Arquivo de Abril, 2014

Apesar de rivais os dois clubes não devem se tratar como inimigos.

Apesar de rivais os dois clubes não devem se tratar como inimigos.

Talvez o que eu escreva aqui nesse post possa parecer, para muitos, algo utópico e sem a menor chance de acontecer.

Confesso que até para mim, que acredito piamente nisso, esse post parece bastante utópico.

Principalmente ao ler e ver as notícias da recente briga entre São Paulo e Palmeiras pela contratação do medíocre atacante Alan Kardec, que não é para o futebol nem 1% do que foi o original para o Espiritismo, onde os presidentes dos clubes se prestaram ao papel de irem à imprensa trocar acusações e, pior, ofensas.

Nesse ponto, os dois presidentes dos dois clubes não agem apenas como rivais, mas também como inimigos.

“Vou tirar um profissional excelente do meu inimigo para enfraquecê-lo”.

“Vou acusar meu inimigo para que todos conheçam seu modus operandi“.

Esse é tipo de coisa que eu imagino que os presidentes pensam, ou pensaram, durante todo esse episódio. Mal sabem eles que a única coisa que estão enfraquecendo é o nosso futebol, o único modus operandi que estão expondo é o seu próprio.

Não quero aqui defender A ou B, nem cair no “lugar comum” de dizer que esse tipo de ação incita a violência, porque não é bem esse o intuito do post (e até porque a violência só é incitada em quem está inclinado a ela).

Mas o intuito é de mostrar que esse tipo de situação realmente não contribui em nada para o fortalecimento do nosso futebol.

Achar que o inimigo é o seu clube rival é de uma tolice tão grande que, ao longo dos anos, só tem afastado mais o público consumidor dos estádios, dos times.

Apesar de pouco conhecer, nesse caso sou fã do modelo norte-americano de gestão esportiva. Veja se existe esse tipo de situação na NBA, ou na MLS, por exemplo.

Não.

Lá, os clubes não definem suas contratações e acredito que isso ocorra exatamente para evitar esse tipo de situação, além, é claro, de evitar o fortalecimento de uns em detrimento aos outros.

Tudo bem que lá o modelo já nasceu assim, diferente daqui, que teríamos que tentar construir algo parecido partindo de um modelo pre-existente.

Pensando o futebol como um negócio, como uma indústria, coisa que o é, é tolice achar que quem torce, acompanha e consome o São Paulo, por exemplo, pode, de um dia para o outro, torcer, acompanhar ou consumir o Palmeiras.

Mas não é tolice pensar que esse mesmo cara que consome o São Paulo pode um dia desviar seus olhos, e seu dinheiro, para o teatro, o cinema, ou seja, qualquer outra forma de lazer.

Porque, para o torcedor comum, aquele que não vive do futebol, o esporte nada mais é do que isso: uma opção de lazer.

E se você acha que esse tido torcedor comum é minoria, sinto lhe informar que você está redondamente enganado.

Mesmo que eu nunca tenha visto uma pesquisa sobre o comportamento das torcidas, como postei certa vez (clique aqui), tenho certeza de que o número de potenciais consumidores do nosso futebol (caras que torcem para um time, mas não o acompanham de perto) ainda é bem maior do que o número de torcedores que realmente consumam algo dos times.

E enquanto os presidentes dos clubes, de todos e não apenas dos envolvidos nesse caso, ficarem brigando por migalhas (não que o tal Alan Kardec seja uma migalha, mas também não é um pão inteiro) é bem difícil que ações sejam desenvolvidas para atrair esse tipo de consumidor.

O tempo que estão dispensando nessa mesquinharia sem fim poderia ser aproveitado para pensarem o Futebol em Terras Brasilis no longo prazo, em ações que fortaleçam não só seus clubes, mas o nosso futebol hoje e também para daqui 10, 15, 30 anos.

Pensarem em como tornar o modelo arcaico que temos hoje em algo comercialmente atrativo e, principalmente, lucrativo.

Não pensarem em como tirar um “Alan Kardec” do rival, mas sim em como segurarem os futuros Neymar, Ronaldo, Kaka, e tantos outros que saem do país a cada janela de transferências, esses sim jogadores que justificam brigas, mas não entre os nossos clubes e sim com os clubes Europeus.

Porque enquanto nos dignificarmos a brigar apenas por Alan Kardec, vamos ter que nos contentar por brigar apenas por Alan Kardec, e nada mais.

Apenas para não sermos muito previsíveis, a imagem desse post não é uma tecla F5, mas sim um caça F5 da FAB.

Apenas para não sermos muito previsíveis, a imagem desse post não é uma tecla F5, mas sim um caça F5 da FAB.

Depois de dez dias com apenas dois posts no blog, chegou a hora de atualizar algumas coisinhas por aqui.

Vamos dar o famoso F5.

Até porque a próxima semana também será curta e as obrigações profissionais certamente não me deixarão escrever muito.

Nesse dez dias o Futebol em Terras Brasilis conheceu mais três campeões, dois estaduais e um regional, viu dois de seus três representantes serem derrotados no primeiro jogo das oitavas da Libertadores e acompanha, incrédulo, o Fluminense ser o único time 100% do Brasileirão 2014.

Sim, incrédulo porque se não fosse um erro Lusitano e o Flu, uma hora dessa, estaria, no máximo, como líder da Série B do campeonato.

Mas vamos aos temas, como diria o filósofo Jack, o estripador, por partes.

Campeões:

Sport e Ceará conquistaram, respectivamente, seus 40º e 43º títulos estaduais no meio da semana que se encerra, ambos em estádios de Copa.

Trata-se do 23º título Rubro-Negro considerado para o nosso Ranking, e o 27º do Vovô, que conseguiu subir uma posição em relação à 2013 e agora ocupa a 27ª colocação.

O Sport se manteve na 17ª posição e já está com a sua página no nosso blog atualizada.

Como também já está atualizada a página do Ranking 2014.

Ah, e o outro campeão saiu da Copa Verde, onde o Brasília superou o Paysandu na disputa por pênaltis e garantiu o primeiro título desse torneio.

De quebra o Brasília será um dos representantes do nosso país na Copa Sul-Americana 2015.

Libertadores:

Complicada a situação dos três representantes do Futebol em Terras Brasilis no torneio continental.

Depois de ver o Cruzeiro empatar em casa, por 1 a 1, com o Cerro Porteño, na última quarta-feira os dois times que jogaram fora de casa perderam, ambos por 1×0.

Em Medelín o Atlético Mineiro, segundo dizem, pode até se dar por satisfeito, uma vez que o goleiro Victor foi o nome do jogo.

