não.

O São Paulo vencer o Atlético Mineiro, jogando em pleno e lotado estádio do Morumbi é, e sempre será, um resultado completamente normal. Principalmente porque o jogo valia muito mais para o Tricolor do que para o Galo.

Agora vem uma nova realidade. Os próximos confrontos, válidos pelas oitavas de final da competição são praticamente um novo campeonato.

E, tirante o fator “segundo jogo em casa”, ambos entram com as mesmas possibilidades de avançar na competição.

E hoje tem mais:

Os outros dois representantes Tricolores do futebol brasileiro entrarão em campo, na noite dessa quinta-feira, cada um em busca de um empate para se classificar.

A situação do Grêmio é mais complicada.

Jogará fora de casa, contra o chileno Huachipato e, além do adversário, terá que enfrentar a crise interna que se estabeleceu no time de Vanderlei Luxemburgo.

Dizem por aí que já há atraso nos salários e, como consequência óbvia, uma puta insatisfação no elenco.

E, vamos e venhamos, ninguém é obrigado a cumprir com seus compromissos quando a outra parte falha com os dele, né?

Já para o Tricolor Carioca a missão é bem mais suave.

O Flu vai receber o Caracas, da Venezuela, no estádio do seu rival Vasco da Gama. Um empatezinho também classifica o Tricolor para a próxima fase, independente do resultado do jogo do Grêmio.

O Flu tem completas condições de sair com a vitória e terminar essa fase como líder do seu grupo. Já o Grêmio tem uma situação mais complicada para resolver, mas acredito que o empate é o resultado mais provável para o confronto.

O ruim desse grupo é que caso os dois times brasileiros percam seus jogos eles estarão eliminados.

E para aqueles que gostam de futebol, como eu, ainda tem o jogo do Palmeiras, contra o Sporting Crystal do Perú, lá em Lima.

O time Alviverde, já classificado, joga pela liderança do seu grupo. Para isso, sem ter que depender do resultado do confronto entre Libertad e Tigre, o Palmeiras necessita de uma vitória simples.

Caso ela não venha basta torcer para que o time paraguaio também não vença o seu jogo (o que eu acho muito difícil que não aconteça).

E, após tudo isso, teremos a definição dos confrontos de oitavas-de-final. A hora que o bicho começa a pegar pra valer.

Particularmente eu gosto muito desse sistema que a Conmebol fez para definir as chaves das fases eliminatórias. Ao contrário do que acontece com a Champions League, por exemplo, na Libertadores os times que se destacaram mais na primeira fase ganham, como um tipo de prêmio, uma melhor condição para a disputa das fases seguintes.

O que é bom deve ser elogiado! Sempre!

Dois empates e uma vitória para o futebol brasileiro hoje servirá para fecharmos essa fase com chave de ouro!

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Uma das maiores besteiras que eu sempre ouço por aí, e ouvia muito mais antes do meu Corinthians ser campeão da Libertadores, era que esse é um torneio que só ganha quem tem camisa, ou quem tem tradição.

Besteira, e das grandes!

Fosse assim nos últimos dez anos quatro times não a teriam conquistado pela primeira vez. Casos do Corinthians, Internacional, LDU e Once Caldas.

É certo que na grande maioria das vezes as pessoas, comentaristas esportivos inclusive, falam essa besteira pela total falta de argumentos, ou até pela pura diversão. Nesse ponto, da diversão, acho legal que seja assim.

Mas quando você vê o cara defendendo essa “tese” com unhas e dentes, pode escrever meu amigo, o cara não sabe nada de futebol.

Para um time ser campeão desse, ou de qualquer outro torneio, muitos fatores são necessários: talento dos jogadores, técnico competente, diretoria competente, estrutura organizada e, não menos importante embora no nosso continente seja o menos visto, uma boa administração do clube.

Em nenhum momento entra a tal da tradição no torneio, ou a “camisa”. Até porquê, os times que atualmente já conquistaram esse campeonato em algum dia tiveram que conquistá-lo pela primeira vez.

Vejam o caso da Seleção Espanhola, por exemplo. Até o início desse Século a Fúria era conhecida como um time que amarelava, principalmente nas Copas do Mundo. Era uma Seleção sem camisa, sem tradição de conquistas. Besteira gente. Veja o que aconteceu no futebol espanhol e, consequentemente, mundial depois de 2008 (ano da primeira Euro que essa turma de hoje ganhou).

 Vejamos também o caso do jogasso entre brasileiros na noite de hoje.

De um lado temos o São Paulo, três vezes campeão da Libertadores e time brasileiro com mais participações no torneio continental. Além disso o São Paulo é, sem dúvida alguma, o maior vencedor de torneios internacionais do país.

Do outro lado temos o Atlético Mineiro, onde o melhor desempenho na competição continental foi a disputa de uma semi-final em 1978. Além disso, o Galo tem dois títulos da Copa Conmebol, ambos na década de 90 e mais nada.

