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Blog analisa os programas de sócios-torcedores dos 18 maiores clubes do país e diz: ainda há muito o que se fazer!

Moda entre os principais clubes do Futebol em Terras Brasilis, os programas de sócios-torcedores têm sido visto, nos últimos anos, como uma das principais fontes de renda dos maiores clubes do país.

Atraindo cada vez mais torcedores com o mote de ajudar seu clube do coração, além de acentuar algumas rivalidades locais, temos visto e ouvido falar cada vez mais sobre esses programas, principalmente no que tange à quantidade de associados em cada clube.

De olho em um mercado com potencial enorme de crescimento, algumas das maiores empresas do país (lideradas pela gigante de bebidas Ambev) se uniram há uns dois anos, sob a tutela do ex-jogador Ronaldo (fenômeno), para criar o Movimento por um Futebol Melhor, em que descontos em seus produtos e serviços passariam a fazer parte do rol de benefícios dados aos sócios-torcedores de muitos dos clubes que têm esse programa.

Ou seja, o negócio é realmente atraente.

A história desses programas é mais longa do que imaginamos.

Lembro-me de já na década de 90 ver o São Paulo, vanguardista que era naquela época, lançar o seu programa de sócio-torcedor.

Mesmo estando na vanguarda, não foi o Tricolor do Morumbi quem melhor lidou com esse programa.

Na década passada assistimos ao surgimento daquele que é, hoje, o programa que mais conta com sócios no país: o do Internacional.

Com pouco mais de 130 mil torcedores adimplentes (em dia) com o clube, o Sport Club Internacional é, há algum tempo, o clube brasileiro com maior número de sócios.

Não contente em só ver esse número, esse blogueiro que vos escreve foi pesquisar cada um dos programas dos 18 maiores clubes do país, de acordo com o nosso Ranking, para verificar o que pode ser melhorado e quanto que esses programas estão realmente beneficiando nosso futebol.

A primeira pesquisa, e mais óbvia, foi sobre o tamanho de cada programa. Mas não me contentei apenas em verificar o número de torcedores adimplentes. Fui um pouco mais afundo nessa questão e verifiquei a proporcionalidade de sócios-torcedores no número de torcedores que cada clube tem.

E chegamos ao seguinte quadro:

Sócio-Torcedor - Total

Aqui os clubes aparecem ordenados pela proporção de sócios em relação ao número de torcedores. Ao lado de cada coluna temos a colocação do clube na coluna que se refere.

Antes de analisá-lo, vale informar as fontes: o número de sócios torcedores eu peguei no site do Movimento por um Futebol Melhor. Esses são números de 11/03/2015.

Já o tamanho da torcida eu peguei da pesquisa da agência Pluri Pesquisas Esportivas, de 2013, pesquisa essa com a menor margem de erro já divulgada.

O primeiro fato que chama a atenção, logo de cara, é que nenhum clube brasileiro ainda conseguiu atingir o percentual que o Benfica, de Portugal, tem de sócios. O time lusitano tem 4% de seus torcedores inscritos no seu programa de sócios e é, atualmente, o clube recordista de sócios no mundo.

O segundo ponto que chama a atenção, e esse muito interessante de se ver, é que nenhuma das 4 maiores torcidas do país está entre as primeiras colocadas no número proporcional de sócios. Muito pelo contrário.

Flamengo, Corinthians, São Paulo e Vasco da Gama aparecem, respectivamente, na 14ª, 13ª, 12ª e 15ª colocações quando analisamos proporcionalmente seus programas de sócios-torcedores.

Muito pouco para esses gigantes.

Se analisarmos em números absolutos o Corinthians aparece em 3º lugar no número de sócios, o que alivia um pouco a barra do clube do Parque São Jorge.

Mas Flamengo, 7º no total de sócios, São Paulo, 8º no total, e Vasco, 13º no total estão muito aquém do que se esperava, em se tratando de tamanho de suas torcidas.

Na ponta da tabela vemos os dois grandes do Rio Grande do Sul, com uma diferença bem grande no número total de sócios. Enquanto que o Colorado tem 2,59% de sua torcida cadastrada, o Tricolor Imortal, dono da maior torcida do estado, tem pouco mais de 1,30% de seus torcedores no plano de sócios.

Vale lembrar que os gaúchos aparecem em 8º e 10º colocados na pesquisa de tamanho das torcidas, o que nos leva a crer que a rivalidade local é uma grande incentivadora na disputa pra ver quem tem mais sócios.

Um número que me surpreendeu, positivamente, mas que por si só não fala muita coisa, foi o número de sócios-torcedores do Bahia. O Tricolor da Boa Terra aparece em 4º lugar entre os que mais possuem sócios proporcionalmente à sua torcida.

Outra curiosidade foi não conseguir encontrar o número de sócios-torcedores dos dois times paranaenses. Como ambos não fazem parte do Movimento por um Futebol Melhor, não conseguimos verificar quantos sócios tem cada clube.

Pra finalizar a análise dos números, vale um grande destaque para a torcida do Palmeiras, que até bem pouco tempo atrás nem tinha programa de sócio torcedor, mas que nos últimos meses fez explodir o número de associados em seu programa, sendo o segundo clube do país a ultrapassar a marca dos 100 mil torcedores adimplentes.

Quanto tempo não se perdeu no Palmeiras até começarem a entender que é, e sempre será, a sua torcida que levará o clube para o topo sempre?

Esmiuçando os programas:

Como eu disse, nessa pesquisa eu não me contentei em apenas verificar o número de sócios-torcedores de cada clube.

Não.

Eu acessei cada um dos sites, vi cada um dos planos, comparei seus valores e seus benefícios e me sinto pronto para afirmar: ainda há um longo caminho a percorrer se os clubes querem realmente ganhar dinheiro com seus programas de sócio-torcedor!

A começar por um ponto em comum entre todos os programas: todos, sem exceção, tem como ponto central na captação de sócios o ingresso aos jogos dos times.

Erro primário dos gestores desses programas ao acreditar que todos os torcedores querem ir ao estádio para acompanhar seus times.

Há algumas exceções, como é o caso do programa do Internacional, que prevê um valor menor de mensalidade de acordo com a distância que o torcedor residir do clube (o que indiretamente significa que esse torcedor vá menos ao estádio).

Mas, mesmo nessas exceções, o ponto central da captação é a compra do ingresso (seja preferência na compra, seja compra com desconto).

E aí eu sugiro ao amigo leitor que faça a seguinte conta: imagine se todos os torcedores do Corinthians quisessem ir ao estádio ao menos uma vez e, utopicamente, imagine que o Corinthians queira dar a possibilidade de que todos o façam ao menos uma vez.