Já em Buenos Aires, o Grêmio merecia sorte melhor, e esse jogo eu vi. Não que o Tricolor Imortal tenha jogado o fino da bola, porém não sentiu tanto a pressão, nem mesmo quando o San Lorenzo achou um gol e inflamou sua torcida.

Dos três, sei não hein, mas tô achando que só passa um para a próxima fase. E esse um é o Grêmio.

Brasileirão, Série A:

Ainda morno, o Brasileirão irá sofrer muito nesse período pré-Copa, exatamente por ter de dividir as atenções com o principal campeonato de futebol do mundo.

Serão 9 rodadas (ainda faltam 7) em que poucos holofotes estarão voltados para ele.

E pode se dar bem quem se aproveitar delas como, aparentemente, vem fazendo o Fluminense.

Ok, vencer o Figueirense em casa é mera obrigação.

Mas vencer o Palmeiras no Pacaembu, não.

E não estou dizendo que o Flu já é o campeão, ou principal candidato ao título.

Mas que é bom ficar de olho, isso é.

Série B:

Advinha quem começou a Série B dando mostras de que vai sofrer mais do que deveria?

O Vasco.

Que não ganhou nenhum dos dois jogos que fez, contra América-MG e Luverdense, tendo, inclusive, perdido esse último confronto.

Que o Gigante da Colina vai subir, disso eu não tenho dúvidas.

Só resta saber com qual grau de sofrimento, né?

Ah, e a outra representante de traz dos montes, a Portuguesa, parece estar certa de que fazer uma cagada atrás da outra é o que vale.

Depois de ter colocado um jogador irregular no último jogo da Série A do ano passado, que culminou com o seu descenso, agora tira o time de campo no primeiro jogo da Série B, e provoca a ira da CBF, que já deve estar por aqui com o pessoal da padaria.

Depois reclamam das piadas que contam deles.

Série C:

A terceira divisão do Brasileirão começou esse final de semana com vinte clubes na disputa por um acesso à Série B.

Divididos regionalmente em dois grupos, o esquema da competição será o mesmo dos últimos anos: turno e returno dentro do grupo, passam os quatro primeiros de cada grupo que disputaram em fase mata-mata até se conhecer os quatro times que acessarão a Série B e o campeão.

Guarani, que já foi campeão Brasileiro, Juventute, que já conquistou a Copa do Brasil, São Caetano, que já foi vice-campeão da Libertadores e Paysandu, que é o Paysandu, são os quatro times mais conhecidos dessa divisão.

A História de Torcedor de hoje foi vivida por esse blogueiro há quase vinte anos, quando o Corinthians era uma das minhas maiores distrações e, por que não, das maiores preocupações.

Espero que vocês se divirtam com essa pequena passagem da minha vida de torcedor.

Ah, e se você quiser ver sua história publicada aqui no nosso blog, basta enviá-la para o e-mail constante no meu perfil do blog (clique aqui).

Vamos lá então?

Uma Kombi parecida com essa nos levou ao Morumbi naquela noite.

Uma Kombi parecida com essa nos levou ao Morumbi naquela noite.

Até de Kombi nós iremos:

Todo torcedor Corinthiano se lembra de bom grado do ano de 1997, onde, com a ajuda de um já falido banco, o Timão montou um bom time para a disputa do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e do Brasileirão daquele ano.

Num time com estrelas do porte de Túlio Maravilha, Donizete, o Pantera, e Mirandinha o pai, o tio, o irmão do vento (sei lá), nós nos acostumamos a ver um ataque bem eficiente, mas uma defesa que carecia de bons nomes (contava com Célio Silva e Henrique).

Mas um jogo marcou bastante a participação Corinthiana na Copa do Brasil daquele ano: a goleada por 6 a 2, pra cima do Atlético Paranaense, já nas quartas de final da competição, após ter perdido o primeiro jogo em casa.

Mas a minha história de hoje não é sobre esse jogo. É sobre o que aconteceu depois desse jogo.

Empolgado com a disputa das semifinais diante de um poderoso Grêmio, e também com a forma como havíamos nos classificado para essa fase, esse que vos escreve quis porque quis ir ao primeiro jogo daquela fase, que seria realizado no Morumbi.

Na época, estudante de um curso supletivo para finalizar o ensino médio (que na época chamávamos de colegial), tinha em minha classe muitos colegas com idade mais avançadas do que a minha. Um deles, de nome Gilberto (se eu não me engano), um jovem senhor de mais ou menos 50 anos e também Corinthiano, empolgado com a minha própria empolgação quis me acompanhar ao jogo.

Ótimo.

Além de companhia, teria carona para ir ao longínquo estádio São Paulino.

Comprei os ingressos antecipadamente e combinei com meu colega de classe como iríamos. Na época eu trabalhava na Av. Angélica e ele na Rua Estados Unidos, ambas em São Paulo. Quem conhece sabe que não é perto, mas para ir da Angélica até a Estados Unidos a pé não é tão ruim, visto que é apenas descida.

Combinamos então de nos encontrar na frente da corretora onde ele trabalhava às 19 horas, para irmos ao Morumbi onde o jogo começaria às 22 horas.

Ao fim do meu expediente me paramentei, colocando uma blusa de moletom preta, uma camisa do Corinthians branca por cima da blusa e um gorro do Timão, pois já estávamos próximos ao inverno paulistano.

E lá fui eu, até a porta da empresa onde meu colega trabalhava.

O que eu não previa, na minha doce inocência, é que o lugar onde trabalhava meu colega era nada menos do que uma das maiores corretoras de imóveis da cidade, num puta lugar chique e apenas com carrões e gente de terno e gravata entrando e saindo do imóvel.

Fiquei lá, parado na frente da corretora, por uns 10 minutos, pensando se deveria ou não entrar.

Ah, e naquela época o celular não era algo tão comum como hoje e esse pobre rapaz não tinha nenhum em seu bolso.

Eis que decidi por entrar. Afinal, estava com o ingresso do meu colega no bolso e ele, por já passar das 19 horas, deveria estar me esperando.

Entrei.

E, ao entrar, percebi que todos que podiam me ver pararam o que estavam fazendo por um segundo, apenas admirando aquele ser “extraterrestre” entrando em tão refinado local.

Homens e mulheres belíssimos, bem vestidos e muito finos ficaram ali, incrédulos, me medindo por uma fração de tempo que eu não sei precisar, até que eu me dirigi ao balcão da recepção e, da forma mais natural possível, pedi para chamarem o Sr. Gilberto (que eu não me lembro o sobrenome). Falei que era amigo dele e que havia marcado com ele aquele horário.

A recepcionista, incrédula, pediu para que eu aguardasse e ligou para o meu colega. Acho que mais incrédula ainda ela ficou ao receber a resposta dele, dizendo que já sairia para me atender.

