O importante é o que importa

Santos, Palmeiras e Corinthians estão, respectivamente, na 17a., 18a. e 20a. colocações do Campeonato Brasileiro.

Se o certame terminasse hoje, pela primeira vez na história os três grandes cairiam juntos para a Série B.

Além de estarem na ZR, os três também não conseguiram uma única vitória sequer. Santos com três empates e duas derrotas, Palmeiras com dois empates e três derrotas e Corinthians com um empate e quatro derrotas não sabem o que é vencer.

E o quê isso quer dizer? Apenas uma coisa:

O Campeonato Brasileiro começa na pior época possível!

Insisto em bater nessa tecla pois é evidente que esse início de campeonato, como todos os outros desde que se adotou esse formato, jogando de abril à dezembro, não atrai interesse algum em boa parte das equipes (e , conseqüentemente, de seus torcedores).

Aposto que, ao menos no estado de São Paulo, a maior audiência esportiva na tarde de ontem foi do jogo válido pela Eurocopa, entre Portugal e Holanda. Eu assisti a esse jogo! E, em sã consciência, nunca deixaria de assistí-lo para ver os reservas do Santos jogando contra o horrível time do Flamengo.

As primeiras rodadas de um campeonato longo nunca conseguirão disputar a atenção do torcedor com as fases finais das Copas do Brasil e Libertadores. De alguma forma isso vai ser um pouco, veja bem, um pouco corrigido no ano que vem, quando a Copa do Brasil passar a ser disputada de março à novembro, porém o(s) time(s) que estiver(em) envolvido(s) com a fase final da Libertadores certamente deixará(ão) de lado o nacional.

Eles estão certos? Na minha opinião não, porém eu não participo do dia-a-dia dos clubes, não conheço de preparação física e pouco sei sobre a rotina de um jogador. O São Paulo, por exemplo, também está envolvido na disputa das semi-finais da Copa do Brasil e jogou com time completo ontem e venceu o até então vice-líder do Campeonato.

Tudo bem que o Palmeiras, e nesse caso a avaliação requer um pouco mais de cuidado, também está entrando com seu time titular para a disputa do Brasileirão. Mas o caso do Alviverde é muito mais complexo e acho que nem Freud poderia, de bate-pronto, avaliar a situação.

Acredito que aí envolva a disposição do jogador, quando entra em campo sabendo que faltam apenas 4 jogos (no máximo) para ser campeão nacional, do quê entrar imaginando que ele ainda tem trinta e poucas rodadas para recuperar a posição na tabela.

E quem não tem nada a ver com isso, que certamente já foi eliminado das outras competições, vai somando seus pontos, acumulando algumas vitórias e fazendo o que sempre deveria ser feito pelos vinte times da primeira divisão: dando prioridade ao Brasileirão!

Quem sabe, num futuro um tanto utópico, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores comecem mais ou menos na mesma época para terminarem também na mesma época. Aí, meu amigo, quem chegar bem nos três vai querer ganhar os três, e não teremos mais esse papo tolo de priorizar aqui ou ali.

Diz que me diz:

Tenebroso o “diz que me diz” que envolveu, na semana passada, o presidente do Santos, Luis Álvaro, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanches e o vice-presidente Corinthiano Luis Paulo Rosemberg, sobre a convocação de jogadores para a Seleção, sobre o cansaço do Neymar e outras coisas mais.

Primeiro que o Corinthians não tem nenhum jogador com idade olímpica de destaque e não se pode culpar o Timão que o seu adversário na Libertadores tem!

Segundo que, se o Mano Menezes quisesse favorecer os times que ele já defendeu, deveria ter convocado também os jogadores do Palmeiras, que estão enfrentando o Grêmio na Copa do Brasil.

Admiro o LAOR (como é conhecido o presidente Santista), um cara sempre muito centrado em seus comentários e que, visto de fora, tem feito muito bem ao Alvinegro Praiano com sua administração, porém dessa vez ele pisou na bola, e está com aquele velho discurso de quem sabe que vai perder.

E a vergonha continua:

Mais um final de semana se passou sem que houvesse um jogo sequer pelas Séries C e D do Brasileirão. Falta muito, mas muito mesmo pro futebol brasileiro ser administrado com competência e eficiência.