São 29.350.776 torcedores para 48.234 lugares na Arena Corinthians, o que significa dizer que teríamos 596 jogos para fazer com que todos os torcedores fossem aos jogos do Timão em sua casa.

Com uma média de 80 jogos por ano, sendo metade em sua casa (40 jogos), levaríamos quase 15 anos para completar a primeira rodada com todos os torcedores assistindo jogos do Timão em seu novo (até quando?) estádio.

Por essa contas vimos que é inviável que todos os torcedores vão ao estádio. Muitos passam a vida sem acompanhar seu time em um estádio de futebol, quanto mais na “casa” do time.

E essa é a principal crítica que o blog tem ao formato dos programas de sócios-torcedores.

Poucas são as vantagens para aqueles torcedores que não querem, ou não podem, ir ao estádio.

Como eu, por exemplo, que não vou a um jogo do meu Timão (por isso do exemplo ter sido exatamente com o Corinthians) desde 2009.

E não faço questão de ir.

E confesso que já entrei no site do programa de sócio-torcedor do Corinthians, o Fiel Torcedor, e fiquei muito a fim de me cadastrar.

Mas não vi muitas vantagens pra mim, mero torcedor de sofá.

E igual a mim, amigo, existem milhões de torcedores que simplesmente não vêem vantagem em se tornar sócio-torcedor de seu clube apenas pelo fato de “ajudar” seu time de coração.

Até porque, sabemos que não se tem garantia de que esse dinheiro vá realmente ajudar o nosso clube, não é?

Talvez ampliar as redes de desconto que muitos clubes fazem, como o Coritiba que tem uma ampla rede de empresas conveniadas que dão descontos aos seus sócios.

Talvez, e aí sim eu acho que seria uma boa vantagem, dar um belo desconto no pay-per-view do time do coração (em ação conjunta com a Globo, lógico).

Talvez dar um belo desconto em produtos nas lojas oficiais dos clubes, distribuir camisetas, criar ações de marketing em localidades distantes das sedes, enfim, pôr essa galera do marketing do clubes para pensar no que se pode criar para o torcedor que não sente interesse, ou até segurança, de ir a um estádio de futebol.

Outra vantagem que eu vi apenas em cinco clubes (Internacional, Grêmio, Bahia, Fluminense e Coritiba) é o direito a voto em todos os planos de sócio-torcedor.

Pô, é uma sacada genial!

Se o clube tem como principal atividade o futebol, sendo ela que mais arrecada, nada mais justo com os torcedores que eles possam escolher o presidente do seu clube.

E não me venha com essa de clube social, que isso é papo! Estamos falando dos 18 maiores times de futebol do país, clube social é coisa de bairro.

Isso atrai o torcedor que não vai a estádio, mas gosta de acompanhar as notícias, vive o seu time de futebol, vê as cagadas que os dirigentes fazem, comemora os títulos, enfim, se envolve com aquela instituição.

Valores:

Na pesquisa de valores podemos ver a mais variada opção, mas para a planilha não ficar muito extensa, coloquei apenas o valor do plano básico e o valor do plano top por clube.

Três clube possuem apenas um plano, por isso o valor comparado é o do básico. São eles: Bahia, Sport e Fluminense.

E cabe aqui uma janela para falar especificamente sobre o Bahia: o Tricolor, como já escrito lá em cima, é o quarto colocado na proporção entre sócios e torcedores, mas tem um plano muito básico, com apenas uma faixa de valor e com poucos atrativos para seus torcedores. Acredito que o grande impulsionador do clube seja a possibilidade de voto nas eleições, o que corrobora com o que escrevi alguns parágrafos acima.

O clube que tem o pacote mais barato é o Palmeiras, onde o torcedor pode, com pouco menos de R$ 120,00 no ano, ter a prioridade na compra de ingressos do clube, além de ganhar um Kit Avanti (não verifiquei o que vem nesse kit) e participar do Movimento por um Futebol Melhor.

Já o plano básico mais caro é o do Coritiba, custando R$ 600,00 por ano e dando, além do direito a voto citado acima, 50% de desconto nos ingressos e o clube de benefícios também já citado.

Veja a tabela com os valores básico e top:

Sócio-Torcedor - Valores

Valores em Reais (R$) consultados na semana entre 09 e 13 de março de 2015.

Novamente é curioso ver que duas das maiores torcidas do país estão entre os quatro clubes com plano básico mais barato.

Corinthians e São Paulo, mesmo tendo planos com anuidades tão baixas, possuem uma pequena proporcionalidade de suas torcidas como sócios-torcedores.

Mais curioso ainda é ver que o chamado Trio de Ferro Paulistano domina os planos mais baratos, justo estando na capitado do estado mais rico da união.

Já no topo da tabela dos planos top estão o Internacional e o Atlético Paranaense, ambos com planos bem arrojados para aqueles torcedores que querem, e podem, se sentir VIPs.

O Palmeiras também soube se aproveitar desse quesito e é o terceiro na lista dos mais caros, tendo um plano que custa pouco mais de R$ 7 mil anuais.

Novamente vemos a situação curiosa em que o Corinthians se encontra.

Dono da maior torcida do estado mais rico do país, o clube ocupa a modesta 14ª colocação quando o assunto é o plano mais caro.

Como os dirigentes Corinthianos pretendem se utilizar de um poder aquisitivo teoricamente maior de sua torcida ainda é um mistério para quem vê esses números.

Concluindo:

Apesar do ótimo crescimento que os programas de sócios-torcedores tiveram nos últimos anos, conseguimos verificar que ainda há um caminho enorme para que nossos clubes possam depender cada vez menos das cotas de televisão e de patrocínios de camisa.

Há um mercado enorme a ser explorado por nossos clubes, onde vai ganhar quem for mais criativo, mais inventivo e conseguir atrair um número cada vez maior de torcedores aos seus quadros de sócios.

Apesar de conseguir muitas informações, não foi possível concluir a análise do faturamento dos clubes com os seus programas, o que é uma pena, pois essa informação nos daria uma ideia exata do quanto cada programa representa financeiramente para os clubes.

Mas é interessante imaginar que se nossos clubes conseguissem o número proporcional de sócios-torcedores que o Benfica tem atualmente, muita coisa iria melhorar para os nossos clubes.

Peguemos o exemplo do Fluminense, que tem apenas 0,65% dos seus torcedores inscritos no seu programa de sócios.

Caso o Tricolor das Laranjeiras conseguisse atingir os 4%, teria hoje 144 mil sócios, com um faturamento acima de R$ 60 milhões só com o programa de sócio-torcedor.

E eu estou falando apenas de 4% da torcida contribuindo com R$ 35 por mês ao clube.

Não é nenhuma utopia.