No pouquíssimo tempo que fiquei naquela bela recepção, senti que era a atração de todos que por lá passavam, principalmente dos seguranças.

Ao me ver, pude perceber que meu colega de classe ruborizou na hora, me cumprimentando bem disfarçadamente e já me encaminhando para fora do imóvel. Ao sairmos, ele me pediu mil desculpas, dizendo que não poderia ir ao jogo naquela noite e me dando o valor do ingresso, sem querer ficar com ele, dizendo que era para colaborar com a condução caso eu fosse para o estádio sozinho.

Muito a contragosto aceitei o dinheiro e me despedi do tal Gilberto, que após o término daquele semestre eu nunca mais tive contato.

Fui, então, procurar alguma forma de ir ao Morumbi de condução. Me lembrei de que estava próximo à Rua Augusta e que lá poderia passar um ônibus para próximo do estádio.

Mais alguns minutinhos de caminhada e eu já estava num ponto de ônibus da congestionada Augusta.

Pouco tempo depois vi uma Kombi velha, descendo a Rua Augusta, cheia de bandeiras do Timão, chacoalhando com a cantoria dos quase dez fanáticos que estavam lá dentro.

Ao se aproximarem do ponto onde eu estava, um deles, que estava no banco da frente do lado do passageiro, virou pra mim e falou: “E aí mano, tá indo pro Morumbi?”.

Respondi que sim, ao que ele concluiu: “5 conto e a gente te deixa lá. Vamô?”.

Pra quem estava perdido em plena Augusta, depois de ter pago um puta de um mico, o que viesse era lucro.

Dei os cinco reais pro cara (que hoje deve equivaler a uns R$ 20,00), e entrei na Kombi.

Ao entrar, vi que não tinha bancos na parte traseira. Eu e mais uns dez caras nos segurávamos como e onde dava, e cantávamos músicas de arquibancada para ajudar a passar o tempo.

Lógico que algumas drogas, lícitas e ilícitas, rolavam a vontade na Kombosa.

E lógico que eu não as experimentei.

Até porque, eu teria que ficar são para conseguir um meio de voltar do Morumbi depois da meia-noite, o que não é uma tarefa assim tão fácil.

Ao chegar no estádio tive que me despedir dos meus colegas de Kombi, já que eles iriam para a arquibancada vermelha e eu estava na azul.

O jogo terminou 2×1 para o Tricolor, com Marcelinho Carioca perdendo um pênalti que poderia dar o empate para o Timão (que saiu perdendo por 2×0).

Mas, o que valeu mesmo foi saber que, parafraseando o hino do time gaúcho, até de Kombi nós iremos para o Morumbi.

A volta?

Bem, aí é para uma outra História de Torcedor.

Somente ao final do último dia do feriado, ou aos 45 do segundo tempo como gostamos de dizer, é que esse blogueiro se dignificou a escrever sobre o início do mais importante campeonato de futebol disputado por aqui.

No meio da Páscoa começou o Campeonato Brasileiro de 2014, o que impossibilitou que eu escrevesse, por conta dos inúmeros, e bem agradáveis, compromissos sociais de tão especial época.

Confesso também que pouca coisa vi sobre o início do Brasileirão. Não acompanhei nenhum jogo atentamente, vi apenas os gols e pouco fui ler ou ouvir o que os comentaristas falaram sobre os dez primeiros jogos da Série A.

Como também pouco ouvi e li sobre a Série B, que também começou nesse final de semana, com uma puta confusão no jogo da Portuguesa, o que já era de se esperar.

Acredito que a notícia da morte do excelente Luciano do Valle foi muito mais falada e comentada na mídia do que a primeira rodada do Brasileirão propriamente. O que era de se esperar, né?

Peço, então, perdão aos que dispuserem de seu precioso tempo para ler essas linhas.

O que eu vou postar hoje, segunda-feira, era para ter sido escrito e postado na última sexta-feira, antes do início do Brasileirão, como geralmente faço aqui no FTB. Ah, e vale dizer que os resultados dessa primeira rodada não influenciaram em nada nas minhas apostas.

Então vamos a elas.

E, contrariando o que me pediu meu amigo João Carlos (pelo segundo ano seguido), não vou me arriscar a escrever como eu acho que terminarão as posições nesse ano.

Mas vou separar os times em quatro grupos, que certamente não terão o mesmo número de times.

No primeiro grupo estão aqueles que eu acredito que são “Favoritos ao Título”. Nesse ponto, confesso que pensei, pensei, pensei e demorei a encontrar os meu candidatos desse ano, tão nivelado que eu acredito que será esse Brasileirão.

Desse grupo fazem parte três equipes: Internacional, Cruzeiro e São Paulo. Inter pelo elenco, Cruzeiro pelo time e São Paulo pelo técnico são, na minha modesta opinião, as equipes com maior potencial de chegar ao título. O que não quer dizer que até o final do Brasileirão tudo possa mudar, principalmente pela parada para a Copa do Mundo e, no caso do Cruzeiro, pela disputa simultânea da Libertadores.

No segundo grupo estão times que eu acredito que lutarão por uma “Vaga na Liberta”, mas que também podem beliscar o título do Brasileirão.

Grupo um pouco mais populoso esse, com 5 equipes: Fluminense, Palmeiras, Grêmio e os dois Atléticos (Mineiro e Paranaense). Aqui cabe também uma ligeira ressalva para as condições do Tricolor Imortal e do Galo, que estão na disputa da Libertadores nesse ano e que, caso avancem na competição continental, podem ter seus desempenhos alterados.

O terceiro grupo é formado por aqueles times que ficarão no “Meio da Tabela”, que podem ter momentos de alta, como também de baixa, mas que formarão mesmo o grupo dos que chegarão nas últimas rodadas apenas cumprindo tabela.

Esse é um grupo bem populoso, com 6 equipes. São eles: Corinthians, Santos, Flamengo, Coritiba, Sport e Goiás.

No último grupo, conhecido como “Sobreviver é a Meta”, estão os demais seis participantes dessa edição do Brasileirão: Chapecoense, Bahia, Vitória, Criciúma, Figueirense e Botafogo.

Na opinião desse blogueiro, essas são equipes que devem ter como único objetivo ficar na Série A para o ano que vem ou, em outras palavras, que vão disputar para não cair para a Série B.

Teremos aí 37 rodadas e muita emoção para ver se essas apostas estarão, ou não, certas.

Ah, e se você por um acaso não gostou da minha aposta para o seu time, saiba de antemão que esse blogueiro é ruim pra cacete em palpite…

Esse é o cara para conduzir o Cruzeiro nessa noite.

Esse é o cara para conduzir o Cruzeiro nessa noite.

A noite dessa quarta-feira no Futebol em Terras Brasilis tem cor, local e dono.

