Arquivo de Janeiro, 2014

Com R$ 40 milhões no Banco não tem quem fique em crise!

Depois de escrever dois longos posts sobre os mal-fadados campeonatos estaduais, hoje me dignifico a escrever sobre o que realmente interessa.

Vamos falar de Libertadores da América.

A principal competição de clubes do continente começa hoje para os times brasileiros.

Atlético Paranaense e Botafogo entrarão em campo às 22 horas (horário de Brasília) pela primeira fase da competição, ou como costumamos chamar, pela pré-Libertadores.

O Furacão é a equipe que fez a maior pré-temporada entre os times da Séria A do Brasileirão, repetindo a estratégia utilizada no ano passado e mandando à campo a equipe sub-23 pelos jogos do estadual, e fará a estreia de seu time principal no ano.

A estratégia utilizada pela equipe paranaense, considerada por muitos como fator determinante para o seu sucesso em 2013, parece-me arriscada apenas em um quesito: o time entrará sem ritmo de jogo em um jogo que já é, por si só, decisivo. Menos mal que seu adversário, o Sporting Cristal do Peru, também está em início de temporada e faz a sua estreia na temporada 2014 também no jogo dessa noite.

Já o Fogão vem sendo experimentado pelo técnico Eduardo Hungaro nos jogos do estadual, porém terá a sua reestreia na competição continental (após 18 anos longe dela) enfrentando dois adversários: o Deportivo Quito e a altitude.

A torcida do Alvinegro terá que ser paciente. O time perdeu a estrela Seedorf, fez pouquíssimos investimentos em atletas para 2014, vem de uma pré-temporada muito mal feita por conta do estadual e terá que enfrentar os mais de 2.000 metros de altitude de Quito.

Não perder deveria ser a única preocupação do time de General Severiano.

Por sorte, tanto Atlético quanto Botafogo farão os jogos de volta em suas casas, fator esse que faz uma grande diferença quando ainda não se tem o melhor de suas equipes nem técnica, quanto menos fisicamente.

Assim poderemos repetir o feito das últimas edições da Libertadores, e começar a fase de grupos com 6 representantes do Futebol em Terras Brasilis em campo.

Copa do Nordeste:

Cinco jogos agitam a Copa do Nordeste na noite essa quarta-feira.

Jogos, como era de se esperar, bem decisivos.

Pelo Grupo A, o único 100% do Nordestão vai ao Sergipe enfrentar o Confiança, que ainda está 0%.

Caso vença, o América-RN garantirá, com duas rodadas de antecedência, a classificação para as quartas de final. No outro jogo do grupo, o Vitória recebe o Sergipe e quem vencer dá um grande passo rumo à classificação.

No Grupo B os outros dois baianos se enfrentam, tentando manter-se vivos na competição. O Bahia vai à Vitória da Conquista, enfrentar o time homônimo local, tendo que vencer para se manter na luta por uma vaga na próxima fase. O Vitória da Conquista não pode nem pensar em perder, que pode significar a sua eliminação na competição.

Pelo Grupo C o Potiguar de Mossoró recebe o Ceará, num grupo que está bem equilibrado e que qualquer ponto conquistado pelos dois times pode fazer a diferença ao final da fase de grupos. O Vovô, que é o favorito não só para o confronto , mas como para terminar na primeira colocação do grupo, pode praticamente garantir sua classificação à próxima fase, dependendo do resultado do outro jogo da chave, que ocorrerá amanhã.

Por fim, em jogo válido pelo Grupo D, o Sport vai até Sobral, no Ceará, enfrentar o Guarany local, no grupo mais equilibrado da Copa do Nordeste até agora.

O Guarany é o líder do grupo com 5 pontos, mas a sua diferença para o terceiro colocado, o Sport, é exatamente de 3 pontinhos. O time cearense não pode nem pensar em perder hoje.

Clássico:

Para não dizerem que eu não escrevi nada, hoje tem clássico na Vila Belmiro, entre Santos e Corinthians.

E aí eu convido os amigos a lerem o post Clássico é Clássico?, do ano passado, que certamente valerá para o jogo de hoje.

Com o intuito de comprovar a chatice que é a grande maioria dos estaduais, o blogueiro aqui decidiu fazer uma brincadeira tendo como base o Ranking do Blog FTB.

