Na noite de hoje começará a disputa da fase de oitavas de final da Sul-Americana e teremos quatro equipes do Futebol em Terras Brasilis na disputa por uma vaga nas quartas-de-final.
Pelo regulamento da Sul-Americana todas as equipes brasileiras estão do mesmo lado da chave, o que significa dizer que não teremos dois representantes brasileiros na final do torneio.
Mas que também pode crescer a possibilidade de termos ao menos um clube, o que já seria um passo importante após termos visto o fiasco que nosso futebol foi na Libertadores e, principalmente, na Copa do Mundo desse ano.
Como as disputas iniciam hoje, e amanhã teremos o início da disputa das quartas de final da Copa do Brasil, vou tomar a liberdade de escrever sobre os quatro confrontos envolvendo times brasileiros nesse post, de maneira bem resumida.
Vamos lá então.
Jogo e adversário certo:
Quem inicia a participação brasileira nessa fase da Sul-Americana é o São Paulo, que entra em campo hoje contra o Huachipato do Chile pelo primeiro jogo do confronto.
E o jogo será no Morumbi.
Esse é aquele típico jogo perfeito para o time que, depois de ter parecido ser uma opção para o título do Brasileirão, passou a ser questionado se aguentará o tranco até o final do ano.
Hora de provar que aguenta.
Primeiro porque o adversário, o tal Huachipato, não é de longe o principal concorrente com o São Paulo pelo título da Sul-Americana.
Caso o leitor não se lembre, esse time, que se equivaleria a uma Portuguesa lá no Chile, ficou “famoso” por aqui ao jogar a Libertadores do ano passado no grupo que tinha Grêmio e Fluminense, tendo conseguido vencer o Tricolor Gaúcho na Arena e empatado com o Flu no Maracanã.
Porém, mesmo com esses dois bons resultados, os chilenos não passaram da primeira fase. Nessa edição da Sul-Americana o time se classificou como o vice-campeão da Copa Chile.
Já o Tricolor, que vai mandar a campo um time misto (sem Kaká e PH Ganso), tem nesse jogo a oportunidade de se reencontrar com a vitória para ter, na continuação do Brasileirão, mais tranqüilidade na busca pela vaga da Libertadores.
Contra um desconhecido:
Amanhã quem começa a disputa é o Bahia, que receberá às 19hs30min o totalmente desconhecido time do Universidad César Vallejo, do Perú.
Confesso que procurei alguma informação sobre esse time e tudo o que eu consegui é saber que ele já foi campeão da segunda divisão peruana (???) e foi campeão da Copa do Perú de 2003.
Grandes merda.
Camisa por camisa o Bahia é muito, mas muito mais tradicional do que esse tal de César.
Mas futebol não é só camisa e o Tricolor da Boa Terra deverá provar que está mesmo saindo da má fase e enfrentar o time peruano como enfrentou o Flamengo na última rodada do Brasileirão.
Até porque o jogo será na Fonte Nova e a volta vai ser no quase tão desconhecido Estádio Mansiche, em Trujillo.
Para repetir o feito:
O Goiás vai à campo na noite dessa quarta-feira, às 22 horas, contra o sempre complicado time do Emelec-EQU, para tentar repetir (ao menos) o feito conseguido em 2010, quando o Esmeraldino chegou à final da Copa Sul-Americana.
Aquela participação, inclusive, deve trazer ótimas lembranças para o torcedor do Verdão do Cerrado. O time, que contava na época com Rafael Moura, Rafael Tolói, Harlei e Octacílio Neto, perdeu o título para o Independiente da Argentina nos pênaltis, após vencer a primeira partida em casa por 2×0 e perder a segunda por 3×1.
O jogo vai ser duríssimo para o Goiás, afinal o Emelec é, e sempre será, um adversário complicado para se enfrentar na casa dele e o Goiás do técnico Ricardo Drubscky vem de um resultado ruim contra o Santos no Brasileirão.
Dificuldades à parte, voltar de Quito com um empate pode ser considerado como excelente resultado para o Verdão, uma vez que eu acredito que o Goiás jogando em um Serra Dourada com bom público se torna tão complicado quanto o Emelec é lá em seus domínios.
Parada mais complicada:
Dos quatro brasileiros que estão nas oitavas de final da Sul-Americana, coube ao Vitória a parada mais indigesta dessa fase.
O Rubro-Negro vai pegar o Atlético Nacional da Colômbia, dos quatro adversários brasileiros esse é, sem dúvida, o mais forte.
E, dos quatro brasileiros em campo o Vitória é, também sem muitas dúvidas, o que está passando por pior fase.
Um pouco provável bom resultado lá em Medelín pode trazer algum alívio para o torcedor baiano, mas é difícil, até para os mais otimistas, prever esse bom resultado.
Dessa forma tudo o que o técnico Ney Franco pode tentar é trazer um empate, ou uma derrota por poucos gols de diferença, para tentar a pouco provável classificação no Barradão.