Uma lástima!

O Tricolor saiu na frente

Assisti partes do jogo entre São Paulo e Coritiba na noite de ontem, no estádio do Morumbi, válido pela primeira partida da semi-fina da Copa do Brasil.

O Tricolor fez sua parte, nos minutos finais do jogo, e com um golaço do meia Lucas venceu o time Curitibano por 1×0, jogando com um jogador a menos devido à expulsão do zagueiro Paulo Miranda.

Apesar de ter sido um bom resultado para o Tricolor esse não foi um mau resultado para o Coxa, que jogará o segundo jogo no Couto Pereira lotado.

O curioso nos minutos finais da partida foi ver a torcida Tricolor pedindo raça ao time em campo. É uma cena bem incomum para os São-Paulinos, acostumados a terem times muito mais técnicos do que raçudos, e que raramente exigem isso de seus jogadores.

De qualquer forma o placar não deu uma vantagem que deixe o time do Morumbi confortável e o embate ainda está aberto.

Brasileirão:

Amanhã começa a quinta rodada do Campeonato Brasileiro, com três jogos: Internacional x Botafogo, Cruzeiro x Figueirense e Fluminense x Portuguesa.

No domingo teremos Flamengo x Santos, Palmeiras x Vasco, São Paulo x Atlético-MG, Bahia x Sport, Ponte Preta x Corinthians, Coritiba x Atlético-GO, Náutico x Grêmio.

Um rodada com bons clássicos nacionais e destaque para os jogos que envolvem os dois primeiros colocados contra os dois semi-finalistas da Copa do Brasil: Palmeiras x Vasco e São Paulo x Atlético-MG. Palmeiras e São Paulo trazem na bagagem um bom resultado conquistado na Copa do Brasil e Vasco da Gama (100% no Nacional) e Atlético-MG ainda estão invictos no Brasileirão.

Série B:

A sexta rodada já está em andamento.

Na terça-feira passada três jogos abriram a rodada. Vitória, Paraná Clube e Boa Esporte venceram, respectivamente, Guarani (1×0), Barueri e Ipatinga (ambos por 2×1).

Hoje o líder América-MG vai à Florianópolis encarar o Avaí enquanto o vice-líder América-RN vai à São Caetano jogar contra o Azulão.

Pra fechar a rodada teremos Joinville x Ceará, Atlético-PR x Goiás (jogo que caberia muito bem na Série A), ABC x CRB, Bragantino x Guaratinguetá e ASA x Criciúma.

Séries C e D:

A vergonha continua!

60 times esperam por uma definição, seja da justiça, seja da CBF, para voltarem às atividades. Se pensarmos que, em média, cada time tem 30 profissionais envolvidos diretamente com o futebol (jogadores, comissão técnica e um ou outro gerente) são mais de 1.800 profissionais aguardando que alguém tome uma decisão.

Lastimável.

Nunca é relâmpago para a vítima

Lí alguns trechos da entrevista dada pelo jogador Valdívia, do Palmeiras, referente ao seqüestro “relâmpago” que ele e sua esposa sofreram há uma semana.

Muito se falou, inclusive logo após o fato, sobre o ocorrido. O jogador chegou a receber críticas infundadas, acusando-o de mentir sobre o caso para poder saír do Palmeiras sem pagar a multa. Gostaria de ver a cara daqueles que o acusaram disso quando foram reveladas as imagens do seqüestro.

Na entrevista, pude sentir um pouco da ângustia, do sentimento de impotência e do medo que o jogador e sua mulher sentiram durante as intermináveis 3 horas de seqüestro. Que, como diz o título do post, para quem sofre a violência ela nunca é rápida.

O jogador ainda não definiu se continua no Palmeiras ou se volta para a sua terra. Neses casos a situação da família deve ser a pior possível, pois não tem quase ninguém por perto para ajudá-los a superar o medo, o trauma.

É compreensível, então, que o jogador queira voltar para o seu país. Não que lá seja um paraíso de segurança, mas pelo menos ele terá ao seu lado, e ao lado de sua esposa, seus parentes e amigos verdadeiros.

O caso é que, mesmo compreendendo e apoiando o jogador, não podemos também esquecer o lado do clube, da empresa que paga seus salários e conta com sua mão (pé) de obra.