A brincadeira consiste em comparar a pontuação dos principais times de cada estado em nosso Ranking, com relação a pontuação dos demais times do mesmo estado. Por exemplo, relacionar a pontuação de Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras contra todos os outros times de São Paulo que já pontuaram no nosso Ranking.

Como todos os times que disputam seus campeonatos estaduais são capazes, ou teoricamente teriam condições de, conquistar ao menos algum título, entendemos que esse coeficiente encontrado pode ser um retrato mais fiel do que esperar de cada um dos estaduais analisados.

Ao resultado dessa divisão daremos o nome de Coeficiente da Chatice.

Ou seja, quanto maior o resultado, maior a chatice do campeonato em questão (mais fácil será, por exemplo, de se prever quais times têm mais chances de serem campeões).

Quanto mais próximo de 1 for o coeficiente, menos chato é o campeonato.

Como principais times de cada estadual eu separei os seguintes:

Campeonato Baiano: Bahia e Vitória;

Campeonato Cearense: Ceará e Fortaleza;

Campeonato Goiano: Goiás;

Campeonato Mineiro: Atlético Mineiro e Cruzeiro;

Campeonato Paraense: Paysandu e Remo;

Campeonato Paranaense: Atlético Paranaense e Coritiba;

Campeonato Pernambucano: Náutico, Santa Cruz e Sport;

Campeonato Carioca: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama;

Campeonato Gaúcho: Internacional e Grêmio;

Campeonato Catarinense: Avaí, Criciúma e Figueirense;

Campeonato Paulista: Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.

E, para que o leitor possa ter um efeito maior de comparação, a mesma conta foi realizada isolando a pontuação de cada time nas competições nacionais (Brasileirão e Copa do Brasil) e comparando os doze principais clubes do Futebol em Terras Brasilis com relação aos demais 65 times que já pontuaram nesses campeonatos.

E o Coeficiente das competições nacionais foi de 3,22.

Algo bem próximo de 1.

Veja no quadro abaixo qual é o Coeficiente de Chatice dos 11 principais campeonatos estaduais:

Coeficiente da ChaticeAqui vai uma atenção especial para o Campeonato Pernambucano.

De 1959 até o ano passado, o estadual de Pernambuco ficou na mão de apenas três times: Sport (22 vezes), Santa Cruz (19 vezes) e Náutico (14 vezes). Da mesma forma, apenas esses três times pontuaram em quaisquer outras competições que o nosso Ranking contempla.

Como é impossível se dividir algo por zero, colocamos o numeral 100 no Coeficiente de Chatice do Campeonato Pernambucano para representá-lo como o mais chato entre os onze torneios analisados.

Afinal, desde 1959 sabemos que o título ficará ou com Sport, ou com Santa Cruz ou, quem sabe, com o Náutico.

Logo depois do Pernambucano, vem o Campeonato Carioca e em terceiro colocado o Campeonato Mineiro.

Dois campeonatos que qualquer criança sabe que vai terminar na mão de um dos seis grandes.

Entre os campeonatos “menos chatos”, o que não significa dizer que são legais, estão o Paulista, o Paranaense e, aquele que mais se aproxima das competições nacionais, o Catarinense.

Santa Catarina, inclusive, é o estado que mais campeões diferentes produziu de 1959 até 2013 (entre os onze estaduais listados). Lá, nada menos do que 15 equipes conquistaram o título estadual ao menos uma vez nesse período.

O que, se não transforma o Catarinense num campeonato de encher os olhos, ao menos não parece ser tão óbvio o seu resultado final quanto outros campeonatos por aí.

O zagueiro Paulo André, durante entrevista coletiva no CT Corinthiano.

O zagueiro Paulo André, durante entrevista coletiva no CT Corinthiano.

Toda vez que o zagueiro Paulo André, do Corinthians, dá uma entrevista é assim: vira e mexe o assunto cai na gestão do Futebol em Terras Brasilis.

Também, pudera, o cara é sem dúvida um dos principais líderes do Bom Senso FC e, como tal, deve atrair diversas perguntas dos jornalistas que cobrem o dia a dia do Timão com relação à opinião dos jogadores, e do movimento, sobre os mais diversos assuntos da gestão desse esporte no país.