Crise de abstinência do Futebol em Terras Brasilis, a conferência dos palpites do início do Brasileirão e o Ranking do Futebol Brasileiro.

Com o término do Brasileirão 2014 na tarde de ontem, e sem nenhum brasileiro na disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que começa na próxima quarta-feira, iniciaremos um longo período de jejum até o retorno dos jogos por aqui, em meados de janeiro, por alguns estaduais, ou início de fevereiro para a grande maioria deles.

A não ser que você torça para algum dos 8 clubes envolvidos na disputa da primeira fase do Campeonato Pernambucano, que iniciou exatamente nesse final de semana, você passará por uma grave crise de abstinência do nosso futebol.

O que é bom, por um lado, já que salva alguns casamentos e nos permite dar atenção a outras coisas interessantes na vida, como o futebol europeu ou rever os jogos históricos que marcaram nossos clubes de coração.

Porque futebol brasileiro, ao vivo, mesmo, nós não teremos.

O Brasileirão 2014 acabou e vou aproveitar para fazer um pequeno balanço do que postei logo após a primeira rodada, quando dei meus palpites (leia aqui) sobre como terminaria o campeonato separando os times por faixas.

E, olha, meu nível de acerto até que não foi dos piores não, viu.

No post de 21 de abril, eu classifiquei três times que acreditei que seriam Favoritos ao Título: Cruzeiro, Internacional e São Paulo.

Ainda justifiquei essas escolhas vendo como diferenciais de cada um, pelo lado do Cruzeiro o time, pelo Colorado o elenco e pelo São Paulo o treinador.

Bem, jogando a modéstia na lata do lixo, posso dizer que fui perfeito nessa previsão.

O Cruzeiro foi o campeão, ou melhor, bicampeão que mais pontos conquistou desde 2006, quando o Brasileirão começou a ser disputado no exato formato que é hoje.

Ponto pra mim.

O vice-campeão foi o São Paulo, que além do belo trabalho do técnico Muricy Ramalho, contou também com a montagem de um bom elenco durante a competição.

E o terceiro colocado foi o Internacional, que mesmo com altos e baixos provou que tem um elenco bom o suficiente para que eu o considerasse como favorito no início do campeonato.

100% de acerto.

O segundo grupo que eu “criei” seria o daqueles times que disputariam um Vaga na Liberta. Coloquei nesse grupo Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro e Atlético Paranaense.

Três acertos e dois erros. Fluminense, Grêmio e Atlético Mineiro (até o primeiro jogo da final da Copa do Brasil) disputaram uma vaga na Libertadores até o final do campeonato, alternando-se entre G4 e a 7ª colocação constantemente.

Errei, de longe, a situação Alviverde e a do Furacão, embora este último tenha terminado o Brasileirão na 8ª colocação.

60% de acerto!

O terceiro grupo era daqueles clubes que eu acreditava que ficariam no Meio da Tabela. Apostei em: Corinthians, Santos, Flamengo, Coritiba, Sport e Goiás.

Aí foram quatro acertos e dois erros.

Santos, Flamengo (apesar de ter frequentado a ZR lá no começo do Brasileirão), Sport e Goiás realmente ficaram no meio da tabela a maior parte do campeonato e acertei em cheio a situação desses clubes.

Errei feio ao palpitar sobre meu Corinthians. Não que o trabalho feito nesse ano, ou que o time seja lá grandes coisas, que não é. Mas o Timão surpreendeu a muitos e chegou na 4ª colocação, beliscando uma vaga na pré-Libertadores, o que esse blogueiro aqui ficou bem feliz.

E errei também com relação ao Coxa, que durante a maior parte do campeonato lutou sim contra o rebaixamento. A 14ª colocação foi conquistada nas rodadas finais, o que não me permite considerar que eu tenha acertado minha previsão.

66% de acerto.

Por fim, o último grupo seria daqueles em que Sobreviver era a Meta, onde coloquei também seis equipes: Chapecoense, Bahia, Vitória, Criciúma, Figueirense e Botafogo.

E, com exceção ao Figueirense, os demais cinco clubes eu acertei em cheio sobre minhas previsões.

O time de Floripa foi o único que teve uma vida mais tranquila, terminou o Brasileirão em 13º, mas não teve em nenhum momento seu nome relacionado à zona de rebaixamento.

Os demais cinco clubes viveram desse fantasma durante todo o campeonato.

E quatro deles, obviamente, caíram.

Pior para a Bahia, pior para o Nordeste, que em 2015 terá apenas um representante na Série A.

Pior também para o Rio de Janeiro, que continuará com apenas 3 clubes na divisão principal do país, sendo agora o terceiro estado em número de participantes para 2015.

83% de acerto.

No total, minhas previsões foram acertadas para 15 as 20 equipes que disputaram o Brasileirão 2014.

Nada mal, não é mesmo?

Ranking:

Com o final do Brasileirão e a definição final das colocações, veja abaixo quem pontuou e quantos pontos cada clube garantiu para o fechamento do Ranking 2014:

brasileirão2014Como é quase uma praxe no Brasileirão, só em quatro oportunidades isso não ocorreu, a lista com os dez primeiros colocados não foi dominada apenas pelos clubes considerados grandes em nosso país.

O “intruso” dessa vez é o Atlético Paranaense, que se manteve na oitava colocação e somou 400 pontos.

Durante essa semana iremos atualizar as páginas de cada um dos dez clubes com a sua colocação no Brasileirão de 2014.

Bem como iremos atualizar e publicar, também, o Ranking desse ano e soltando a edição Final de 2014.

Aguardem!

Conheça os times que mais pontuaram, com maior número de vitórias e gols pró. Veja também aqueles que menos participaram da Série A, os que mais perderam e quem é o verdadeiro Rei dos pontos corridos!

Faltando apenas uma rodada para o término do Brasileirão 2014, o 12º desde que foi instituído o sistema de pontos corridos, e com uma semana morta até a data dos jogos finais, no próximo domingo, o blogueiro aqui resolveu fazer um levantamento que sempre o deixou curioso: quais times, afinal, dominam o Brasileirão nesse período.

Em número de títulos é fácil responder a esta questão: São Paulo e Cruzeiro possuem, cada um, três conquistas desde 2003 pra cá.

Fluminense e Corinthians, com duas conquistas cada, ficam na segunda colocação desse quesito e Flamengo e Santos, com um título pra cada, fecham a lista de campeões brasileiros na era dos pontos corridos.

Até aí nenhuma novidade.

Mas qual time que possui o maior número de pontos conquistados?

Quais participaram de todas as 12 edições do campeonato?

Quais tem o melhor aproveitamento de pontos?