Será Azul e Branca, no Mineirão e com o Cruzeiro como dono da noite.

Porque só o atual campeão brasileiro e mineiro entrará em campo pela primeira partida das oitavas de final da Taça Libertadores.

E, embalada, a Raposa enfrentará o sempre perigoso Cerro Porteño, do Paraguai, em busca de garantir uma vantagem para o segundo jogo.

O time paraguaio se classificou em primeiro lugar do grupo 3, onde enfrentou o argentino Lanús, o chileno O’Higgens e o colombiano Deportivo Cali e terminou a fase anterior com 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Detalhe que todas as vitórias do time paraguaio vieram quando este jogou em casa, o que nos leva a perceber que fora de casa sua campanha foi um desastre.

Situação que pode favorecer ao time brasileiro, visto que o Cruzeiro ainda não perdeu nessa Libertadores jogando em casa (ok, muitos consideram o empate em 2×2 com o Defensor Sporting uma derrota, mas não foi exatamente). Além disso, os 5×1 aplicados no Universidad do Chile (2a rodada) e os 3×0 no Real Garcilaso dão um bom exemplo do que é enfrentar o Cruzeiro bem no Mineirão.

Tudo nos leva a crer numa boa vitória do time Celeste nessa noite.

Conta a favor do time Cruzeirense o título conquistado sobre o maior rival no último domingo, que certamente fará a torcida lotar as dependências do Mineirão.

Acredito que nem os desfalques de Dagoberto e Ricardo Goulart pesarão contra o time mineiro.

O Cruzeiro tem tudo para dar um belo passo às quartas de final da Libertadores na noite de hoje.

Icasa na Série A?

Pouco li a respeito, mas o que eu li me deixou um tanto quanto emputecido.

Quer dizer que agora, há menos de uma semana do início do Brasileirão, o pessoal do Icasa-CE quer garantir na justiça uma vaguinha na Série A por conta de uma escalação incorreta de um jogador do Figueirense na SEGUNDA rodada da Série B do ano passado?

Coisa boa.

Isso me parece muito mais um “jeitinho brasileiro” de querer levar vantagem em tudo, do que alguém que se sente injustiçado por algum fato.

Espero que essa palhaçada não dê em nada e que o Icasa conquiste, no campo, a sua vaga para a Série A de 2015.

Copa do Brasil:

Nove jogos movimentam ainda a primeira fase da nossa Copa, sendo oito jogos de volta e um de ida.

E com grandes times em campo.

No Rio de Janeiro o Vasco recebe o Resende e precisa de uma vitória simples para passar à próxima fase. O placar do primeiro jogo foi 0x0.

Mesma situação para Santos x Mixto-MT, que se enfrentam na Vila Belmiro e quem vencer estará garantido na próxima fase. O time do Santos tem uma grande oportunidade de mostrar a maturidade de seus Meninos da Vila e esquecer a perda do título quase certo no último domingo.

O Vitória recebe o J. Malucelli e pode empatar por 0x0 para se classificar. Com o 1×1 na primeira partida, quem vencer passa de fase.

O Goiás tem uma parada dura pela frente. Recebe o Botafogo-PB e tem que reverter a vantagem que o time paraibano conquistou ao vencer o primeiro jogo por 2×0.

Bem, para falar a verdade, é hora não só dos Meninos da Vila, mas do Vasco, do Vitória e do Goiás mostrarem que a perda do título no último domingo não afetará na disputa da Copa do Brasil. Afinal, esse é o verdadeiro campeonato que importa para todos esses times.

O Coritiba recebe o campeão sul-mato-grossense CENE e pode empatar por 0x0 ou 1×1 que ficará com a vaga. Quem vencer passa.

O Duque de Caxias recebe a Caldense e tem o mesmo desafio do Goiás: tem reverter um placar adverso de 2×0 para o time mineiro.

Outro que pode empatar em 0x0 ou 1×1 para ficar com a vaga é o Paysandu, que receberá o Maranhão. Quem vencer passa.

Por fim, Cuiabá e Barbalha-CE vão a campo com a igualdade em 0x0 do primeiro jogo para definir mais um classificado.

No único jogo de ida, o Princesa do Solimões recebe o Brasília (envolvido na final da Copa Verde).

Ituano é campeão Paulista!

Ituano é campeão Paulista!

Com onze dos 27 estaduais tendo chegado ao fim até ontem (dois deles já tinham terminado na semana passada), é hora de atualizar o nosso Ranking do Futebol Brasileiro e já lançar a versão 2014 do Ranking (clique em qualquer palavra Ranking do post para ver a versão 2014).

Até porquê oito dos dez principais torneios já conhecem os seus campeões, e até o dia 23/4 conheceremos os dez principais campeões estaduais do país.

E, quando os conhecermos, atualizaremos novamente o Ranking.

Campeonatos estaduais que nesse ano apresentaram duas surpresas, para esse blogueiro aqui morder a sua língua.

Tanto no Paraná, quanto em São Paulo, dois times pequenos conquistaram o torneio, tendo deixado para trás os principais postulantes ao título.

No Paraná foi o Londrina, que pela quarta vez na sua história, todas consideradas em nosso Ranking, deixou para trás o novato Maringá na disputa por pênaltis, em Maringá, para sagrar-se campeão.

Tal como o Ituano fez com o Santos, ao perder na casa do adversário (não adiantou a Federação Paulista mandar os dois jogos para o Pacaembu) por apenas 1×0 e vencer nos pênaltis, após ficar atrás nas cobranças na série de 5. Esse é o segundo título do time de Itu, sendo o primeiro conquistado em 2002 quando os times grandes do estado se dedicaram à disputa do Rio-São Paulo.

Ah e vale acrescentar como detalhe que o Ituano, pela regra do nosso Ranking, foi o time que mais pontuou com a conquista do estadual.

Fla, o maior vencedor do Carioca.

Fla, o maior vencedor do Carioca.

Porém, cético que sou desses campeonatos, não acredito que estamos vendo o surgimento de duas novas potências do Futebol em Terras Brasilis, como os cronistas sempre teimam em propagar nesses casos (onde estão as potências Juventude, São Caetano, Paulista de Jundiaí nesse momento?).

No Rio de Janeiro o Flamengo se redimiu (???) da eliminação da Libertadores e, com um gol muito impedido, deixou o Vasco da Gama como vice de novo. Que sina do Gigante da Colina, hein?

O Rubro-negro conquistou seu 33º título, o 19º válido para nossa contagem e é o maior vencedor do estadual.

Pena que o goleiro Felipe (aquele mesmo que entregou para o Fla quando jogava pelo Corinthians em 2009) deu a infeliz declaração de que “ganhar roubado é mais gostoso”.