E na entrevista de ontem não foi diferente.

O jogador disse, entre outras coisas, que não pagaria para ver um jogo do Campeonato Paulista. Certamente essa opinião, se fosse questionada a ele, se estenderia para os demais campeonatos estaduais do país.

É muito bom ver, e ouvir, jogadores que pensam fora das quatro linhas. Paulo André, Rogério Ceni, Alex (meia do Coxa), são exemplos de caras que conseguem expressar sua opinião sem cair na mesmice que geralmente é a entrevista da maioria dos jogadores.

Nessa entrevista, ao menos em duas perguntas que eu vi, o zagueiro disse ainda que os estaduais são desinteressantes, chatos e que todo mundo já sabe quem vai se classificar para as fases decisivas. Além disso, o zagueiro disse algo que até hoje parece que nenhum dirigente do nosso futebol percebeu: que o público, que eu chamaria de consumidor, prefere ir à praia do que ao estádio.

E, é nesse ponto que temos que nos atentar.

Acessibilidade ruim, ingresso caro, alto risco de violência e espetáculo de baixo nível técnico são os motivos que o zagueiro citou para justificar que as médias de público dos nossos campeonatos são mais baixas do que, por exemplo, do Campeonato Australiano de futebol. Ou da MLS, a liga norte-americana.

Quem prefere ir à praia também corre o risco de violência, risco esse que corremos em qualquer lugar do nosso país, mas essa pessoa que opta pelo litoral, tem problemas de acessibilidade? Não vou falar de ingresso, afinal a praia é pública, mas os custos nela, são tão ou mais caros do que em um estádio?

Podemos pegar outro exemplo qualquer.

Que tal o cinema? Programinha básico de muitos brasileiros por aí, que adoram acompanhar os lançamentos da telona, levar seus filhos para ver alguma animação de Walt-Disney, ou assistir aquele cult iraniano que ninguém nunca tinha ouvido falar.

Certamente no cinema a acessibilidade é muito boa. O risco de violência até existe, mas é bem menor (afinal não terão vândalos dentro da sala de projeção torcendo para este ou aquele ator). O valor do ingresso é menor do que o de muitos estádios por aí, mas pode se equivaler a muitos outros (dependendo da região). E o espetáculo, ah esse certamente é de melhor nível técnico.

O que sobra para o futebol? A emoção, a paixão.

Mas que nem sempre é suficiente para levar um bom público a um Vasco x Friburguense, ou a um Cruzeiro x CRT ou a um Grêmio x Aimoré.

Eu sou um típico torcedor que trocou as arquibancadas, e todos os problemas para se chegar e estar nelas, pelo conforto da minha sala, com minha cervejinha gelada sempre à mão e alguns petiscos para acompanhar.

E enquanto os dirigentes não se atentarem que os maiores rivais dos clubes brasileiros estão fora das quatro linhas (como sempre bem disse o ótimo Erich Betting) essa situação vai continuar por longos e longos anos.

… quem faz o esquenta inicial são os estaduais.

Mas, vamos falar a verdade, que “esquenta” mais morno esse hein?

Os grandes clubes do país ainda estão capengando pela falta de um melhor preparo físico e técnico, e mesmo capengando continuam sendo senhores dos seus estados.

Dos quatro principais estaduais do país (SP, RJ, MG e RS), apenas no Carioca não temos todos os grandes entre os primeiros das suas fases iniciais.

Mas logo ficarão.

Porque aposto que nem Botafogo, nem Fluminense, não irão se classificar entre os quatro primeiros colocados de um campeonato que conta com  Bonsucesso, Boa Vista ou Resende. E, se caso algum deles não se classificar, podem ficar tranquilos que a Federação Carioca muda o regulamento para o próximo ano, fazendo com que se classifiquem 8 ao invés de 4 (assim como fez a Federação Paulista uns anos atrás).

O Mecão recebeu e venceu o Confiança, na inauguração da Arena das Dunas.

O Mecão recebeu e venceu o Confiança, na inauguração da Arena das Dunas.

No Nordeste, onde o que conta mesmo é a Copa do Nordeste, os estaduais estão mais esvaziados ainda, já que os 16 clubes que estão na competição regional só entram nos estaduais em suas fases finais.

