Arquivo de Junho, 2012

Acabou de acabar Boca Juniors 1 x 1 Corinthians, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.

Um jogo muito feio no primeiro tempo, com poucas chances de gols e um falso domínio argentino no jogo.

No segundo tempo o jogo melhorou, não tecnicamente, mas em emoção. O Boca Juniors passou a arriscar mais e a partir mais pra cima do time brasileiro, que se defendia como podia.

Liédson, que havia entrado no decorrer do primeiro tempo no lugar de Jorge Henrique, estava sumido, confirmando sua má fase no Timão. Sem o poder de marcação do polivalente JH, o Corinthians passou a se defender cada vez mais próximo de sua meta, o que atraia mais e mais o time Xeneize.

Até que o gol argentino, merecido, aconteceu.

Em um lance em que Chicão fez pênalti e deveria ser expulso, por cortar com a mão uma bola que certamente entraria no gol, no rebote o jogador argentino abriu o placar, quando já se iam mais de 30 minutos do segundo tempo.

E aí, aquelas coisas que só acontecem com o Corinthians, aconteceu novamente.

Se o Timão teve Basílio em 1977, Viola em 1988 e Tupãzinho em 1990, agora parece que o nome da vez, ao menos até essa noite, é de Romarinho.

Ele que entrou após o gol argentino para tentar oferecer um perigo à defesa do Boca, recebeu o passe de Émerson (que também estava sumido) e, no seu primeiro lance, tocou por cima do goleiro Xeneize.

Foi o gol que fez a La Bombonera ouvir a torcida Corinthiana cantar mais alto.

Ainda no final do jogo o time argentino enfiou uma bola na trave e no rebote um jogador argentino com nome de croata desperdiçou aquele que seria o gol da vitória do Boca Juniors.

Fim de jogo!

Agora, se o Timão quiser ser campeão da Libertadores, na semana que vem, só o será de forma invicta. Uma vitória Corinthiana dá o título ao time do Parque São Jorge. Um empate, por qualquer placar, leva a decisão para a prorrogação e pênaltis.

O Timão só perde o título se perder o jogo, ou a disputa de pênaltis.

O Corinthians pode ser o primeiro time a ser campeão invicto da Libertadores jogando mais que seis jogos.

O Corinthians pode ser histórico!

E, sinceramente, o Corinthians está merecendo.

Ah, e peço desculpas aos meus leitores. Errei meu palpite, pois não contava com aquele gol chorado dos argentinos…

Noite de um só jogo

Posted: 27/06/2012 in Uncategorized

A noite dessa quarta-feira é a mais esperada desde o apito final do jogo entre Corinthians e Santos, na semana passada.

É a noite que pela primeira vez na sua história o Corinthians entrará em campo para decidir o título da Copa Libertadores da América.

Noite com um só jogo. E que jogo!

O Corinthians vai a Buenos Aires para enfrentar o temido e poderoso Boca Juniors, no estádio La Bombonera, onde esse blogueiro já teve o prazer de estar.

Pouco resta para falar sobre o jogo. A imprensa toda, ao menos a imprensa paulista, tem feito a cobertura completa dessa decisão, mostrando até coisas que não interessam a ninguém (a imprensa sempre faz esse tipo de coisa). Os comentaristas já disseram tudo, os torcedores já completaram tudo o que os comentaristas não disseram. Resta pouco.

Da minha parte, acredito que será um jogo bem pegado, com muitas faltas, poucos gols e alguma confusão (cartão vermelho é quase certo que teremos).

No começo da Libertadores desse ano eu havia apontado três times como principais favoritos: o Santos, por ser o atual campeão do torneio e por ter o melhor time da competição; o Universidad do Chile, que fechou 2011 como campeão da Sul-Americana e jogando um bolão; e o Boca, por sua tradição e sua camisa.

E foi exatamente por isso que eu acredito que o Boca tenha chegado na final. E é exatamente por isso que eu acredito que ele seja o favorito ao título.

O Corinthians sempre esteve, pra mim, no segundo escalão dos favoritos. Chegou à semi-final onde eu achava que chegaria, e conseguiu eliminar um time que, até então, era melhor do que ele.

Time por time acho o do Corinthians melhor, mais bem montado, embora eu tenha visto pouco do Boca Juniors nesse ano.