Num país tão saturado de gente que se vangloria de ganhar roubado, ao menos no esporte gostaríamos que esse raciocínio não prevalecesse, não é mesmo?

No Rio Grande do Sul o Inter passou o carro no Grêmio e nem tomou conhecimento do melhor time brasileiro na Libertadores. 4×1, dizem, ainda foi pouco.

Colorado passou o carro no Grêmio.

Colorado passou o carro no Grêmio.

O Inter conquistou o tetra e, de quebra abriu mais vantagem sobre o Grêmio na disputa particular dos dois rivais no número de estaduais conquistados (43 a 36, sendo que considerados para o Ranking 28 a 26 para o Colorado).

E, em Minas Gerais, o Cruzeiro diminuiu a distância no número de títulos total para o seu rival Atlético, 36 a 42, depois de empatar em 0x0 o confronto de ontem. Em nosso Ranking, porém, a Raposa é líder na disputa estadual com 28 títulos contra 22 do Alvinegro.

Na Bahia o Tricolor da Boa Terra empatou com o seu arquirrival e conquistou seu 45º título estadual, o 29º válido em nossa contagem. A conquista, porém, ainda não foi suficiente para tirar do Vitória o posto de primeiro colocado da região Nordeste em nosso Ranking.

Em Goiás o Atlético Goianiense conquistou seu 13º título, o oitavo considerado no Ranking, mas ainda se encontra muito atrás do seu principal rival, o Goiás, esse sim o verdadeiro dono do cerrado.

Em Santa Catarina o Figueirense venceu o Joinville na final do campeonato estadual menos chato do país e se firmou como o melhor time do estado no Ranking.

Por fim, no Mato Grosso do Sul, o CENE venceu o Águia Negra em casa e se tornou bicampeão estadual, o 6º título da história do CENE.

Lógico que, por estarmos tratando dos estaduais, pouca coisa sofreu alteração nas primeiras colocações do Ranking. A mudança mais significativa foi a queda do Santos, que não pontuou com o vice-campeonato Paulista, e viu seus rivais Cruzeiro e Internacional pontuarem em seus estaduais, ultrapassando o Alvinegro Praiano e deixando-o na 6ª colocação.

O Inter reassumiu a 4ª posição (que ocupou no Ranking Final de 2012) e o Cruzeiro é agora o 5º colocado (repetindo a posição do Ranking Final de 2011).

Torcida Cruzeirense fez a festa no Mineirão.

Torcida Cruzeirense fez a festa no Mineirão.

Dos onze campeões apenas Ituano e Londrina tiveram um grande ganho de colocações, tendo o time paulista pulado da 57ª colocação para a 31ª posição, e o time paranaense saiu da 53ª para a 39ª colocação. Desde que o Ranking foi consolidado esses times nunca assumiram uma posição tão boa.

O CENE-MS, com a conquista do estadual ganhou dez posições, saindo da 74ª para a 64ª colocação.

Os outros dois campeões estaduais (Cuiabá e Sampaio Corrêa) também pontuaram em nosso Ranking. O Cuiabá agora ocupa a 71ª posição (era 82º no ano passado) e o Sampaio Corrêa se manteve na 44ª colocação.

O que, vale lembrar, ainda serem posições que podem sofrer muitas alterações até o final do ano.

E, para finalizar, vamos aqui parabenizar todos os campeões estaduais de 2014, às suas torcidas, elencos, comissões técnicas e dirigentes.

 

Um dos assuntos que mais chamou a atenção na mídia esportiva brasileira dessa semana foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça no embate jurídico entre Sport Club do Recife e Clube de Regatas do Flamengo sobre quem é, ou não, o campeão brasileiro de 1987.

Na decisão, o STJ confirmou decisões judiciais anteriores e manteve o clube pernambucano como o Campeão Brasileiro de 1987. Para quem não sabe o STJ é a última instância jurídica no país. Acima dele temos apenas o Superior Tribunal Federal que, por definição, é a última instância para julgar matérias constitucionais, o que não é o caso em voga.

Então, concluímos que legalmente o campeão brasileiro de 1987 é o Sport Club Recife, certo?

Sim, legalmente sim.

E, se legalmente o Sport é o campeão brasileiro, por quê o Blog FTB considera o Flamengo como campeão daquele ano na composição de pontos do Ranking?

Porque aí, caros amigos leitores, temos que recorrer à história desse campeonato para entender como ele foi criado, disputado e finalizado. E, se você tiver um pouquinho de tempo e paciência, convido-o a ler esse breve resumo que o blogueiro aqui preparou para você.

Vamos lá?

Por que surgiu a Copa União?

Bem, para responder essa pergunta temos que voltar um pouco mais no tempo, mais precisamente no ano de 1986, quando o Campeonato Brasileiro daquele ano foi a maior síntese do que era a bagunça na organização e gestão do nosso campeonato. Entre todas as confusões, foram determinantes para esse caso um julgamento de dopping no jogo entre Joinville e Sergipe, que terminou empatado, mas que o time catarinense conseguiu os pontos no tribunal.

A partir daí, para a formação da primeira divisão do ano seguinte, que seria composta por 28 clubes divididos em dois módulos (verde e amarelo) começou a sofrer uma série de brigas judiciais porque o Botafogo-RJ não estaria classificado entre essas 28 equipes, e teria que jogar a segunda divisão em 1987 e o Vasco da Gama não se classificaria para a fase final de 1986 caso esses pontos fossem mantidos para o Joinville.

E, quando falamos de Vasco da Gama, principalmente naquela época, falamos de Eurico Miranda.

Além disso, é bom frisar o contexto histórico que nosso país vivia naquela época. Estávamos entrando no processo de redemocratização, com uma economia extremamente frágil, inflação nas alturas e uma assembléia constituinte que tomava grande parte das atenções nacionais.

No meio disso tudo a sempre bem administrada CBF anuncia, dois meses antes do início do Brasileirão de 1987, que não teria condições financeiras para realizar o campeonato daquele ano. A CBF estava quebrada!

Foi aí que Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, e Márcio Braga, presidente do Flamengo, se uniram aos demais 11 principais clubes do país (Palmeiras, Santos, Corinthians, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco da Gama, Botafogo, Fluminense e Bahia) para organizar o Campeonato Brasileiro de 1987 e, consequentemente, fundaram o Clube dos 13.

Para que o campeonato acontecesse, o C13 convidou mais três clubes (Santa Cruz, Goiás e Coritiba) e correu atrás de patrocínios para a realização do certame. Com o apoio da Varig, da Rede Globo e da rede de hotéis Othon, a Copa União sairia do papel e seria realizada.

Pronto, estava dada a chance que a CBF queria para se apropriar daquilo que ela não teve competência para fazer.