Quais seriam os 20 clubes que formariam a “Série A de todos os tempos”?

Quais são os times com pior desempenho?

Aí, como é de praxe, resolvi colocar tudo em uma planilha e tirar essas e outras dúvidas.

O resultado, que você vê a seguir, até que não é tão surpreendente.

Todos os clubes que participaram, no mínimo, de três edições do Brasileirão por pontos corridos.

Todos os clubes que participaram, no mínimo, de três edições do Brasileirão por pontos corridos.

Apenas 6 clubes disputaram todas as edições do torneio: São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Santos, Fluminense e Flamengo.

Na era dos pontos corridos esses são os “incaíveis” do nosso futebol.

Cada um deles disputou, até hoje, 475 partidas em 12 edições do Brasileirão.

O rei dos pontos corridos, como podemos ver, é o São Paulo, que fez 813 pontos em 12 participações (média de 68 pontos por edição). E tem gente que ainda questiona o Blog sobre o São Paulo estar na liderança do nosso Ranking desde 2009, quando ele foi consolidado.

Logo atrás do Tricolor, vem o outro clube com mais títulos nessa fase, o Cruzeiro, que tem 38 pontos a menos que o time do Morumbi.

A curiosidade fica por conta do Internacional, que não ganhou nenhum título na era dos pontos corridos, mas tem o terceiro melhor desempenho. Prêmio à regularidade Colorada, que tem três vice-campeonatos (2005, 06 e 09) e está atualmente na terceira colocação do Brasileirão 2014.

São Paulo, Cruzeiro e Internacional são os que mais venceram, em números absolutos, com 231, 227 e 208 vitórias respectivamente. Proporcionalmente, Tricolor e Raposa teriam 19 vitórias por campeonato (em média), e o Corinthians se juntaria ao Colorado com 17 vitórias (em média) como os 4 que mais venceram de 2003 pra cá.

O rei dos empates, em número absoluto, é o Flamengo, com 146 igualdades, embora na média quem ganhe nesse quesito seja a Portuguesa e o América Mineiro, com 13 empates (a Lusa participou de 3 edições e o Coelho de apenas 1). O Fla, na média, tem 12 empates por edição.

O melhor ataque é do Cruzeiro, com 776 gols marcados, e a melhor defesa é a do Corinthians (analisando apenas times com mais de 10 participações) com 494 gols sofridos.

O time que menos perdeu, entre os que participaram das doze edições, é o São Paulo, com apenas 124 placares adversos.

Com 11 participações temos: Corinthians, Grêmio, Atlético Paranaense, Atlético Mineiro e Botafogo.

Aí, o número de jogos difere por conta da edição que cada um participou. Como até 2005 o número de clubes na Série A foi caindo gradativamente, até chegar a 20 em 2006, o número de jogos disputado fica condicionado à edição que cada clube participou.

Interessante, nesse caso, é ver que o Corinthians tem mais pontos que o Flamengo (675 a 670), mesmo tendo disputado uma edição a menos que os Rubro-Negros.

Vinte melhores, por desempenho, das doze edições do Brasileirão.

Vinte melhores, por desempenho, das doze edições do Brasileirão.

O Timão, aliás, tem um aproveitamento de pontos melhor até do que o Santos, e ficaria em 4º lugar caso esse fosse o primeiro critério de classificação.

Se o percentual de aproveitamento de pontos determinar a classificação, como vemos abaixo, ainda teríamos o Grêmio e o Atlético Paranaense invadindo o pódio daqueles que participaram de todas as edições do Brasileirão, como Palmeiras e Goiás também o fazem passando a frente de Atlético Mineiro e Botafogo, ambos com uma participação a mais que os Alviverdes.

Analisando o percentual de desempenho, podemos ver, ainda, a presença do São Caetano à frente de muitos clubes que participaram de mais edições, de 2003 pra cá, do que ele.

Fecham a lista dos que mais participações possuem na Série A o Goiás, o Vasco da Gama e o Palmeiras, com 10 participações cada.

Muito interessante, também, é ver que o Verdão do Cerrado tem mais pontos, absolutos e em média, do que os dois grandes que possuem o mesmo número de participações.

Os times com menos participações na Série A, de 2003 pra cá.

Os times com menos participações na Série A, de 2003 pra cá.

Do lado de baixo da tabela, com apenas 1 participação na Série A, temos: Santo André, Brasiliense, América Mineiro, Chapecoense, Ipatinga, Santa Cruz e América de Natal.

Cabe ao time potiguar a última colocação entre os times que menos participaram do Brasileirão, tendo feito apenas 17 pontos em 38 jogos, sofrido 80 gols e marcado apenas 24.

O time do Rio Grande do Norte venceu, na edição de 2007, apenas 4 jogos.

A última rodada do Brasileirão 2014 pode mudar uma ou outra situação vista nessa tabela condensada, mas certamente não vai tirar a coroa da cabeça do Tricolor do Morumbi, rei absoluto do Brasileirão na era dos pontos corridos.

Tem clube ameaçando entrar em jogo decisivo com time reserva. Até quando isso vai durar? Como acabar de vez com isso?

Às portas de mais um término de Campeonato Brasileiro vi hoje, nos principais portais da mídia esportiva, o mesmo blá-blá-blá que já vimos e lemos antes.

O de que fatores extra-campo podem influenciar na definição dos quatro times que seriam rebaixados para a Série B do ano que vem.

Dessa vez o fator extra é uma briga judicial envolvendo Atlético Paranaense, adversário do Palmeiras na próxima rodada, e Vitória, que luta contra o rebaixamento tal qual o Alviverde.

Teoricamente Furacão e Rubro-Negro seriam rivais e a queda do segundo interessaria ao primeiro.

Ridículo.

E triste.

Ridículo porque um clube de tradição, que já foi campeão brasileiro e vice da Libertadores, não poderia sequer permitir que uma situação qualquer insinuasse algo nesse sentido.

E o clube paranaense assim o faz ao admitir que irá escalar um time reserva para o confronto do próximo domingo.

E triste porque invariavelmente vemos essa situação se repetindo ano após ano, campeonato após campeonato.

Pior é que não vemos, em quase nenhum momento, os dirigentes da CBF preocupados em impossibilitar essa situação.

Na verdade, a únicas vez que a CBF demonstrou alguma preocupação com esse tema foi nas edições de 2011 e 2012 do Brasileirão, e ainda o fez de forma “meia boca”, trazendo para a última rodada todos os clássicos regionais que fossem possíveis de ser realizados.

Meia boca, sim, porque essa medida em nada resolveria a situação vivida nesse ano caso os confrontos decisivos ocorressem na penúltima rodada, por exemplo.