Ah, e a Copa do Nordeste, essa sim merecendo mais destaque do que os Paulistinhas ou Cariocões existentes por aí, já chegou à metade da primeira fase, tendo todos os times completado 3 jogos.

Se findasse agora, América-RN, Vitória, CSA, Santa Cruz, Ceará, Potiguar de Mossoró, Guarany de Sobral e Náutico estariam classificados para a próxima fase, com destaque para o América de Natal que segue como único time com 100% de aproveitamento.

E, para provar que a Copa do Nordeste é uma solução bem melhor aos estaduais, na inauguração da Arena das Dunas, palco da Copa do Mundo de 2014, o Mecão lotou o estádio e já colocou, em um só jogo, mais torcedores do que todos os jogos do Campeonato Carioca pôs de gente nos seus estádios.

É um elefante branco contra diversos cinzas…

O bom é que nessa semana temos estréia de dois brasileiros na principal competição continental e aí não teremos mais que nos contentar apenas com os “Atléticos de Sorocaba” da vida.

imagesMuitos torcedores e leitores desse blog podem até não saber, mas hoje tem clássico no Futebol em Terras Brasilis.

Clássico que poderia ocorrer também durante o Brasileirão 2014, mas que não se repetirá no principal campeonato do país porquê um de seus protagonistas foi rebaixado no ano passado, enquanto que o outro subia da Série B para a A.

Sport e Náutico entram em campo hoje, na Ilha do Retiro, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo D da Copa do Nordeste 2014, ou o Nordestão 2014.

Segunda rodada que começou ontem, com jogos válidos pelos grupos A, B e C, e que será finalizada na noite dessa quinta-feira com mais dois jogos: também válido pelo Grupo D o Guarany de Sobral recebe o Botafogo-PB, enquanto que pelo Grupo A o América-RN pega o Sergipe em Natal.

É certo que a Copa do Nordeste ainda não “pegou no breu”, mas acho que o clássico dessa noite pode dar a ajuda que o torneio precisava para passar a atrair mais a atenção da mídia e da torcida. Apesar de estar nos jogos iniciais, vale lembrar que, conforme postou o Juca Kfouri em seu blog, a Copa do Nordeste teve uma média de público superior aos campeonatos estaduais de Rio e São Paulo na sua primeira rodada.

Sinal de que é muito mais agradável ver o seu time jogar contra um rival de mesmo “peso” e tradição de outro estado, do quê contra os timecos que existem nos diversos estaduais por aí.

Com 16 equipes dividas em 4 grupos, um formato bem básico de disputa, a Copa do Nordeste atrai e agrada aos torcedores nordestinos, que são extremamente apaixonados por futebol, exatamente porque proporciona jogos de maior interesse, decisivos e contra adversários que não são, em sua grande maioria, esses timecos que muitos estaduais têm.

Pena que nem todos os dirigentes do nosso futebol enxergam isso.

Estaduais:

Pouco vi dos campeonatos estaduais até agora.

Pra você ter uma ideia, ontem com jogo do Corinthians passando na TV, preferi ver o filme oficial da Copa do Mundo de 1954, que passou na Sportv.

E não me arrependi.

Mas, o que tenho ouvido e lido a respeito dos três principais estaduais do país (SP, RJ e RS) é o mesmo de sempre: os times do interior são muito fracos mas, por terem uma pré-temporada maior, vêm engrossando um pouco o caldo para os times grandes.

Situação essa vista, revista e até prevista por qualquer um que acompanhe, só um pouquinho, o nosso futebol.

Como também é previsível que os campeões desses estaduais serão um dos grandes de cada estado com uma mínima possibilidade da final ser contra um time pequeno.

Ah, e só fui saber que o Corinthians goleou o Paulista por 1×0 hoje de manhã.

Santos, Atlético Mineiro, Corinthians e Fluminense entram em campo hoje à noite, com seus times juniores, para a disputa das semi-finais da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

A tão aclamada competição, conhecida e tida por toda a imprensa esportiva do país como o principal campeonato de base do Brasil.

O caminho das quatro equipes até aqui foi cheio, completo, repleto de absurdos que só são aceitos em um país onde o absurdo é coisa normal, corriqueira.