O Timão conseguiu o feito de chegar até aqui invicto. Dificilmente irá continuar depois de hoje.

Uma derrota do Timão hoje define o título por Boca? Não. E se o Corinthians vencer, estará definido? Não.

A verdade é que hoje pode acontecer de tudo. Mas certamente não vai decidir nada.

E que o coração desse Corinthiano aqui aguente (e de milhares outros), pois a tensão e a ansiedade já estão à mil!

Palpite?

1 a 0.

Pra quem?

Pro Corinthians, é claro.

O amigo leitor do blog que já teve curiosidade de acessar as páginas referentes ao Ranking que eu criei (bem aí do seu lado direito da tela) poderá perceber uma grande vantagem na liderança do Ranking do Futebol Nacional, que se mantém desde o primeiro ano de consolidação do Ranking, ou seja, desde 2009.

Essa vantagem é de um clube que sempre se destacou por estar na vanguarda do futebol brasileiro. Essa vantagem, que hoje é de mais de 5800 pontos, é do São Paulo, clube que conquistou muitos títulos nos últimos 20 anos (praticamente os todos os mais importantes de sua história).

Certamente o amigo leitor pode contestar os critérios do blogueiro quando eu fiz o Ranking, mas o que é incontestável, ao menos no meu ponto de vista, é que o Tricolor do Morumbi foi sim o grande vencedor do futebol nacional nas duas últimas décadas.

O Tricolor ganhou 3 títulos Mundias, 3 Libertadores, 3 Brasileiros (só nesse período), alguns Paulistas, sem contar os vice-campeonatos e a constante aparição na posições que pontuam no blog (clique aqui para saber como funciona o Ranking).

Sem contar que o São Paulo foi um dos primeiros, se não o primeiro, clubes a entender como funciona o marketing para o futebol, a explorá-lo e a ganhar dinheiro com ele. Além disso, nos últimos anos o clube do Morumbi soube como poucos aproveitar o enorme estádio que tem, melhorando suas instalações e explorando-o com camarotes, espaços para restaurantes, buffets, entre outros.

Podíamos exaltar também o processo eleitoral dentro do clube, sua democracia e a alternância de poder que havia no São Paulo Futebol Clube.

Havia, no passado, meu caro leitor.

Infelizmente nem o São Paulo escapou da sina de um presidente que se considera maior que o clube, melhor que qualquer outro e insubstituível no cargo.

Hoje, ao demitir mais um técnico (acho que o quarto ou quinto no periodo de 18 meses), o São Paulo demonstra estar na contra-mão da história, indo para um caminho no qual seus rivais estaduais, e muitos outros clubes pelo país afora, já passaram e não aprovaram.

Corinthians, Palmeiras e Santos já provaram desse veneno. Talvez o que se deu menos mal tenha sido o time da Vila Belmiro, pois conseguiu se livrar de seu “dono” antes que a coisa degringolasse de vez. Já os outros dois integrantes do chamado trio de ferro tiveram que amargar crises e até a queda para a Série B do Brasileirão, por causa dos imperadores que deles tomaram conta.

E o São Paulo trilha o mesmo caminho.

O Sr. Juvenal Juvêncio está no terceiro mandato consecutivo de três anos (antes dele os mandatos eram de dois anos) e o conseguiu depois de alterar o estatuto do clube, manobra muito comum nesse tipo de caso.

JJ, como é conhecido, tem uma história de sucesso no Morumbi. Depois de uma primeira passagem pela diretoria de futebol no final dos anos 90, ele voltou como diretor no mandato do presidente Marcelo Portugal Gouveia, em 2003 e liderou o Tricolor na campanha vitoriosa da Libertadores e do Mundial de 2005.

Foi eleito presidente em 2006 e também esteve à frente do time na campanha que culminou no inédito tri-campeonato Brasileiro, em 2006, 07 e 08.

Apesar da passagem vitoriosa, JJ também acumulou alguns fracassos. Perdeu a abertura da Copa do Mundo no Morumbi (não sei como, dizem que a política falou mais alto), afastou o São Paulo do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, brigou por uma taça que não era sua de direito (a famigerada Taça da Bolinhas) e tem amargado três anos e meio sem nenhuma conquista no futebol profissional, trocando de técnico como qualquer time pequeno faz, sem critério, entrando em concentração e tirando jogadores da mesma, entre outros.