Apenas como exemplo, lembro que no Brasileirão 2014 o Criciúma foi rebaixado na 36ª rodada e o Botafogo na 37ª.

Situações que os clássicos na última rodada em nada serviriam.

Mas, se é difícil fazer com que todos ajam eticamente, se é inviável estabelecer uma regra que obrigue os clubes a escalarem seus times titulares em todas as partidas e se os clássicos regionais não resolvem, apesar de amenizarem, em nada o problema, qual seria a melhor solução?

Deixar como está certamente não é.

E na opinião desse blogueiro, apenas uma solução radical poria fim nessa palhaçada de final de campeonato de quase todo ano.

Essa solução é estabelecer a média de pontos nos três últimos campeonatos para definir os rebaixados para a divisão inferior.

Simples e complicado assim.

Algo parecido com o que ocorre no campeonato argentino.

Dessa forma, mesmo que pouco influencie, todo jogo será válido. Os três pontos conquistados na próxima rodada serão válidos até 2016, quando quase todo mundo tiver esquecido de 2014.

E quem estiver no comando dos clubes jamais poderá abrir mão de disputar todos os 114 pontos que estão em jogo nas 38 rodadas de cada edição do Brasileirão.

Tal regra poderia beneficiar os grandes clubes em anos que tivessem um má temporada?

Talvez.

Dificultaria, mas não impediria que os tais clubes grandes caiam.

Haja visto o caso do River Plate, que foi rebaixado em 2011 exatamente depois de ter feito um bom Torneio Apertura, o que não salvou os Milionários de seu primeiro rebaixamento.

E olha que lá eles ainda tiveram a possibilidade de disputar uma repescagem contra o terceiro colocado da segunda divisão.

E isso, nem de longe, eu proponho aqui.

Essa mesma regra pode dificultar que um time recém promovido se mantenha na Série A?

Acredito que não. Principalmente se essa regra prever que na soma desses clubes, que disputaram a Série B no ano anterior, 75% da sua pontuação na Série B seja considerada na média da Série A.

Ou 70%, tanto faz.

Dessa forma, e diferente do que acontece no Campeonato Argentino (que aqueles recém chegados à primeira divisão não contam com essa média para serem rebaixados), acredito que isso amenizaria a vida dos recém chegados.

Além do quê, poderia se fazer um teste e caso não fosse caracterizado o sucesso da fórmula voltaria ao sistema simples que temos hoje.

Mas acredito piamente que, se colocássemos uma regra dessa para definir aqueles que cairiam para a nossa Série B, dificilmente iríamos ouvir de novo esse bla-bla-blá.

Ontem a Seleção completou seu sexto amistoso após a Copa do Mundo. O sexto sob comando do novo-velho Dunga. A sexta vitória consecutiva.

Se tivesse tido esse desempenho na Copa, a Seleção teria chegado à final.

Embora saibamos que, dos seis adversários enfrentados pela Seleção, apenas um realmente tem peso e tradição no futebol, e chegou ao vice-campeonato no último mundial.

Impressionante é ver como a CBF continua destratando do seu escrete: nenhum, absolutamente nenhum jogo da Seleção no pós-Copa foi em alguma das modernas arenas construídas no país para o evento.

Ontem também tivemos uma rodada completa da Série B.

O Joinville continua na liderança, mesmo tendo perdido seu jogo contra o Boa em Minas, pois a Ponte Preta não conseguiu sair do empate com o América-RN em Campinas.

O Vasco da Gama praticamente assegurou seu retorno à Série A depois de vencer o Vila Nova por 3×1, não sem emoção (é bom que se diga) depois de sair perdendo e só empatar próximo ao fim do primeiro tempo.

Faltando duas rodadas para o fim, seis times ainda sonham com a quarta vaga: Boa Esporte (4º lugar), Atlético Goianiense (5º), Avaí (6º), todos com 56 pontos, América-MG (7º com 55 pts), Ceará (8º com 54 pts) e Sampaio Corrêa (9º com 53 pontos).

Hoje, pela Sul-Americana, o São Paulo vai à Colômbia para enfrentar o Atlético Nacional na primeira partida válida pela semifinal do torneio.

O Tricolor espera trazer o um bom resultado para a decisão da próxima semana, no Morumbi. Entende-se por bom resultado um empate ou até uma derrota, desde que com o Tricolor marcando gol(s) na casa do adversário.

Na outra chave da semifinal estão os arquirrivais argentinos Boca e River, o que dá uma motivação maior para o Tricolor tentar chegar à decisão e disputar mais esse título continental.

Ainda hoje, porque nosso calendário é realmente uma vergonha, teremos sete jogos pela 35ª rodada do Brasileirão 2014. Quase todos decisivos.

Às 19hs30min, a primeira grande decisão na parte de baixo da tabela ocorrerá em São Januário, entre Botafogo e Figueirense.

O Alvinegro carioca desesperado tenta ainda a quase impossível missão de fugir do rebaixamento, enquanto que o catarinense está a 4 pontos de se garantir matematicamente na Série A de 2015.

Já na Arena da Baixada um jogo entre dois Nem-Nem. Atlético Paranaense e Santos nem lutam por uma vaga na Libertadores, nem contra o rebaixamento. Nem vou assistir.

Às 21 horas, no Barradão, outra decisão de quem luta contra o rebaixamento. Vitória e Coritiba se enfrentam sabendo que aquele que perder corre um bom risco de voltar à zona da degola ao final da rodada.

Também às 21 horas, no Heriberto Hülse, um jogo entre o último e o penúltimo colocados do campeonato. Criciúma e Bahia se enfrentam sabendo que a vida dos dois já está praticamente decidida e que só um milagre os salva do rebaixamento.

Às 21 horas, de Brasília, Goiás e Corinthians se enfrentam no Estádio do Mangueirão, em Belém do Pará, num jogo que vale muito mais para o Alvinegro do que para o Esmeraldino. Será um aquecimento para a grande final da Série C, que ocorrerá nesse mesmo estádio no próximo sábado.

Já às 22 horas o grande momento da vida Palmeirense. O Palmeiras inaugurará o mais belo estádio do estado de São Paulo, e um dos mais belos do Brasil, o Allianz Parque, depois de 4 anos jogando lá e cá, sem ter um endereço fixo.

E olha, isso é uma opinião de um Corinthiano roxo: o estádio do Palmeiras ficou bonito pra caralho!

O jogo será contra o Sport e, apesar de toda a festa, é muito bom que o time do Palmeiras tome muito cuidado para que a inauguração não seja tão frustrante quanto a da Arena Corinthians.

O que piora a situação Palmeirense é que uma derrota hoje (seria a terceira seguida) colocaria o time perigosamente perto da zona de rebaixamento. O que estádio nenhum gostaria de ver em sua inauguração.