Essa competição, que foi criada pela Secretaria de Turismo e Esportes de São Paulo, no ano de 1969, como parte das comemorações do aniversário da cidade e em sua primeira edição contou com apenas 4 equipes (Corinthians, Palmeiras, Juventus e Nacional), chegou à sua 45a edição com nada menos do que 104 times participantes, sendo este o primeiro, porém menos grave, dos absurdos.

Aqui eu faço um parêntese sobre os absurdos dessa edição, e escrevo um pouco sobre os absurdos da história dessa competição.

O amigo poderá ver no gráfico a seguir que, depois da promulgação da famosa Lei Pelé, que tirou dos clubes o direito do “passe” de cada jogador, a competição obteve um inchaço recorde. Se em 1998 apenas 32 equipes disputaram a Copinha, como é carinhosamente chamada pela imprensa e torcida paulista, podemos ver que esse número apenas cresceu de lá pra cá.

gráfico copa sp fut jrSe calcularmos o percentual como se estivéssemos falando de juros compostos, a taxa de crescimento anual de times que disputam a Copinha foi de 7,644%. No total, a Copinha teve um inchaço de 225% no número de participantes. Se continuar inchando dessa forma, em 2028 podemos ter algo em torno de 292 times disputando o torneio. Vai faltar letra no alfabeto para nomear tanto grupo.

E, aí, vale lembrar o seguinte: a Lei Pelé tirou dos clubes o direito do “passe”, que acabou na mão dos empresários. Seria apenas coincidência, ou será que o inchaço no número de participantes, que é sim um absurdo, se deve ao fato de cada vez mais empresários quererem colocar seus garotos, que são “craques”, naquela que é a maior vitrine da categoria de base?

Alguns dizem que a Copinha já revelou muitos jogadores importantes para o nosso futebol e blá, blá, blá. Mas eu proponho que você, caro leitor muito atento e esperto, verifique pra mim quantos jogadores já passaram pelo torneio e quantos realmente se tornaram esses jogadores importantes. Talvez você vai perceber que a proporção é muito pequena ainda.

Mas, voltando aos absurdos dessa edição, que talvez não revele nenhum grande jogador para o Futebol em Terras Brasilis, ao menos nenhum que eu tenha visto a imprensa aclamar.

Jogar dia sim, dia não, com menos de 48 horas de descanso entre os jogos, é outro absurdo a que foram expostos os garotos dos times que passaram pela 2a, 3a, 4a e, agora, 5a fases do torneio. Para você ter uma ideia, os finalistas do torneio completarão 8 jogos em 22 dias, o que representa jogar uma vez a cada 2,75 dias.

Sim, um jogo decisivo a cada, arredondando, 3 dias.

Pior que isso, só se esse garotos forem submetidos a jogar ao sol das 11 horas da manhã, em pleno verão paulista, em cidades pouco quentes como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araraquara, ou qualquer outra do nosso interior. Vai me dizer que isso não é mais um dos absurdos proporcionados pelo torneio?

Aí, se você considerar que muitos dos garotos, ainda muito jovens para lidar com uma pressão tão grande, sentem o peso de ser essa a competição “vitrine” que eles tanto esperavam, de ser essa talvez a única chance que esses garotos, você pode imaginar o tamanho do absurdo psicológico que é feito na cabeça de quem quer, somente, jogar bola.

É fato que a Copinha já se tornou um torneio tradicional em nosso futebol, tendo sim até certo valor financeiro para clubes, empresários, jogadores, patrocinadores e detentores dos direitos de imagem, no que aí cabe outro grande absurdo: no momento mais importante da competição, quando os melhores times passam pelas peneiras das primeiras fases, começam os principais campeonatos estaduais e roubam todo o foco.

Ou seja, importância mesmo só tem as primeiras, e fracas, fases.

Se o principal intuito da competição é a revelação de grandes jogadores para o nosso futebol, algo precisa ser repensado urgentemente na organização do torneio.

Do jeito que está a tendência é ter cada vez menos interesse do público.

E, conforme prometido ontem, o Blog FTB voltou hoje, dia 17 de janeiro.