Além disso tudo, pouco temos visto de campanhas de marketing Tricolores e o time do Morumbi tem ficado à sombra de Santos e Corinthians, que estão com muito mais exposição na mídia atualmente.

Fases ruins sempre vêm. Eu sei.

Mas estávamos acostumados a ver o Tricolor sempre disputando títulos, sempre entre os primeiros, sempre conquistando. E o fato disso não estar mais acontecendo é sinal de que as coisas não estão lá tão boas.

Será que não está na hora do Tricolor repensar sua administração? Será que a torcida são-paulina não vai agir?

Pedir a cabeça de técnico ou de algum jogador durante uma derrota é fácil. Além de fácil, é míope. É não enxergar o verdadeiro problema.

Está na hora da torcida Tricolor acordar e cobrar os verdadeiros responsáveis pela má fase do clube!

Caso contrário em pouco tempo o São Paulo deixará de ser líder no nosso Ranking. E isso é o de menos pior que pode acontecer…

Ao final de mais uma rodada do Brasileirão de 2012 podemos começar a chamá-lo de Campeonato Basimineiro ou Mineibrasileiro.

Os dois representantes do estado das Minas Gerais ocupam, nesse momento, as duas primeiras colocações da tabela.

O Cruzeiro, que surpreendeu e ganho do então líder e invicto Vasco da Gama no Rio de Janeiro, lidera a competição com 14 pontos e é um dos únicos invictos (junto com ele o Fluminense também não perdeu).

O Atlético Mineiro não surpreendeu ninguém e goleou o fraco Náutico por 5×1 e, com a derrota do Vasco, assumiu a segunda colocação com os mesmos 13 pontos do time Cruzmaltino, mas com vantagem no saldo de gols.

Será esse o efeito dos times Mineiros voltarem a jogar em sua capital, Belo Horizonte?

O Vascão vem em terceiro, como se pôde pressupor no parágrafo acima.

E em quarto, e fechando o grupo que se denomina G4 do Brasileirão (os quatro que garantem classificação para a Libertadores 2013), o Grêmio que venceu o combalido Flamengo, no Olímpico, por 2×0.

Dos resultados do final de semana o mais surpreendente, talvez, tenha sido a vitória da Ponte Preta sobre o Botafogo, em pleno e vazio Engenhão. Foi a primeira vez em sua história que a Macaca venceu algum time carioca, em solo carioca.

Nos dois clássicos paulistas, primeiro no sábado, a Portuguesa venceu e aumentou a crise do São Paulo, no Canindé, por 1×0. No domingo time reserva do Corinthians venceu de virada os titulares do Palmeiras, por 2×1, gols da promessa Romarinho que o Timão trouxe do Bragantino.

Em Goiás e no Recife os visitantes venceram, com Fluminense e Internacional, respectivamente, contra Atlético e Sport. O Atlético Goianiense caminha a passos largos para a Série B, ainda mais que, aparentemente, a fonte secou.

E, para finalizar a rodada, o Coritiba arrancou um bom empate do Santos (com os titulares), na Vila Belmiro e Figueirense e Bahia também empataram no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Das situações atuais de tabela a única que me surpreende e preocupa é a do Palmeiras. O Alviverde de Parque Antártica ainda não venceu e, mesmo com a desculpa de estar focado na Copa do Brasil, me questiono se terá forças para uma reabilitação após o final da Copa (com ou sem título).

Diferente de Corinthians e Santos, para o Palmeiras esses pontos perdidos farão muita falta lá na frente.

Série B:

Criciúma, Américas (Mineiro e Potiguar) e Vitória são os líderes e aqueles que subiriam para a Série A de 2013, caso terminasse agora a competição.

As campanhas de três desses times têm me surpreendido: dos dois Américas e do líder Criciúma. Particularmente desse último, com seis vitórias e uma derrota em sete jogos, um belo desempenho que nem o mais otimista dos torcedores do Tigrão esperavam para esse começo de competição.