Também às 22 horas, fechando os jogos de hoje, um clássico nacional. O Atlético Mineiro recebe o Flamengo, no Horto, e precisa da vitória para entrar novamente no G4.

Ao time da maior torcida do país não há nenhuma pretensão a não ser de atrapalhar o caminho do rival que o tirou da final da Copa do Brasil.

 

A vigésima rodada do Brasileirão 2014 começa hoje e, com ela, incia-se também o segundo turno da competição.

Serão oito jogos na noite dessa quarta-feira e mais dois amanhã.

E a rodada começa já com um embate decisivo, aquele típico jogo de 6 pontos, entre Palmeiras e Criciúma, no Pacaembu, às 19hs30min.

Os dois times estão com os mesmos 18 pontos e lutando para fugir da zona de rebaixamento.

Com uma vitória a mais do que seu adversário, o anfitrião do confronto passou a virada do turno fora da “zona maldita”, enquanto que os visitantes ficou como o primeiro dos que seriam rebaixados à Série B.

Jogo para os Palmeirenses lotarem o Pacaembu, empurrarem seu time pra cima do adversário para se afastarem mais a ZR. Enquanto que ao Criciúma resta jogar por uma bola, por uma falta do eterno Paulo Baier, ou até mesmo pelo 0x0.

Os outros dois confrontos desse horário envolve times que estão lutando por uma vaga no Z4 contra times do meio da tabela.

O Grêmio recebe o Atlético Paranaense na Arena Grêmio, em Porto Alegre, na luta por diminuir a pequena diferença que o separa da quarta colocação, ocupada hoje pelo Corinthians.

Para isso o Tricolor Imortal tem que vencer e torcer o Fluminense, que fará o outro jogo desse horário contra o Figueirense, em Santa Catarina.

Os dois Tricolores estão com 31 pontos, dois a menos que o Timão, sendo que o Tricolor carioca leva vantagem sobre o gaúcho no segundo critério de desempate (saldo de gols).

Às 21 horas mais dois jogos, um sem muito apelo e outro que interessa diretamente à fuga do rebaixamento.

Na Arena Pernambuco o Sport receberá o Santos naquele que talvez seja o jogo mais sonolento da noite.

Já no Couto Pereira, Coritiba e Chapecoense se enfrentam em outro jogo de 6 pontos para fugir da zona da degola.

Os visitantes certamente vão passar mais uma rodada fora do ZR, pois com o confronto entre Palmeiras e Criciúma não há possibilidades de dois times ultrapassarem o Chapecoense na tabela de classificação nessa rodada.

Já os donos da casa, se quiserem dormir a primeira rodada fora da ZR vão ter que vencer e torcer por um empate no jogo do Pacaembu.

Às 22 horas teremos mais três confrontos.

Um que pouco vale para esse momento do campeonato, entre Goiás e Flamengo, 13º e 10º colocados respectivamente.

E dois que pode vir para dar mais emoção ao campeonato.

No Maracanã o Botafogo recebe o vice-líder São Paulo e no Barradão o Vitória recebe o 3º colocado Internacional.

Botafogo e Vitória vão à campo para também lutar, em maior ou menor grau, contra o fantasma do rebaixamento. Fantasma esse muito mais próximo do Barradão do que de General Severiano.

E dois dos principais postulantes ao título na opinião desse blogueiro vão jogar fora de casa, contra dois adversários complicados, na busca por diminuir a diferença imposta pelo líder Cruzeiro.

Diminuir não, né? Manter.

Porque amanhã o Cruzeiro pega o Bahia, no Mineirão, e eu duvido muito que o time Celeste perca pontos nesse confronto.

Se o São Paulo entende que o jogo contra o Cruzeiro, no Morumbi domingo, é crucial para se manter na disputa do título, tem que se lembrar que uma vitória hoje também é crucial para manter essa expectativa até o final da semana.

E o mesmo vale pro Inter que pegará o lanterna da competição.

Tanto o Tricolor Paulista quanto o Colorado necessitam da vitória na noite de hoje se quiserem continuar sonhando com o título do Brasileirão 2014.

O Maracanã estará completamente Rubro-Negro hoje à noite!

O Maracanã estará completamente Rubro-Negro hoje à noite!

Vamos escrevendo sobre os nossos times nos principais campeonatos do país e do continente, né?

Porque inocente é aquele que, só porque eu escrevo apenas sobre o Futebol em Terras Brasilis, ache que eu não assista aos jogos da Champions League, por exemplo.

E enquanto Atlético de Madrid e Barcelona vão decidindo uma vaga na semifinal do torneio Europeu, nós aqui vamos analisando as chances dos times brasileiros na Libertadores da América, a nossa boa e velha Liberta.

Liberta que ontem viu a eliminação de um brasileiro.

Como vimos, e como escrevemos aqui ontem, a altitude foi fator decisivo para o Atlético Paraense perder o jogo de ontem, mas não para ele ser eliminado da competição.

Até porque o Furacão não fez a lição de casa mínima, não tendo garantido os 7 pontos que seriam possíveis dentro de casa, que poderiam dar a ele a classificação.

Fica para a próxima.

Na noite de hoje mais três brasileiros entram em campo, todos com uma situação de certo modo desconfortável na competição, o que garantirá o sofrimento de muitos brasileiros espalhados por aí.

A iniciar pelos Flamenguistas, que certamente encherão o Maracanã para empurrar o Rubro-Negro pra cima do Léon, numa disputa direta pela vaga nas oitavas de final. Nem o empate não serve ao Fla.

Acredito que o Flamengo consiga sim sua vitória e, consequentemente, sua classificação, mas não sem um pouco de sofrimento para a sua enorme torcida.

Como também acho que o Cruzeiro conseguirá sua classificação, um pouco mais tarde (às 22 horas), jogando contra um time já eliminado e completamente remendado do Real Garcilaso e tendo, para isso, que vencer por dois gols de diferença para não depender do resultado do outro jogo da chave.

Se o Cruzeiro jogar metade daquilo que jogou na campanha do título do Brasileirão do ano passado, passa tranquilamente para a próxima fase.

Se ficar nervoso ou se achar que a vaga já está garantida isso dificilmente irá acontecer. A Raposa tem uma campanha muito irregular nessa fase de grupos da Libertadores e precisa tomar muito cuidado para não tropeçar nesse jogo.

Já não podemos dizer a mesma coisa do Botafogo, que teve a classificação em suas mãos na rodada passada quando fez o desfavor de perder para o Unión Española em pleno Maracanã.

O Fogão agora vai à Argentina enfrentar o San Lorenzo, que não é nem a quinta força do futebol platino mas que, por ainda ter chances de classificação, pode complicar demais a vida dos Alvinegros.