Álbum de figurinhas da Copa União. Até nisso o C13 foi mais competente do que a CBF.

Álbum de figurinhas da Copa União. Até nisso o C13 foi mais competente do que a CBF.

E como foi a disputa?

Entre o anúncio da formação da Copa União e o início de sua disputa tivemos dias de muitas disputas judiciais, bate-bocas e uma centena de outras cenas impressionantes que só uma gestão eficiente, lucrativa e organizada pode fazer por você (ou pelo futebol). Fato é que, após o anúncio do Clube dos 13, a CBF quis voltar atrás na sua decisão de organizar o brasileirão, pois via que era sim possível fazê-lo, mas os presidentes dos clubes não aceitaram essa mudança de postura.

Enquanto o C13 organizava seu campeonato, a CBF tentava correr atrás juridicamente para tomá-lo para si. Fez que fez que conseguiu organizar aquilo que seria chamado de Módulo Amarelo, de forma idêntica ao formato de disputa da Copa União, contando porém com a desistência de participação do América-RJ.

A Copa União, ou o denominado Módulo Verde pela CBF, foi disputada em quatro fases, sendo as duas iniciais com os 16 times divididos em duas chaves e jogando contra os times da outra chave na primeira fase e contra os times da própria chave na segunda fase.

O vencedor de cada fase em cada grupo estaria classificado para as semifinais (terceira fase), que foram Atlético Mineiro (campeão do grupo A na primeira fase), Internacional (campeão do grupo B na primeira fase), Flamengo (2o colocado no grupo A na segunda fase – o Atlético Mineiro havia conquistado a primeira colocação novamente desse grupo) e Cruzeiro (campeão do grupo B na segunda fase).

Nas semifinais o Rubro-negro eliminou o Galo, enquanto que o Colorado tirava da disputa do Cruzeiro.

Acontece que, logo após o início da disputa da Copa União, a CBF divulgou o regulamento do Campeonato Brasileiro de 1987.

Isso mesmo que você leu, a CBF divulgou o regulamento APÓS o início da Copa União (após a segunda rodada). A essa altura, o tal Módulo Amarelo ainda nem havia sido iniciado, esperando obviamente que a CBF anunciasse seu regulamento.

No regulamento inicial, à pedido do Clube dos 13, haveria o cruzamento entre os dois primeiros colocados de cada Módulo (Verde e Amarelo) apenas para a definição dos representantes brasileiros na Libertadores 1988, e não para a definição de seu campeão. Porém, a CBF cagou para o que queriam os 13 maiores clubes do país e, em seu malfadado regulamento, colocou o cruzamento entre os dois primeiros colocados de cada Módulo como definição do título de campeão brasileiro.

E esse cruzamento só ocorreria em janeiro de 1988.

As finais:

Enquanto Flamengo e Internacional duelavam na final da Copa União, Sport e Guarani duelavam na final do Módulo Amarelo.

No primeiro jogo da decisão da Copa União, Internacional e Flamengo ficaram no empate em 1×1, no Beira-Rio. No outro Módulo, o Guarani vencia o Sport por 2×0 no Brinco de Ouro da Princesa.

Chegou, então, o dia 13 de dezembro de 1987.

Maracanã lotado, Ilha do Retiro idem.

Na cidade maravilhosa, o Flamengo vence por 1×0 e se torna o Campeão da Copa União, ou o Campeão Brasileiro como quase toda a imprensa esportiva assim o definiu (com exceção do SBT, que estava aliado à CBF e transmitia o Módulo Amarelo).

Enquanto que na capital pernambucana o Sport fazia 3×0 no Guarani e levava a disputa para a prorrogação e pênaltis (não tinha essa de saldo de gols). O 0x0 na prorrogação levou a final para a disputa por pênaltis.

E, aí meus amigos, mais um absurdo aconteceu.

Quando a disputa estava 11 a 11 os dois presidentes dos dois clubes resolveram, por si próprios, retirarem seus times de campo.

“Chega de bater pênaltis! Já que nós dois estamos classificados para o quadrangular final mesmo, pra que vamos perder tempo em cobranças de penalidades?” devem ter pensado os cartolas.

Talvez essa tenha sido a primeira, se não única, vez que uma disputa por pênaltis terminava empatada.

Aí, para terminar de cagar, a CBF declara o Sport como campeão daquele Módulo, inclusive com a concordância do Guarani, pois o time pernambucano tinha a melhor campanha entre os dois finalistas.

Ora, se a melhor campanha era fator de desempate, por quê não fora utilizada logo que terminou os noventa minutos e o Sport já havia vencido o Guarani por 3×0 (devolvendo com sobras o placar do primeiro jogo)?

Poster do Flamengo Campeão Brasileiro de 1987!

Poster do Flamengo Campeão Brasileiro de 1987! Era assim que a imprensa tratava o Rubro-Negro.

O quadrangular:

Em janeiro de 1988 a CBF divulga a tabela do quadrangular final, não reconhecendo o Flamengo como campeão brasileiro, e informando a todos que aqueles seis jogos seriam sim para decidir o título de 1987.

Desnecessário dizer que nem Flamengo, nem Inter e nem nenhum outro clube do C13 que estivesse nessa disputa entrariam em campo naquele janeiro, né?

Mas, vale dizer o seguinte: esse quadrangular foi tão bem aceito por todos que, incrivelmente, até a Federação Carioca marcou jogos do Flamengo no estadual daquele ano nas mesmas datas do tal quadrangular.

Uma das principais federações que formam a Confederação Brasileira de Futebol agiu em direção contrária ao que queria a entidade máxima no país.

Guarani e Sport venceram seus jogos contra Flamengo e Inter por WO e, nos jogos entre si, empataram no Brinco de Ouro por 1×1 e o Sport venceu na Ilha por 1×0.

Sport e Guarani foram os representantes brasileiros na Libertadores de .1988.

Posição do Blog:

Analisando todos os fatos históricos, e tenha certeza caro leitor, eu tentei me informar bastante sobre esse assunto, o Blog não pode deixar de condenar toda a atuação da CBF nesse caso, bem como das federações estaduais e dos tribunais esportivos, e vejo a CBF muito mais como uma entidade política do que de gestão do nosso futebol.

Dessa forma, entendo que toda a condução do caso foi meramente política, o que me faz ter certo nojo disso tudo o que ocorreu.

Nojo principalmente da passada de perna que a CBF deu nos clubes que tentavam se organizar de outra maneira, determinando o cumprimento de um regulamento que estes não estavam de acordo e que fora confeccionado após o início das disputas.

Por conta disso, continuaremos considerando a classificação final da Copa União para a composição do nosso Ranking, mantendo o Flamengo como o campeão nacional (se você não quiser utilizar-se do termo Brasileiro) daquele ano e o Internacional como vice-campeão.