Acontece que hoje o Galo entra em campo classificado como melhor time da primeira fase e o Tricolor entra dependendo não apenas de sua vitória, mas de uma vitória do Arsenal de Sarandí no outro jogo do grupo.

Missão complicadíssima para o Tricolor, que aqueles que sempre apostam no fator tradição e camisa poderiam jurar que não chegaria a esse jogo nessa situação.

Particularmente eu acho que a classificação São Paulina é bem possível, pois não estamos falando que o XV de Piracicaba precise vencer o Barcelona. É o São Paulo que precisa vencer o Atlético, dois gigantes do futebol brasileiro onde esse resultado é bem possível sim.

Pelo lado Atleticano, existe a possibilidade de eliminar desde já um potencial candidato ao título e, principalmente, o confronto com um brasileiro (o próprio São Paulo) já na próxima fase. Fosse eu o técnico Cuca faria de tudo para eliminar o São Paulo já nessa noite.

Além disso, a favor do Tricolor do Morumbi tem o fato do Arsenal ainda contar com chances de classificação e, assim como o São Paulo, jogar em casa. Para ajudar mais ainda o The Stronghest, rival do time argentino, é bem ruinzinho jogando fora da altitude de La Paz.

A situação Tricolor é complicada. E não será a sua camisa, nem a sua tradição, que irão garantir uma vaga na próxima fase da Liberta. Não mesmo…

Portuguesa:

Impressionante o que acontece com a Lusinha. 

O time vinha bem, estava na liderança de seu grupo na Série A-2 do Paulista e no final de semana tomou de 7, isso mesmo, 7 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto.

Como desgraça pouca é bobagem, a Lusa foi eliminada da Copa do Brasil, ontem à noite, empatando em 1 a 1 com o Naviraiense-MS.

Acho que esse papo da torcida do Corinthians ser a mais fiel não está certo não. Fiel é o torcedor da Portuguesa, esse sim.

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Dentre as muitas críticas que a organização da Copa do Mundo de 2014, em terras brasilis, tem recebido, uma delas chama  a atenção não só pelo gasto de dinheiro público mas, principalmente, por não se saber o que fazer depois da Copa.

São os chamados elefantes brancos!

Estádios grandiosos em locais em que o futebol tem pouco, ou nenhum, apelo. Das 12 cidades-sede 4, ou para quem é bom em matemática 1/3, se encaixam nesse perfil.

Não que as demais terão seus estádios utilizados em sua plenitude, não é isso.

Mas Cuiabá, Brasília, Natal e Manaus vão possuir, após julho de 2014, verdadeiros monumentos à nossa incompetência administrativa e política. Estádios modernos, bonitos, confortáveis e gigantes, muito gigantes.

Se você pegar, por exemplo, a média de público dos times dessas cidades em seus campeonatos estaduais, na Copa do Brasil e nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro (para aqueles que chegam a disputar essas duas últimas competições) verá que os estádios são realmente desproporcionais para o público que é atraído pelos times que irão utilizá-los.

Sei que, por outro lado, o Maracanã não vive cheio todo jogo. Tão menos o Mineirão, a Fonte Nova e possivelmente nem o Itaquerão viverá. O que também é para se pensar.

Mas esses quatro estádios viverão vazios. Completamente vazios.

E qual seria a solução branca, já que o elefante tem essa cor?

Bem, poderíamos pensar em demolir os estádios, como será feito no Catar, que tem uma média de público em seu campeonato nacional tão boa quanto a média de público do Campeonato Amazonense. 

Porém lá é lá e aqui isso iria repercutir muito mal para os nossos políticos, principalmente em ano de eleição presidencial. Ou alguém aí imagina a Dilma apertando o botão do detonador do estádio Mané Garrincha em plena campanha pela reeleição?

Impossível.

Fazer com que os times dessas cidades atraiam mais público também parece ser bem impossível. Não é só o estádio que atrai público, embora eu ache que, nos grandes centros, vai haver um aumento na média de público dos campeonatos por conta desses estádios novos. Mas nessas cidades isso certamente não irá fazer muito efeito.

Uma ideia seria alterar o regulamento da Copa do Brasil, fazendo com que a final seja disputada em um jogo apenas, numa sede pré-definida, assim como é a Champions League, por exemplo. E utilizar esses estádios para essas finais.

Mas só isso não bastaria.

Pode-se fazer, então, com que cada um dos doze principais times do país, aqueles que realmente atraem a atenção e interesse do público por onde passam, mandassem ao menos uma partida sua no Campeonato Brasileiro (seja a divisão que fosse) de cada ano em um desses estádios.

Para os times isso pode ser interessante, uma vez que tal ação pode ajudar na captação de torcedores nessas cidades, e conseqüente aumento de renda indireta. A CBF poderia também incentivar os times a fazerem isso, bancando passagem e hospedagem nas cidades donas dos elefantes brancos, tentando dar alguma movimentação e razão para mantê-los de pé.