Particularmente eu acho que teremos, nesse jogo, a eliminação de mais um brasileiro na competição, embora eu vá torcer para exatamente o contrário.

Serão três belos jogos, com todas as características da Libertadores, onde os brasileiros que conseguirem se manter mais frios e calculistas poderão ter um desfecho mais favorável ao final da rodada.

Copa do Nordeste:

ceará-x-sportA grande final chegou!

Com um Castelão praticamente lotado, Ceará e Sport duelarão logo mais a noite (22 horas) para decidir quem ficará com o título da Lampions League e, consequentemente, com uma vaga na Copa Sul-Americana desse ano.

Sem sombra de dúvidas o Nordestão 2014 foi o principal torneio disputado no país nesse período inicial da nossa temporada (em que muitos insistem em chamar erroneamente de primeiro semestre).

Pena que os times que a disputam estão também envolvidos na disputa dos seus estaduais, o que faz com que o blog não possa considerar essa competição para a composição do Ranking.

Mas, falando da final de hoje, o Sport entra em campo com uma boa vantagem, conseguida nos 2×0 impostos no primeiro jogo, na Ilha do Retiro.

Nesse tipo de disputa abrir dois gols de vantagem pode ser determinante para conquista do título.

O que não assusta muito os Alvinegros, visto que o Vovô aplicou duas belas goleadas jogando em sua casa nas fases anteriores, uma por três e outra por quatro gols de diferença, o que daria tranquilamente o título para os Cearenses.

Emoção certa também na região Nordeste do país.

Palpite: acho que os Alvinegros lotarão e farão a festa no Castelão.

Copa Verde:

Ontem foi o primeiro jogo da final da Copa Verde, disputado entre Paysandu e Brasília, e vencido pelos Azulinos pelo placar de 2×1.

Agora os paraenses jogam por um empate no próximo jogo, dia 21 de abril (segunda-feira) para conquistar o título da primeira edição da competição que reuniu times das regiões Norte, Centro-oeste (exceto Goiás) e Espírito Santo.

Ao campeão também será dado uma vaga na Copa Sul-Americana, só que a de 2015. O por quê disso, caro leitor, eu não sei te dizer.

Vale frisar que, após o Blog FTB se revoltar com o absurdo do acúmulo de datas do Candangão 2014 (leia aqui), o TJD do Distrito Federal se movimentou (hehehe) e conseguiu alterar algumas datas do estadual, fazendo com que o Brasília, envolvido nas finais da Copa Verde e nas quartas de final do estadual, não tivesse que “se matar” apenas porque foi competente nas duas competições.

Copa do Brasil:

14 jogos movimentam a competição nacional na noite dessa quarta-feira.

Dos grandes que estão nessa fase da disputa, apenas o São Paulo entra em campo para tentar o avanço à próxima fase.

E a vida Tricolor está bem tranqüila para essa noite: basta empatar com o CSA-AL, em pleno Morumbi, que avançará para a segunda fase. O Tricolor vence, e bem, essa partida.

Ademais, teremos jogos com times de menor expressão nacional, mas não de menor importância, sendo dois jogos os primeiros confrontos da chave e onze jogos já decisivos. Nos jogos de ida, teremos: Lagarto-SE x Santa Cruz-PE; Novo Hamburgo-RS x Joinville-SC.

Já nos jogos de volta teremos (em parenteses o placar do jogo de ida): Nacional-AM x São Luiz (2×2); Portuguesa x Potiguar do Mossoró (0x1); Guarani x Santa Rita (0x0); CRB x Rondonópolis (2×2); Figueirense x Plácido de Castro (0x0); Bragantino x Lajeadense (0x0); Treze x Tombense (1×1); Atlético-GO x Flamengo-PI (1×0); Barueri x Goianésia (2×2); Sampaio Corrêa x Interporto (2×2); Náutico x Sergipe (0x1).

O meia Paulinho comemora o gol do Atlético na vitória sobre o Strongest, em jogo válido pela 1a rodada dessa fase. O Furacão vai virar um ventinho?

O meia Paulinho comemora o gol do Atlético na vitória sobre o Strongest, em jogo válido pela 1a rodada dessa fase. O Furacão vai virar um ventinho?

O Atlético Paranaense é o primeiro time brasileiro a jogar a sexta, e última, rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América de 2014.

O primeiro a começar a definir a sua permanência na competição.

Depois de ter entrado em campo como o melhor brasileiro na competição no jogo da quinta rodada, contra o Vélez Sarsfield, e de ter perdido exatamente esse jogo, onde poderia se classificar antecipadamente à próxima fase, o Furacão vai a campo hoje para não se tornar, nessa edição da competição, um mero ventinho.

E o jogo vai ser um belo desafio.

Porque além de enfrentar um adversário dentro de campo, os jogadores do Furacão irão enfrentar também um belo adversário fora dele: a altitude de La Paz, na Bolívia.

O The Strongest, adversário dessa noite, não perdeu nenhum ponto jogando em sua casa. Não que esse time boliviano seja uma exceção à regra e jogue um belo futebol, não.

Mas é que a altitude de 3660 metros acima do nível do mar é realmente determinante para aqueles que vão lá jogar.

O Furacão que vem se preparando para esse confronto desde a eliminação na semifinal do Campeonato Paranaense (leia aqui) e inclusive antecipou sua ida para se ambientar à temida altitude, e contará com o retorno do Imperador Adriano, que está a disposição do técnico Portugal para o jogo dessa noite.

Pesa também o fato do Strongest ser adversário direto do Furacão pela conquista da vaga, visto que o time boliviano está dois pontos atrás dos brasileiros e uma vitória garantirá o time Auri-negro nas oitavas de final da competição.

O jogo, que terá início às 19hs45min (horário de Brasília) contará com esse blogueiro que vos escreve na torcida pela equipe brasileira, principalmente porque meu futuro genro é torcedor fanático do Furacão (apesar de ele pouco saber o que significam as palavras genro, fanático e Furacão).

Que o Atlético consiga ao menos esse empate para ser mais um representante do Futebol em Terras Brasilis nas oitavas de final da Liberta.

Jogadores do melhor brasileiro comemoram gol contra o Universitário

Jogadores do melhor brasileiro comemoram gol contra o Universitário

Sem muito alarde, sem holofotes ou muita atenção da grande mídia.

É assim que o Atlético Paranaense construiu, até essa 4a rodada da Libertadores 2014, a melhor campanha entre os times do Futebol em Terras Brasilis.

O que não é pouco.

Principalmente se vermos que afrente do Furacão só mesmo o mexicano Santos Laguna, líder do grupo 8 com 10 pontos conquistados até essa 4a rodada.