Voltou para um ano que realmente promete não só no Futebol em Terras Brasilis, mas como também no futebol mundial.

2014 é ano de Copa do Mundo. E ela será aqui, em nossas Terras Brasilis.

E, como já é um costume desse blog, ano novo é sinônimo de novidades também por aqui.

new ftbA começar pelo nosso novo escudo, criação do grande Daniel Tega, primo querido do blogueiro e uma vez já homenageado por este blog. Valeu Dan!

Além do novo, e muito belo, escudo, algumas pequenas mudanças já podem ser vistas pelos nosso leitores. No canto esquerdo de sua tela, logo abaixo dos posts e páginas mais lidos, colocamos agora uma nuvem de etiquetas com os principais assuntos abordados pelo blog.

Isso pode facilitar a sua vida quando, por exemplo, você quiser saber tudo o que eu escrevi sobre o seu time, determinado campeonato ou algum outro assunto relacionado ao futebol. Essa nuvem está dando um trabalho danado para esse blogueiro, uma vez que decidido a utilizá-la, estou tendo que rever todas as etiquetas de todos os posts que eu já escrevi. O que não está sendo fácil.

Mas, de começo, todos os posts de 2013 (quando migramos para essa plataforma) já estão devidamente etiquetados. Vou etiquetando os anteriores conforme tiver tempo e disponibilidade.

Outra mudança, essa um pouco mais substancial, foi no “Sobre” do menu acima. Desmembrei o texto que ali estava, deixando agora uma página para quem quiser saber sobre mim, outra sobre o blog e uma terceira sobre o Ranking, onde explico detalhadamente o funcionamento de nosso Ranking (antes chamávamos essa página de “Como funciona o Ranking”).

As novidades não param por aí.

Estou lançando uma espécie de coluna periódica (provavelmente mensal) que se chamará “Histórias de Torcedor”. Nessa coluna eu irei escrever histórias curiosas ou engraçadas que vivi como torcedor, seja na arquibancada de um estádio, seja no sofá da minha casa, ou em algum boteco qualquer.

E, o melhor, quem quiser poderá também participar dessa coluna. Basta enviar para o e-mail que está como contato na página sobre o autor alguma história que você, amigo leitor do blog, tenha vivido. Para isso, a história deverá obedecer algumas pequenas regras, que serão apresentadas quando eu postar a primeira História de Torcedor do blog.

No futebol, como diz o título desse post, esse ano promete.

Ano que começa com a puta bagunça, já esperada, no caso do rebaixamento do Brasileirão 2013, onde começou o festival de liminares que mandam a Portuguesa subir, o Fluminense descer, depois mandam o Fluminense subir e a Portuguesa descer. Não duvido que o Brasileirão 2014 contará com 24 clubes na Série A, naqueles famosos jeitos que a CBF dá para não se indispor com os presidentes dos clubes, caracterizando a indesejada virada de mesa.

Mas não é só coisa ruim.

2014 é o ano da Copa, por mais que saibamos a que custo ela será realizada aqui, mas que ao menos possibilitará ao torcedor brasileiro acompanhar os principais craques do futebol mundial desfilando pelos nossos gramados.

E, esquecendo um pouco todos os problemas do nosso país, vamos falar a verdade hein: Copa do Mundo é muito foda! É um puta torneio, emocionante até quando o Brasil é eliminado. Vai ser lindo vê-la por aqui.

Além da Copa do Mundo, teremos novamente seis clubes na principal competição do continente (Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Atlético Paranaense e Botafogo), temos uma nova edição da Copa do Nordeste, que começa nesse final de semana e esse ano dará ao seu campeão uma vaga na Taça Sul-Americana de 2015.

Como novidade em nosso futebol, teremos a primeira edição da Copa Verde, envolvendo campeões estaduais de 2013 da região norte, centro-oeste (exceto Goiás) e do Espírito Santo, onde o campeão também terá uma vaga na Sul-Americana de 2015.

Particularmente esse blogueiro gosta bastante dessa ideia de copas regionais. Vamos ver se eu consigo acompanhar esses dois torneios.

Bem, é isso. Voltamos a viver, respirar e transpirar futebol por todos os nossos poros.

Que 2014 seja um ano menos violento e mais feliz em nossos estádios!