Preocupante tem sido a situação de dois campeões brasileiros: Atlético Paranaense e Guarani. O Furacão está na incômoda 13a. colocação, muito aquém do que se imaginava. Será que a Arena está fazendo falta ao Furacão? Em situação um pouco mais preocupante está o Bugre, que ocupa a 17a. colocação e está na zona de rebaixamento para a Série C. Pior que o time campineiro não pode nem usar a desculpa que seu estádio está se preparando para a Copa do Mundo, pois não está.

Série C e D:

Continua o imbróglio, palhaçada ou o circo (chame como você preferir).

O importante é que as semanas vão passando e nada acontece. O futebol não acontece!

E assim caminhamos para organizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada logo na seqüência.


Reeditando e atualizando o post mais visto do meu blog, atualizando-o para a nova realidade:

O Chelsea foi Campeão da Champions League.

Chelsea começa com C!

O Chelsea conquistou pela primeira vez o título mais importante da Europa, depois de diversas tentativas frustradas.

O Chelsea joga um futebol burocrático, retranqueiro, mas muito, muito eficiente.

O Chelsea eliminiou o melhor time do continente, o Barcelona, até então o Campeão da Champions, nas semi-finais do torneio, após vencer o primeiro jogo e empatar o segundo.

Esse melhor time havia enfiado uma sonora goleada por 8 gols, na fase de oitavas de final, em um outro time que começava com a letra B, o Bayer Leverkusen.

O Chelsea jogou a final contra um time que tem a inicial B, o Bayern München,  proveniente de um país tradicionalíssimo no futebol, e com muito mais tradição naquela competição do que ele (4 títulos da Champions).

Na América do Sul temos um time disputando a final do torneio continental que começa com a letra C.

Corinthians.

O Corinthians também nunca conquistou o torneio continental, apesar de inúmeras tentativas frustradas.

O Corinthians também joga um futebol burocrático, retranqueiro e muito, muito eficiente.

O Corinthians também eliminou o melhor time do continente, o Santos, e atual Campeão da Libertadores, nas semi-finais do torneio, após vencer o primeiro jogo e empatar o segundo

O melhor time da América também goleou por 8 gols, nas oitavas de final, um outro time que começava com a letra B, o Bolívar.

O Corinthians também vai jogar a final contra um time que tem a inicial B, o Boca Juniors, proveniente de um país tradicionalíssimo no futebol, e com muito mais tradição na Libertadores do que o Timão (6 títulos da Libertadores).

Resta saber se as coincidências vão parar agora, porque de quando eu postei esse texto a primeira vez (clique aqui para ver o original) até agora as coincidências só se confirmaram.

As finais dos sonhos

Posted: 22/06/2012 in Uncategorized

Corinthians e Palmeiras estão nas finais da Libertadores e da Copa do Brasil, respectivamente.

E, cada um ao seu modo, Corinthianos e Palmeirenses terão as finais dos sonhos em cada competição.

Os Palmeirenses, que se classificaram para a final ao empatar em 1 a 1 com o Grêmio na noite de ontem (com gol do Valdívia, naquele tipo de gol que serve para dar um novo ânimo na vida do jogador) vão enfrentar um time médio do cenário nacional, o Coritiba.

Não que o Coxa não tenha um bom time, não é isso. Quem chega onde o time paranaense chegou, pela segunda vez seguida, não pode ser desprezado.

Porém, para o Alviverde paulista é bem melhor enfrentar o time paranaense do que cair numa final contra um rival, num clássico regional com o São Paulo.

Ao enfrentar o Coritiba, com uma boa possibilidade do segundo jogo ser em casa, o Palmeiras entra como franco favorito a conquistar um título nacional depois de 14 anos de jejum.

Era o adversário que todo Palmeirense sonhava.

Diferente dos Corinthianos, sofredores de carteirinha.

Com a definição do Boca Juniors como finalista da Libertadores, após o empate em 0 a 0 no jogo de ontem , em Santiago, o Corinthiano está próximo de realizar um sonho que já dura, pelo menos, 20 anos.

Explico:

Pergunte para qualquer torcedor Alvinegro que estiver aí ao seu lado se não é isso que ele está pensando.

Depois de tanto aguentar a tiração de sarro, o Timão vem fazendo a Libertadores perfeita: chegou a final, invicto e eliminou um grande rival que é o atual campeão do torneio e considerado o melhor time das Américas (eu considero).