O Furacão, que venceu ontem o Universitário do Peru por 3×0, divide a liderança do grupo 1 com campanha idêntica ao do Vélez Sarsfield, ficando atrás apenas no confronto direto (o time paranaense perdeu o jogo lá na Argentina), o que ainda o deixa na segunda colocação do grupo.

Situação essa que poderá ser revertida na próxima semana, quando Atlético Paranaense e Vélez Sarsfield se enfrentarão na Vila Capanema, no jogo válido pela 5a rodada. Se vencer, além de assumir a liderança isolada do grupo, o time do atacante Éderson pode garantir a classificação antecipada para a próxima fase, dependendo de um resultado ruim do The Strongest contra o Universitário, no Perú.

Será que o trabalho de “abandonar” o estadual está surtindo resultado novamente?

Situação bem inversa à do atual campeão brasileiro, o Cruzeiro, que não conseguiu vencer o Defensor do Uruguai, em pleno Mineirão com pouco menos de 40 mil pagantes.

O empate em 2×2 veio depois do time mineiro estar vencendo por 2×0, com o pecado de tomar um gol no último minuto de jogo. Castigo duríssimo para a torcida Celeste.

A Raposa chega à 4a rodada da fase com apenas 4 pontos ganhos e tendo como complicador o fato de enfrentar, na próxima rodada, os líderes do grupo, Universidad de Chile, lá em Santiago.

Pedreira duríssima para o time do técnico Marcelo Oliveira que, se não conseguir a vitória, pode ver a classificação indo por ralo abaixo já na próxima semana.

Seria o pior desempenho Celeste em toda a sua história na Libertadores.

Copa do Brasil:

O improvável sempre acontece e raramente é uma surpresa agradável.

Com essa frase um ex-professor meu sempre nos alertava que aquilo que menos acreditamos poder acontecer, acontece e em raros casos nos agrada.

Só assim mesmo para explicar como o Fluminense (atual ex-rebaixado no Brasileirão) conseguiu perder por 3×1 para o

Atacante Fred lamentando o gol perdido.

Atacante Fred lamentando o gol perdido.

desconhecido Horizonte, do Ceará, na sua estreia na competição nacional.

Pior foi ver o atacante titular da Seleção, Fred, perdendo um gol que ele raramente perde.

Agora o Tricolor tem que vencer por 2×0, ou 3 gols de diferença, para passar à próxima fase. Nada impossível, visto que estamos falando do Horizonte-CE.

Mas que complicou, isso complicou.

No outro jogo da noite o São Bernardo recebeu o Paraná e o jogo terminou 1×1.

Elano, atuando pelo Flamengo no empate em 2x2 na noite de ontem!

Elano, atuando pelo Flamengo no empate em 2×2 na noite de ontem!

No post de ontem, Copas, Copas e Mais Copas, esse blogueiro aqui apostou em três vitórias nos três jogos de times brasileiros na Taça Libertadores da América.

E perdi feio.

Flamengo, Botafogo e Atlético mineiro não conseguiram vencer os fracos Bolívar, Independiente JT e Nacional do Paraguai, respectivamente, com resultados piores para os times cariocas, pois o Rubro-Negro empatou em casa e o Alvinegro perdeu fora.

Péssimo, como bem frisou o competentíssimo PVC em seu blog, que informa que desde 2005 o Futebol em Terras Brasilis não tinha um começo tão ruim na competição continental.

Vi uma parte apenas do jogo do Flamengo, justo no momento em que o time da Gávea virou o placar pra cima dos bolivianos até o lance do empate. Depois fui dormir. O Maracanã estava lindo e a festa que parecia que iria acontecer acabou não ocorrendo.

Juntando a estes resultados, tivemos a derrota do Cruzeiro na terça-feira e nos resta agora, apenas, torcer por Grêmio e Atlético Paranaense, que vão à campo hoje contra Newells Old Boys e  Universitário, do Peru, respectivamente. Enquanto o Tricolor Imortal recebe o time argentino, no quê promete ser um jogão, o Furacão vai à Lima, pegar o pior time dessa fase até agora.

Um jogando em casa e o outro pegando o pior classificado entre todos os grupos só me resta afirmar que… nada. Vai que dá azar novamente.

Ao final desses dois jogos poderemos ter um parâmetro melhor da situação de cada clube nacional na competição.

Copa do Brasil:

Apenas três equipes conseguiram eliminar o jogo de volta na rodada de ontem da Copa: Internacional, que enfiou uma puta goleada por 6×1 pra cima do Remo-PA; Ponte Preta, que meteu 4×1 no Náutico de Roraima (provando para o Palmeiras que é possível sim ganhar bem nesses estados); e o Tupi-MG, que ganhou do Juazeiro-CE por 2×0 e fez o dever de casa, fora de casa.

São Paulo e Palmeiras (leia aqui) ficaram devendo e vão proporcionar à CSA-AL e Vilhena um passeio à maior cidade do país.

Dos demais resultados dois chamaram a atenção desse blogueiro: as vitórias do Desportiva-ES e do Sergipe sobre o ABC-RN e o Náutico-PE, respectivamente, ambas por 1×0.

Apesar de ABC e Náutico não serem clubes bem classificados em nosso Ranking, o que demonstra que não são lá grandes potências, confesso que não imaginaria que ambos perdessem para representantes do futebol capixaba e sergipano, esses sim sem nenhuma representatividade no âmbito nacional.

Surpresas da caixinha do futebol.

Copa do Nordeste:

O Sport bateu o Santa na primeira partida da semi.

O Sport bateu o Santa na primeira partida da semi.

Depois de se classificar à semifinal da competição por golear o Vitória por 5×1, ontem o Ceará aplicou mais uma goleada, no

primeiro jogo da semi, por 4×0 frente ao América-RN.

Placar mais que suficiente para praticamente garantir o Vovô na final da competição.

No jogo de volta, na próxima semana, o time potiguar tem que repetir o placar para levar a disputa pros pênaltis. Qualquer vitória do América por 3 ou menos gols de diferença dá a classificação para o Ceará.

Sei não, mas acho que a coisa já ficou bem definida.

Na outra semifinal, outra vitória, boa, porém não tão decisiva assim. O Sport recebeu e ganhou de seu rival Santa Cruz, por 2×0, e agora pode até perder por 1 gol de diferença para ir à final do Nordestão 2014.

Ao Santa, que fará o próximo jogo no Arruda, resta devolver o placar, ou vencer por 3 gols de diferença para se classificar direto à final.

Difícil, bem difícil.

Mas não tão difícil quanto a situação do América.

Esse aí sim, tá com uma tarefa quase impossível.