Não que todos os cariocas ficaram tristes na noite de ontem, não é isso.
Mas a noite pro futebol da cidade maravilhosa, realmente, não foi das mais felizes.
Começou com o jogo no Engenhão, lotado de tricolores e com um ótimo número de argentinos, que a noite parecia sombria para os times da ex-capital federal. O Fluminense dominou o jogo, apesar de pouco criar, e abriu o placar aos 18 minutos, numa cobrança de falta de Carleto.
O jogo se manteve disputado, equilibrado e com poucas chances de gol no primeiro tempo.
No segundo tempo o panorama não se modificou, com maior domínio do Tricolor carioca, mas com poucas chances reais de gol.
Quando todos no estádio estavam se conformando em ver a decisão da vaga ir para a disputa por pênaltis, eis que o Boca Juniors mostrou porquê é um dos três favoritos ao título. Num vacilo da zaga Tricolor, aos 46 minutos do segundo tempo, o time Xeneize empatou o jogo com Santiago.
O silêncio do Engenhão só não foi maior porque, ao fundo, dava para ouvir aquele interminável canto: “E da-lhe, da-lhe Boca, e da-lhe, da-lhe Boca, e da-lhe, da-lhe Boca, e da-lhe, da-lhe Boooo”.
À torcida Tricolor restava secar seu rival, que jogaria logo após, às 22 horas.
Mas a noite negra pro futebol carioca ainda não havia acabado. Ou melhor, agora ela passaria a ser Alvinegra.
No Pacaembu, igualmente lotado, Corinthians e Vasco da Gama entravam em campo para decidir qual seria o primeiro brasileiro nas semi-finais da competição.
Outro jogo extremamente disputado, com predominância da marcação sobre a criação, o momento que mais empolgou a torcida Alvinegra foi uma cabeçada de Paulinho, num cruzamento de Danilo, naquela que parecia ser uma premonição do que viria mais à frente, no segundo tempo.
Nessa cabeçada deu Fernando Prass, numa linda defesa!
Veio o segundo tempo e, com ele, pouca coisa mudou.
O jogo caminhava brigado no meio de campo, com pouca criatividade e muita luta até que, aos 17 minutos, com o Timão pressionando e encurralando o Gigante no seu campo de defesa, Alessandro perdeu uma disputa na intermediária Vascaína e, sendo o último homem da defesa Corinthiana, teve que correr atrás de Diego Souza, que sozinho caminhava para fazer o gol Vascaíno.
Era aquela situação: se o Diego Souza fizesse aquele gol e o Corinthians fosse eliminado, o Alessandro nunca mais pisaria no Parque São Jorge.
Era claro que o Diego faria aquele gol. Só ele e o goleiro, com o defensor Corinthiano lá atrás… mas o que era claro ficou escuro e o camisa 10 do Vasco não fez o gol. Sorte do Alessandro.
Na seqüência Nilton mandou no travessão a bola vinda do escanteio.
Pronto era o que bastava para incendiar a partida.
Mas o Vasco se resumiu a isso e, dali pro final do jogo, só deu Corinthians! Sem muita efetividade, mandando uma bola na trave (em outra defesassa de Fernando Prass) e mais nada.
E, quando todos pensavam que a disputa iria para a decisão por pênaltis, eis que em um escanteio Paulinho, mais uma vez ele, jogou para o fundo da rede Vascaína. Explode o Pacaembu!
O Corinthians repetia seu melhor desempenho histórico e alcançava, pela segunda vez, a semi-final da Libertadores.
Sofrido, como tinha que ser. Sofrido como aquele bando de loucos (incluindo eu) diz gostar!
Aos Vascaínos e Tricolores resta se contentar com os 600 pontos ganhos no nosso Ranking.
Copa do Brasil:
O Palmeiras não deu chance ao azar e venceu o Atlético-PR na Arena Barueri, por 2×0, e se garantiu nas semi-finais da competição nacional.
Com ele se juntam São Paulo e Coritiba. O Tricolor com um empate em 2×2 e o Coxa com uma goleada por 4×1 sobre Goiás e Vitória, respectivamente, também passaram de fase e vão se enfrentar em uma das semi-finais.
O adversário do Palmeiras será conhecido hoje, quando o Grêmio recebe o Bahia, num duelo de tricolores, com ampla vantagem ao Tricolor Gaúcho, que venceu o primeiro duelo, em Salvador, por 2×1.
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Futebol em Terras Brasilis 