Estou devendo, desde a semana passada, um post sobre a Copa do Brasil, que vou escrever com o maior prazer hoje e aproveitar para já postar sobre o assunto do dia: a queda de Ricardo Teixeira.
Teixeira era presidente da CBF desde que eu me conheço por gente que gosta de futebol (e além de gostar, entende). Ou seja, nunca vi a CBF ser presidida por outra pessoa.
Pousa sobre as costas dele uma série de denúncias, que não sou nem louco de afirmar ou negá-las aqui, uma série de críticas e muita campanha negativa. Bem ou mal, esse homem conquistou duas Copas do Mundo, 5 Copas Américas, criou a Copa do Brasil, deu um formato definitivo ao Brasileirão e trouxe uma Copa do Mundo para nosso país.
Não, isso não é uma defesa dele. Ele também ficou mais tempo no poder do que deveria e, como já escrevi, tem uma série de denúncias contra ele. Onde há fumaça pode haver fogo.
O bom é que agora há uma esperança na renovação, esperança por idéias novas e por alguém que possa mover o futebol brasileiro pra frente. Apesar de tudo o que conquistamos nesses últimos 23 anos, ainda temos muito a evoluir, tanto dentro quanto fora do campo (principalmente fora). Espero que a nova presidência da CBF possa perceber isso…
Que o novo tome conta do nosso futebol!!!
A Copa do Brasil:
Na semana passada teve início a 24a. edição* do torneio eliminatório mais brasileiro e mais democrático do nosso futebol. Eu, particularmente, adoro acompanhar os jogos da Copa do Brasil.
É o único torneio que permite que um Independente do Pará possa vir jogar no Morumbi, ou que o River Plate, do Sergipe, faça dois jogos contra o poderoso Grêmio.
Os maiores campeões estarão em campo nesse ano, na tentiva de conquistar seu quinto título. Grêmio e Cruzeiro têm 4 conquistas cada um, seguindos por Corinthians (3) e Flamengo (2). Além deles, Fluminense, Internacional, Palmeiras, Santos, Vasco da Gama, Sport, Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista já ganharam uma vez a Copa. Será disputada por 64 clubes de todos os estados brasileiros (alguns já estão eliminados por terem perdido o primeiro jogo por dois gols de diferença em casa) e por isso que eu a chamo de mais democrático torneio disputado em solo brasileiro.
Esse ano será o último ano em que não poderemos ter um time conquistando duas ou mais vezes seguidas o título da Copa. Isso porquê a CBF corrigiu um erro histórico que desde 2001 mantinha os times que disputavam a Libertadores fora da disputa da Copa do Brasil, alegando problemas de calendário. À partir de 2013 a Copa será disputada por 86 clubes, com duração de dez meses e deixando os times que disputam a Libertadores fora das primeiras fases (que coincidirão com com as datas do torneio continental).
Para esse ano o favoritismo recai sobre os grandes que estão fora da disputa da Libertadores, como sempre, mas com destaque a três equipes: Cruzeiro, Palmeiras e Atlético-MG. Sim, esses são, na minha opinião, os três clubes que têm jogado o melhor futebol dentre os que disputarão a Copa do Brasil.
Apesar de ser bem interessante, aos olhos de quem admira o futebol no país inteiro, as duas primeiras fases do torneio funcionam mais como um aquecimento. Um aquecimento para os grandes e uma oportunidade de ouro para os nanicos aparecerem. Ou alguém aí sabia que o Independente tinha sido campeão do Pará (se você acompanha meu blog sabia). O mesmo time que vendeu caro a derrota por apenas 1 a 0 para o São Paulo e que, nessa semana, virá à São Paulo, conhecer o Morumbi e tomar uma sonora goleada.
Os confrontos começam a ficar interessantes à partir das oitavas e se tornam quentes nas três últimas fases. Torneio mata-mata, com emoção nos dois jogos, quase sempre casa cheia e muita chance para que os pequenos se tornem médios e para os médios se tornarem grandes (mesmo que por apenas um ano).
Na análise das chaves de disputa de um lado avistamos na mesma chave Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio, sendo que paulistas e mineiros se enfrentariam nas quartas de final e o vencedor pegaria o Grêmio na semifinal. Na outra chave podemos ter São Paulo e Atlético-MG nas quartas, com o vencedor pegando o Botafogo na semi. Isso tudo hipotéticamente, se todos os times se classificarem.
É bom lembrar que das 23 edições apenas em 11 tivemos a disputa da final por dois “grandes” do futebol brasileiro.
Seja o que for, sorte aos participantes. Acompanharei de perto a disputa de mais essa Copa do Brasil!!!
*Nota do blogueiro: em nosso Ranking é considerada a disputa da Taça Brasil, de 1959 a 1968, como Copa do Brasil, pela semelhança de disputa. Esse post refere-se apenas ao torneio chamado Copa do Brasil.
Futebol em Terras Brasilis 