Para fechar com chave de ouro só mesmo sendo campeão em cima de um time com muito mais tradição e muito temido pelos brasileiros, como é o Boca Juniors.

Na minha opinião o Boca entra nessa disputa como favorito. Desde o início da competição eu havia apontado três clubes como os favoritos ao título: Santos, Universidad de Chile e Boca Juniors. E isso dará um sabor maior ainda se o troféu vier para o Parque São Jorge.

Agora é preparar o coração e a garganta. Os Corinthianos começam a sofrer antes, já na próxima quarta-feira. Os Palmeirenses terão o seu primeiro jogo quando a Libertadores estiver definindo o seu campeão, no dia 04 de julho.

Haja emoção!

Enquanto isso, no Ranking:

Apenas para constar a informação, Grêmio e São Paulo somaram 312,5 pontos pela chegada até a semi-final.

O Palmeiras, assim como o Coritiba, garantiu ao menos 625 pontos pelo vice-campeonato da Copa do Brasil.

O post de ontem à noite, logo após o final do jogo entre o Corinthians e Santos, foi muito mais um desabafo de um torcedor do quê uma opinião sobre o resultado do jogo em si.

Lógico que ainda estou sob o efeito entorpecente que uma vaga na final da Libertadores dá, mas certamente poderei escrever bem mais imparcialmente do que o fiz na última noite. Vamos lá.

Corinthians e Santos fizeram no primeiro tempo o que deles se esperava. O Santos atacou e o Corinthians se defendeu. Apesar de toda emoção, de toda tensão que envolvia a partida, o jogo estava bem ruim tecnicamente falando, com poucas chances de gol até o momento em que Neymar fez o que dele também se esperava: entrou driblando, abriu para Alan Kardec e foi para a área esperar o cruzamento. No rebote da trave ele estava livre, sozinho e desimpedido para, de canela, fazer o gol Santista.

E botar fogo no jogo!

A resposta Corinthiana veio logo depois, com uma cabeçada de Jorge Henrique que obrigou o goleiro Santista se esticar todo para defender. E aí veio o intervalo.

Tensão mais que explosiva no ar.

Na volta do segundo tempo, sem que se esperasse que fosse acontecer, aos dois minutos o Corinthians empatou! E o Pacaembú explodiu!

À partir dali o Santos se perdeu num nervosismo que dele não se esperava, visto que é o atual campeão da Libertadores e, espera-se, que seja um time experimentado o suficiente. Mas não era.

Faltava ao Santos de Neymar, Ganso, Borges e Muricy um teste contra um arqui-rival, numa situação que precisava ser revirada, na casa do adversário.

E o nervosismo Santista permitiu ao Corinthians o amplo domínio do jogo no segundo tempo, não dando chance ao time da Vila Belmiro de tentar seu segundo gol.

Pela primeira vez o Timão garantiu sua vaga na final da Libertadores. Jogo histórico mas que certamente será menos importante do que os jogos da próximas semanas.

Com a eliminação o Santos volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde é considerado por esse blogueiro favorito ao título. Além disso o Alvinegro Praiano somou 900 pontos em nosso Ranking.

O Timão espera a definição do seu adversário, que sai hoje no jogo entre Universidad e Boca Juniors. Eu gostaria que passasse o Boca, mas acho que vai dar o time chileno.

Além disso o Timão já tem garantido 1.650 pontos referente ao vice-campeonato da Libertadores em nosso Ranking.

Copa do Brasil:

Deu Coxa!

Pela segunda vez consecutiva o Coritiba vai decidir a Copa do Brasil. O time paranaense garantiu sua vaga ao vencer o São Paulo por 2×0, no Couto Pereira e agora espera pela definição da chave entre Palmeiras e Grêmio.

Confesso que não vi o jogo, só os melhores momentos, e me assustei com o gol que o artilheiro Luis Fabiano perdeu, quando ainda estava 1 a 0 pro Coxa. Gol que ele geralmente não perde e que quando perde faz uma falta danada.

Era sinal de que a viola Tricolor estava em cacos.

O São Paulo somará 312,5 pontos no Ranking enquanto o Coxa garante, no mínimo, 625 pontos.

Será que esse ano o Coritiba vai subir o degrau que falta na Copa do Brasil? Fazendo por merecer ele está!