Sei que isso também seria muito pouco. Cada uma das quatro cidades iria receber, no máximo, três jogos de maior importância. 

Mas já é algo melhor do quê aquilo que se prevê.

A dona CBF poderia também começar a marcar amistosos para a Seleção em nossos estádios, agora muito mais modernos. Foi a política de jogar por dinheiro, sempre fora de casa, que acabou afastando ainda mais o brasileiro de sua Seleção.

Mas eu sei que nem assim o problema todo estaria resolvido.

Vejo muita gente por aí criticando a construção desses estádios. Eu também fui contra essa construção. Na minha opinião a Copa deveria ser disputada nos grandes centros do futebol no país, e mais nada. 

Mas já que os elefantes já estão aí, nos resta agora sugerir solução para a vida deles daqui pra frente.

E que seja uma solução branca, da cor dos nossos elefantes!

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Eu não vi o jogo do Palmeiras ontem e mal vi os lances na TV hoje.

Mas ouvi e li a opinião de muitos comentaristas, alguns inclusive que não achavam nem que o Palmeiras passaria da primeira fase da Libertadores, falando muito bem da dedicação e da raça do time no jogo de ontem.

A vitória, como eu previ aqui no meu blog, veio por uma diferença mínima e com um certo sufoco.

Além disso teve a linda festa que a torcida Alviverde fez para o time. Estádio lotado, torcida apoiando do início ao fim, cantando e vibrando, como diz o hino do Palmeiras.

Mas, daí a já começar a falar que o Palmeiras vai brigar pelo título, vai uma diferença enorme hein…

Calma gente. Como diria um ex-chefe meu: “Menas, muito menas”…

O Palmeiras ter conseguido ficar entre os 16 melhores da competição é o mínimo que era esperado para o time. Vamos dizer que era a obrigação Palmeirense nessa competição.

Acredito até que, com o espírito de renovação e confiança que os atletas, comissão técnica, dirigentes e, principalmente, torcedores estão o time adquiriu uma força que realmente não tinha no início do ano.

E pode, sim, até avançar mais na competição.

Mas de longe o Palmeiras deve ser considerado pela imprensa como um favorito, que já está na lista de candidatos ao título.

Isso, na boa, é querer vender jornal. Como, por exemplo, a estúpida capa do diário Lance! de hoje. É só para vender.

O Palmeiras está vivo na competição e mostrou para todos que não está nela para perder. Isso sim é que deve ser falado, exaltado e lembrado a todo momento!

Depois de três resultados positivos na noite de ontem pela Libertadores, o futebol brasileiro volta à campo hoje pela competição continental em busca de mais uma vitória, mais uma classificação.

O Palmeiras entra em campo contra o favorito Libertad, do Paraguai, lutando para garantir sua vaga na próxima fase com uma rodada de antecedência. Uma vitória alviverde já coloca o time, que outrora humilhado pelo Mirassol, nas oitavas de final do principal torneio do continente.

Além, é claro, de deixar o time do técnico Gilson Kleina na liderança do seu grupo.

Condições para vencer o Palmeiras tem. O time vem se firmando, pegando confiança e, mesmo contando com desfalques importantíssimos, terá o apoio de um Pacaembu lotado. Espero que toda essa massa Alviverde vá ao estádio com o único propósito de apoiar o time do início ao fim, dando suporte aos atletas que estão numa crescente dentro do clube.

Um empate ainda mantém o Alviverde na briga, mas a decisão seria mais complicada, contra o Sporting Cristal, no Perú. Embora eu acredite que esse time peruano seja bem meia boca, é preferível não arriscar decidir lá, né?

Nem uma derrota hoje não pode ser encarada como catastrófica,a não ser que seja por um placar de 3 ou mais gols de diferença, pois nesse caso o Palmeiras teria que ganhar seu próximo jogo e torcer contra o Tigre.

Mas acredito muito nessa recuperação Palmeirense e aposto em uma vitória, apertada, daquelas que vem com muita briga e muito suor, do time Alviverde.

Ah, e se você não entendeu porquê eu escrevi que tivemos três resultados bons para o futebol brasileiro na noite de ontem, eu explico: a vitória do Corinthians, óbvio, porque deixou o time do técnico Tite em primeiro lugar do seu grupo, além de posiciona-lo entre os melhores primeiros colocados, e o empate entre Grêmio e Fluminense, porque deixou os dois times nas duas primeiras colocações, necessitando cada um deles de apenas um empate para se classificarem.

Copa do Brasil:

Na noite de ontem o placar que mais chamou a atenção, ainda pela primeira rodada da primeira fase da competição nacional, foi o empate em 2 a 2 entre Flamengo, do Piauí, e Santos, de Santos mesmo.

Se o time da baixada não consegue nem vencer o Flamengo do Piauí, o que esperar?

Será que acabou o encanto do time Santista?

Será que acabou o encanto do “garoto” Neymar?

Espero que não. Pelo bem do futebol brasileiro, espero que não…