Da mesma forma que o Blog não considera o Santos Futebol Clube oito vezes campeão brasileiro, o que não diminui a importância que damos aos seis títulos conquistados da Taça Brasil na década de 60.

Vale lembrar que a CBF fez esse reconhecimento dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa quando estava em negociação dos direitos de transmissão de seus campeonatos, tentando agradar aos presidentes de Bahia, Santos, Palmeiras, Botafogo e Cruzeiro para não perder votos importantes ao seu favor.

O que é igualmente condenável.

A única certeza que fica disso tudo é que, enquanto houver futebol na face da terra, o resultado do campeonato brasileiro de 1987 será debatido, discutido e esse ano nunca, nunca terá fim.

Julio Baptista, autor de um dos gols do classificado Cruzeiro.

Julio Baptista, autor de um dos gols do classificado Cruzeiro.

A antiga brincadeira de rua, que consistia em ter três jogadores na linha e um no gol, e só valia gol de primeira, vem bem a calhar para o título do post de hoje.

Afinal, dos seis clubes brasileiros que iniciaram a disputa da fase de grupos, três foram eliminados nessa semana e três continuarão no sonho que conquistar a América.

Das três eliminações podemos dizer que duas eram até bem previsíveis.

Tanto o Atlético Paranaense, nas alturas de La Paz, quanto o Botafogo, no caldeirão de Buenos Aires, corriam sim grandes riscos de não se classificarem para a próxima fase.

Agora, o Flamengo ter perdido a oportunidade com um Maracanã recebendo um bom público, essa eu confesso que não esperava.

Não que o time do Rubro-negro seja algo digno de nota em excelência futebolística, não é isso. Mas acontece que os mexicanos do Léon também não eram nenhuma maravilha…

Acontece que o Fla entrou muito nervoso em campo (na minha opinião, que comecei a assistir ao jogo quando já estava 2×2) e deixou o time mexicano ser bem melhor do que ele durante todo o segundo tempo.

Uma pena.

Como também foi uma pena a eliminação do Bota, essa já mais esperada como eu disse acima, mas que acabou até se tornando tragi-cômica ao ponto do narrador da Sportv ficar exaltando a disputa entre San Lorenzo e Independiente del Valle, quem faria mais gol para poder se classificar.

Uma pena, de novo.

Dos três eliminados ao menos o Flamengo fez o seu “dever de casa” e está na final do estadual, podendo assim salvar seu primeiro quadrimestre.

Já o Cruzeiro conseguiu fazer a sua parte e enfiou 3 no remendado time do Real Garcilaso, garantindo-se na segunda classificação e esperando agora a definição dos grupos que faltam para saber como vai ser o cruzamento até a final.

Hoje entram em campo Grêmio e Atlético Mineiro, já classificados, apenas para tentarem se manter nas primeiras colocações de seus grupos e lutando para galgarem posições melhores entre os primeiros colocados.

Copa do Nordeste:

Jogadores do Sport fazem a festão num Castelão esvasiado.

Jogadores do Sport fazem a festão num Castelão esvasiado.

Na semana em que comemorou a decisão jurídica do título de campeão brasileiro (amanhã tentarei postar sobre isso), a torcida do Leão da Ilha comemora também o tri-campeonato na Copa do Nordeste, o Nordestão 2014, ou a Lampions League se você preferir.

Após ter vencido o primeiro confronto por 2×0 na Ilha, o Sport conseguiu segurar o ímpeto do Vozão num Castelão lotado e, mesmo tendo terminado o primeiro tempo perdendo por 1×0 (gol do eterno Magno Alves), conseguiu o empate no segundo tempo e levantou a taça pela terceira vez na sua história!

Uma bela conquista de um belo torneio que, espero eu, ganhe cada vez mais importância no cenário nacional.

Parabéns Rubro-Negros!

Copa do Brasil:

Para não dizer que não falei nada sobre o mais charmoso campeonato nacional, vamos colocar aqui os times que garantiram sua classificação para a próxima fase da competição, além dos resultados dos jogos de ida da noite de ontem.

Classificados estão: São Paulo, Nacional-AM, Potiguar de Mossoró-RN, Santa Rita-AL, CRB-AL, Figueirense, Bragantino, Treze-PB, Atlético Goianiense, Barueri, Sampaio Corrêa e Náutico (nos pênaltis).

Detalhe para as eliminações de Portuguesa e Guarani, frente a Potiguar de Mossoró e Santa Rita. Absurdas!

Os outros dois jogos terminaram sem a definição do classificado: Lagarto-SE 0x1 Santa Cruz e Novo Hamburgo 1×0 Joinville.

O Maracanã estará completamente Rubro-Negro hoje à noite!

O Maracanã estará completamente Rubro-Negro hoje à noite!

Vamos escrevendo sobre os nossos times nos principais campeonatos do país e do continente, né?

Porque inocente é aquele que, só porque eu escrevo apenas sobre o Futebol em Terras Brasilis, ache que eu não assista aos jogos da Champions League, por exemplo.

E enquanto Atlético de Madrid e Barcelona vão decidindo uma vaga na semifinal do torneio Europeu, nós aqui vamos analisando as chances dos times brasileiros na Libertadores da América, a nossa boa e velha Liberta.

Liberta que ontem viu a eliminação de um brasileiro.

Como vimos, e como escrevemos aqui ontem, a altitude foi fator decisivo para o Atlético Paraense perder o jogo de ontem, mas não para ele ser eliminado da competição.

Até porque o Furacão não fez a lição de casa mínima, não tendo garantido os 7 pontos que seriam possíveis dentro de casa, que poderiam dar a ele a classificação.

Fica para a próxima.

Na noite de hoje mais três brasileiros entram em campo, todos com uma situação de certo modo desconfortável na competição, o que garantirá o sofrimento de muitos brasileiros espalhados por aí.

A iniciar pelos Flamenguistas, que certamente encherão o Maracanã para empurrar o Rubro-Negro pra cima do Léon, numa disputa direta pela vaga nas oitavas de final. Nem o empate não serve ao Fla.

Acredito que o Flamengo consiga sim sua vitória e, consequentemente, sua classificação, mas não sem um pouco de sofrimento para a sua enorme torcida.

Como também acho que o Cruzeiro conseguirá sua classificação, um pouco mais tarde (às 22 horas), jogando contra um time já eliminado e completamente remendado do Real Garcilaso e tendo, para isso, que vencer por dois gols de diferença para não depender do resultado do outro jogo da chave.

Se o Cruzeiro jogar metade daquilo que jogou na campanha do título do Brasileirão do ano passado, passa tranquilamente para a próxima fase.