Mas para o Coxa subir esse degrau ele terá que passar pelo vencedor do confronto de hoje à noite, entre Palmeiras e Grêmio.

O Alviverde está com a faca, o queijo e a goiabada na mão. Venceu no Olímpico por 2 a 0 e pode até perder por um gol de diferença que estará classificado.

Situação confortabilíssima para os comandados de Felipão, mas que não podem nunca descuidar pois do outro lado está uma grande equipe do futebol brasileiro, quatro vezes campeão da Copa do Brasil e tradicional nesse tipo de confronto.

Palpite? Já deu Palmeiras!

O Corinthians acaba de conquistar, pela primeira vez na sua história, a tão sonhada vaga pra final da Libertadores da América!

É muito complicado pra alguém que torce pra um time escrever sem se deixar levar pela emoção, principalmente logo após o final do jogo, então, se eu for muito tendencioso, me perdoem! (mas aqui é meu blog e eu sou Corinthiano).

Chupa!

Essa é uma palavra que se tornou comum no vocabulário dos torcedores brasileiros, principalmente quando o seu time ganha de um rival, ou conquista um campeonato.

Então, chupa!

Chupa porquê com o empate de hoje e a conseqüente classificação, o Timão acabou com um estigma de não ter tradição na Libertadores. O Alvinegro do Parque São Jorge entra pra um grupo mais seleto e mesmo que não ganhe o título esse ano, mostra para todos que tem completas condições de ganhá-lo um dia.

Chupa novamente!

Chupa novamente porquê há dois anos, quando completou 100 anos de vida e história, o Corinthians foi muito “zuado” pelos torcedores rivais pelo fato de nunca ter conquistado esse título, chegando ao absurdo de se apelidar o centenário Corinthiano de Centernada, numa pequena alusão à falta de títulos Alvinegra.

Chupa só mais uma vez!

Chupa mais uma vez porquê muitos dos que brincavam assim com os brios Corinthianos eram os Santistas, ainda mais que 2010 foi um ano vencedor para o Santos, e agora, em 2012, no centenário Santista, o Corinthians dá de presente à torcida Santista o presente que eles nunca gostariam de receber: serem os responsáveis pela classificação do Timão à final da Libertadores.

Chupou bastante já? Eu acho que ainda não.

E já que chupassão pouca é bobagem, no decorrer dessa campanha Corinthiana na Libertadores muito se foi falado: vocês não passarão do Cruz Azul; xi, o Emelec eliminou o Flamengo e o Olímpia; ah, o Vasco já foi campeão da Libertadores e vocês nunca eliminaram um campeão; ah, agora do Santos de Neymar vocês nunca passarão…

Pois é, agora é o nosso momento!

E, se você não é Corinthiano, só tenho uma coisa a te dizer: CHUPA!

"O jogo da vida"

Posted: 20/06/2012 in Uncategorized

O titulo desse post está entre aspas não é à toa, não é sem propósito.

Sempre que um time grande está envolvido em alguma final, fase decisiva ou tem pela frente um jogo que pode decidir sua sorte num campeonato, vem alguém da imprensa com o famoso “jogo da vida” de tal clube! Quando são dois os times envolvidos, aí fica mais evidente o exagero.

Hoje à noite, no Pacaembú, teremos “o jogo da vida” de Corinthians e Santos. Mas, será que é mesmo o jogo da vida centenária desses clubes?

Pode ser, considerando muitas variáveis, que seja o confronto mais importante entre as duas equipes desde 1913. Mas, cá pra nós, nem sei se isso podemos considerar.

Pelo lado Corinthiano, vejamos: o jogo de hoje é mais importante do que a final do Paulista de 1977? Ou do que a final do Mundial de 2000? Se formos considerar só os jogos contra o Santos, o jogo de hoje é mais importante do que aquele em que se quebrou o famoso tabú de onze anos?

Pelo lado Santista nem precisamos recorrer à história mais antiga: o jogo de hoje é mais importante do que a final da Libertadores do ano passado? Ou do que os confrontos contra Milan e Benfica, com o fantástico Santástico em campo? Ou, reservando apenas os jogos contra o Corinthians, seria o jogo de hoje mais importante do que a final do Brasileirão de 2002?

Teremos nessa noite, sem dúvida alguma, um jogo que entrará para a história do confronto. De um lado o pragmatismo, de outro a técnica. De um lado a disciplina, de outro a irreverência. E dos dois lados a qualidade de quem chegou onde chegou.

Mas esse papo de jogo da vida dos dois clubes é puro exagero! Uma pequena forma de dizer “ei, leiam minha matéria, por favor!”.

Vamos ao jogo:

Corinthians e Santos fazem um jogo sem favoritos. Esqueçam a pequena vantagem que o Corinthians conseguiu no primeiro jogo. Certa vez eu fui no estádio do Pacaembú, com dois amigos Santistas, assistir a um clássico pelo Brasileirão de 2006 (se eu não me engano). O Corinthians vinha melhor do que o Santos e o começo do jogo do Timão foi arrasador, com bola na trave e tudo mais. Resultado? Santos 3 a 0.

A tarefa de nenhum dos dois será fácil. O Corinthians tem que parar o melhor ataque da competição. O Santos que furar a melhor defesa.  Ganhará aquele que errar menos, que estiver mais concentrado e melhor fisicamente (um jogo desse exige muito da parte física dos atletas).

Ao vencedor serão dadas as glórias e os louros da conquista, porém o vencido não deverá se sentir mal. Quem quer que perca a classificação hoje pode ter certeza que a perdeu para um grande clube, com um grande time.

O confronto que definirá qual time brasileiro irá para a final da Libertadores tem tudo para ser um jogão! Espero que tenhamos muita emoção, gols e pouca, ou nenhuma, violência (dentro e fora do campo).

Copa do Brasil:

Muito mais acostumado com decisões, o São Paulo vai a Curitiba enfrentar o Coritiba precisando de um empate, ou até podendo perder por um gol de diferença desde que marque gol para ir à final da Copa. Ambos correm atrás de seu primeiro título da Copa do Brasil.

O Tricolor tem mais experiência, mais time, mais camisa e até mais técnico do que o time paranaense, porém o time do Coxa não é nenhum pouco bobo e entra em campo credenciado por ter participado de três das últimas quatro semi-finais da Copa do Brasil, além, é claro, de contar com sua torcida para vencer o time paulista.

Promessa de um belo jogo que infelizmente não assistirei (olha o calendário nos atrapalhando aí novamente).

O placar conseguido na semana passada, da forma que foi conseguido, trouxe mais pressão e mais animação ao Tricolor do Morumbi. Pressão porquê muitos imaginavam um placar melhor do que o 1×0 e mais animação pois o único gol veio nos minutos finais (um golaço, diga-se de passagem) com um jogador a menos e correndo risco de perder em casa.

Confronto sem favoritos que pode dar de tudo, inclusive a disputa da vaga nos pênaltis.

Certeza de quê os São-Paulinos estarão focados no jogo do seu time e não reforçarão, ao menos na audiência, a torcida Santista na noite de hoje.

Palpites?

Sabendo que é loucura apostar alguma coisa nesses jogos reservo-me o direito de garantir que Corinthians e Coritiba serão os classificados para as finais!

E o futebol, CaDê?

Posted: 19/06/2012 in Uncategorized

Foi realizada, na tarde de ontem, uma reunião na sede da CBF para se decidir o futuro das Séries C e D do Campeonato Brasileiro. Estiveram presentes os presidentes (ou representantes) dos clubes e das federações envolvidas: Araguaína-TO, Santo André-SP, Brasil de Pelotas-RS, Rio Branco-AC e Treze-PB.

Os envolvidos saíram sem um consenso, exclusivamente por conta da decisão do Treze-PB de manter seu processo requisitando uma vaga na Série C, entendendo que é seu direito o acesso à tal Série.

Para que o amigo leitor do blog possa entender um pouco, veja bem, entender só um pouco do que acontece nesse imbróglio jurídico, vou tentar comentar os fatos da maneira mais clara e concisa possível. Para isso, tentarei utilizar a cronologia de tempo para ajudar no entendimento de todos.

A Série C de 2011 começou com o seguinte formato de disputa: 20 clubes divididos de forma regional em quatro grupos de cinco equipes, que jogariam em turno e returno, onde os dois primeiros colocados passariam à próxima fase e os últimos colocados de cada grupo estariam rebaixados para a Série D desse ano.