Se ficar nervoso ou se achar que a vaga já está garantida isso dificilmente irá acontecer. A Raposa tem uma campanha muito irregular nessa fase de grupos da Libertadores e precisa tomar muito cuidado para não tropeçar nesse jogo.

Já não podemos dizer a mesma coisa do Botafogo, que teve a classificação em suas mãos na rodada passada quando fez o desfavor de perder para o Unión Española em pleno Maracanã.

O Fogão agora vai à Argentina enfrentar o San Lorenzo, que não é nem a quinta força do futebol platino mas que, por ainda ter chances de classificação, pode complicar demais a vida dos Alvinegros.

Particularmente eu acho que teremos, nesse jogo, a eliminação de mais um brasileiro na competição, embora eu vá torcer para exatamente o contrário.

Serão três belos jogos, com todas as características da Libertadores, onde os brasileiros que conseguirem se manter mais frios e calculistas poderão ter um desfecho mais favorável ao final da rodada.

Copa do Nordeste:

ceará-x-sportA grande final chegou!

Com um Castelão praticamente lotado, Ceará e Sport duelarão logo mais a noite (22 horas) para decidir quem ficará com o título da Lampions League e, consequentemente, com uma vaga na Copa Sul-Americana desse ano.

Sem sombra de dúvidas o Nordestão 2014 foi o principal torneio disputado no país nesse período inicial da nossa temporada (em que muitos insistem em chamar erroneamente de primeiro semestre).

Pena que os times que a disputam estão também envolvidos na disputa dos seus estaduais, o que faz com que o blog não possa considerar essa competição para a composição do Ranking.

Mas, falando da final de hoje, o Sport entra em campo com uma boa vantagem, conseguida nos 2×0 impostos no primeiro jogo, na Ilha do Retiro.

Nesse tipo de disputa abrir dois gols de vantagem pode ser determinante para conquista do título.

O que não assusta muito os Alvinegros, visto que o Vovô aplicou duas belas goleadas jogando em sua casa nas fases anteriores, uma por três e outra por quatro gols de diferença, o que daria tranquilamente o título para os Cearenses.

Emoção certa também na região Nordeste do país.

Palpite: acho que os Alvinegros lotarão e farão a festa no Castelão.

Copa Verde:

Ontem foi o primeiro jogo da final da Copa Verde, disputado entre Paysandu e Brasília, e vencido pelos Azulinos pelo placar de 2×1.

Agora os paraenses jogam por um empate no próximo jogo, dia 21 de abril (segunda-feira) para conquistar o título da primeira edição da competição que reuniu times das regiões Norte, Centro-oeste (exceto Goiás) e Espírito Santo.

Ao campeão também será dado uma vaga na Copa Sul-Americana, só que a de 2015. O por quê disso, caro leitor, eu não sei te dizer.

Vale frisar que, após o Blog FTB se revoltar com o absurdo do acúmulo de datas do Candangão 2014 (leia aqui), o TJD do Distrito Federal se movimentou (hehehe) e conseguiu alterar algumas datas do estadual, fazendo com que o Brasília, envolvido nas finais da Copa Verde e nas quartas de final do estadual, não tivesse que “se matar” apenas porque foi competente nas duas competições.

Copa do Brasil:

14 jogos movimentam a competição nacional na noite dessa quarta-feira.

Dos grandes que estão nessa fase da disputa, apenas o São Paulo entra em campo para tentar o avanço à próxima fase.

E a vida Tricolor está bem tranqüila para essa noite: basta empatar com o CSA-AL, em pleno Morumbi, que avançará para a segunda fase. O Tricolor vence, e bem, essa partida.

Ademais, teremos jogos com times de menor expressão nacional, mas não de menor importância, sendo dois jogos os primeiros confrontos da chave e onze jogos já decisivos. Nos jogos de ida, teremos: Lagarto-SE x Santa Cruz-PE; Novo Hamburgo-RS x Joinville-SC.

Já nos jogos de volta teremos (em parenteses o placar do jogo de ida): Nacional-AM x São Luiz (2×2); Portuguesa x Potiguar do Mossoró (0x1); Guarani x Santa Rita (0x0); CRB x Rondonópolis (2×2); Figueirense x Plácido de Castro (0x0); Bragantino x Lajeadense (0x0); Treze x Tombense (1×1); Atlético-GO x Flamengo-PI (1×0); Barueri x Goianésia (2×2); Sampaio Corrêa x Interporto (2×2); Náutico x Sergipe (0x1).

O meia Paulinho comemora o gol do Atlético na vitória sobre o Strongest, em jogo válido pela 1a rodada dessa fase. O Furacão vai virar um ventinho?

O meia Paulinho comemora o gol do Atlético na vitória sobre o Strongest, em jogo válido pela 1a rodada dessa fase. O Furacão vai virar um ventinho?

O Atlético Paranaense é o primeiro time brasileiro a jogar a sexta, e última, rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América de 2014.

O primeiro a começar a definir a sua permanência na competição.

Depois de ter entrado em campo como o melhor brasileiro na competição no jogo da quinta rodada, contra o Vélez Sarsfield, e de ter perdido exatamente esse jogo, onde poderia se classificar antecipadamente à próxima fase, o Furacão vai a campo hoje para não se tornar, nessa edição da competição, um mero ventinho.

E o jogo vai ser um belo desafio.

Porque além de enfrentar um adversário dentro de campo, os jogadores do Furacão irão enfrentar também um belo adversário fora dele: a altitude de La Paz, na Bolívia.

O The Strongest, adversário dessa noite, não perdeu nenhum ponto jogando em sua casa. Não que esse time boliviano seja uma exceção à regra e jogue um belo futebol, não.

Mas é que a altitude de 3660 metros acima do nível do mar é realmente determinante para aqueles que vão lá jogar.

O Furacão que vem se preparando para esse confronto desde a eliminação na semifinal do Campeonato Paranaense (leia aqui) e inclusive antecipou sua ida para se ambientar à temida altitude, e contará com o retorno do Imperador Adriano, que está a disposição do técnico Portugal para o jogo dessa noite.

Pesa também o fato do Strongest ser adversário direto do Furacão pela conquista da vaga, visto que o time boliviano está dois pontos atrás dos brasileiros e uma vitória garantirá o time Auri-negro nas oitavas de final da competição.

O jogo, que terá início às 19hs45min (horário de Brasília) contará com esse blogueiro que vos escreve na torcida pela equipe brasileira, principalmente porque meu futuro genro é torcedor fanático do Furacão (apesar de ele pouco saber o que significam as palavras genro, fanático e Furacão).

Que o Atlético consiga ao menos esse empate para ser mais um representante do Futebol em Terras Brasilis nas oitavas de final da Liberta.