No Grupo A estavam Rio Branco-AC, Paysandú-PA, Luverdense-MT, Águia de Marabá-PA e Araguaína-TO e essa foi exatamente a ordem de classificação ao final da primeira fase.

No decorrer do campeonato o Rio Branco entrou na justiça comum contra uma decisão da Procuradoria de Defesa do Consumidor do Acre, que havia interditado a Arena da Floresta, estádio onde o time mandava seus jogos. Ocorre que, de acordo com o regulamento da CBF, os times devem decidir seus problemas na Justiça Desportiva e nunca na comum (isso depois de diversos problemas parecidos com esse envolvendo times da primeira divisão).

Rege tal regulamento que a equipe que assim proceder sofrerá pena de eliminação do torneio e rebaixamento automático de divisão.

Após algumas idas e vindas na justiça, tanto desportiva quanto comum, e para que a competição fosse continuada na sua segunda fase, o Rio Branco-AC aceitou a sua exclusão da competição e retirou suas ações na justiça. Porém, o seu rebaixamento não foi decidido, ficando o time Acriano apenas excluído de participar da fase seguinte.

Paralelamente a isso, no Grupo D, o Brasil de Pelotas-RS perdeu 6 pontos devido a escalação irregular do lateral direito Cláudio, devido a um julgamento do jogador por uma expulsão na última rodada da Série C de 2010. Com essa perda, o time do sul do país ficou com apenas dois pontos conquistados, terminando na última colocação do grupo, atrás do Santo André, quarto colocado.

O Treze-PB entra na situação quando, eliminado na fase de quartas de final da Série D (que dava vaga para os quatro semi-finalistas) e tendo o melhor desempenho entre os quarto-finalistas eliminados, entendeu que o rebaixamento da Série C deveria constar, no Grupo A, o Araguaína-TO e o Rio Branco-AC, abrindo uma quinta vaga para a Série D que, obviamente, seria sua.

Se aproveitando do imbróglio que já estava acontecendo entre os três times citados acima, o Brasil de Pelotas-RS entrou com ação na justiça em abril desse ano alegando que não havia sido informado sobre a punição ao jogador Cláudio e solicitou a sua vaga no lugar do Santo André na  Série C desse ano.

E assim estava formado mais um circo do futebol brasileiro!

Na reunião de ontem, como já dito, quatro clubes aceitaram a decisão da CBF e afirmaram que iriam retirar suas ações nas justiças comum e desportiva e aceitando o rebaixamento do Araguaína e do Brasil de Pelotas. Porém, com alguns julgamentos a seu favor, o Treze preferiu continuar com o processo pela vaga que seria deixada pelo Rio Branco-AC, supostamente.

Aos leitores que acompanhavam o futebol brasileiro até a década de noventa, fica a pergunta: essa situação lembra vocês de algo?

Era muito comum, principalmente quando do rebaixamento de algum clube grande, as viradas de mesa, as disputas judiciais e os imbróglios para começar um campeonato. Virava e mexia a gente via dirigentes comemorando com champanhe os salvamentos de queda do time A ou do time B.

Isso pode até não ocorrer mais nas duas principais divisões do futebol brasileiro, mas não quer dizer que não aconteça mais no futebol brasileiro. E é uma vergonha vermos que ainda temos espaço para tais situações. Não estou acompanhando o caso desde o começo e não sei o que foi decidido lá atrás, mas imagino que se o regulamento prescreve o rebaixamento da equipe que entrar na justiça comum ele deve ser cumprido à risca. Não importa se, no meio do processo, a equipe envolvida desista da briga judicial e aí se faz cumprir só metade do regulamento.

E isso, infelizmente, reflete negativamente no negócio futebol.  Além dos 60 clubes parados (alguns bem tradicionais no futebol brasileiro), temos os patrocinadores, os possíveis investidores, a chance de um jogador aparecer um pouco mais, se destacar. Quanto de dinheiro não fica parado aguardando que se tome uma decisão, que se tenha um consenso?

Espero que a situação se resolva o mais rápido possível e que a alegria volte aos campos do país inteiro. O futebol nacional não se resume apenas à 10, 20 equipes.