Se o Valdívia quer voltar, se ele acha que não agüenta mais ficar longe de seus parentes, se para ele a situação foi traumática a esse ponto, ninguém tem nada a ver com isso. Porém, o Palmeiras não pode ser prejudicado nessa situação. O jogador que pague a multa rescisória, ou consiga alguém para pagá-la, e aí sim vá embora.

Porque não foi o Palmeiras que o seqüestrou. Tampouco fora o time de Parque Antártica que pagou para alguém fazer isso. Menos ainda deve ser o Alviverde prejudicado por essa situação.

Cabe ao clube, nesse momento, disponibilizar todo e qualquer auxílio ao jogador, seja psicológico, seja jurídico, na tentativa de mantê-lo em seu quadro de funcionários.

Mas, reafirmo minha posição, em momento algum o clube pode ser prejudicado nessa situação.

Com a Manú no colo (como o Doutor faria)

Quem me conhece sabe que sou Corinthiano fanático. Sabe, também, que já fui torcedor de arquibancada, daqueles que só não canta do início ao fim do jogo porquê minha garganta não agüenta. Mas que, certamente, pula, vibra, grita e canta bem alto no estádio.

Quando não vou ao estádio, e fiz, conscientemente, minha despedida deles no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2009, assisto aos jogos do Timão na frente da TV, quase como se tivesse no estádio, falando meus palavrões, gritando gol, e sofrendo como qualquer outro Corinthiano sofre.

Isso mudou um pouco de um tempo pra cá. Mudou por uma razão, que tem nome, sobrenome pai e mãe. Desde que minha filha nasceu, há pouco mais de dez meses, tenho tentado me controlar nos gritos para não assustá-la ou acordá-la.

Pois bem.

Ontem, quando começou o jogo da Vila Belmiro, minha princesinha ainda estava acordada (algo raro, pois ela gosta de dormir cedo) sentadinha no chão da sala, brincando com seus brinquedinhos. Bom, muito bom, pois, se certamente eu não iria gritar, pelo menos poderia xingar e expressar minhas opiniões em tom normal de voz, o que já é muito pra mim.

Lá pelos 15 minutos de jogo, com o Corinthians dominando o Santos em plena Vila Belmiro, onde o craque Neymar quase não tinha participado do jogo (tinha apenas dado um chapéu de cabeça em Paulinho no primeiro minuto de jogo), minha filha, que está aprendendo a engatinhar, ao tentar mais uma vez esse feito, caiu de rosto no chão.

Nada grave, mas o suficiente para despertar toda manha e sono que ela, certamente, já sentia. Como bom pai que sou, peguei ela no colo e acalmei-a. Sentindo que ela dormiria ali mesmo, apaguei as luzes da sala e abaixei o volume da TV. Mesmo assim, fiquei assistindo o jogo, sofrendo calado para não assustar o grande amor da minha vida.

Eis que, feliz ou infelizmente, aos 27 minutos de jogo Paulinho fez uma bela jogada pela direita do ataque, virou para o Émerson na entrada da área Santista, que apenas dominou e colocou a bola no ângulo do goleiro Rafael. Golaço!

Eu, tive que ver tudo isso com minha Manuelita no colo e, ao ver a bola entrar, pude fazer apenas um gesto: erguer o braço esquerdo, com o punho cerrado! Lembrei-me, imediatamente, do Doutor Sócrates, e da forma que o magrão comemorava os seus gols pelo Corinthians. Lindo!

O Corinthians, à partir daí, se resumiu a defender-se e a destruir as jogadas Santistas.

O Santos, que jogava com meio Ganso e meio Arouca, buscou sem muita eficiência o empate no primeiro tempo. No segundo, entrou com Borges e melhorou a eficiência do ataque, mas não sua eficácia.

Aos 37 minutos do segundo tempo, depois de diversos objetos jogados em direção aos atlétas Corinthianos, parte da iluminação da Vila Belmiro apagou. Uma vergonha! Sei que isso pode acontecer, mas também sei que não deveria acontecer. Não era um jogo qualquer.

O Santos errou por duas vezes ao marcar o jogo para lá. Primeiro porquê a arrecadação seria, como foi, infinitamente menor do que no Morumbi. Segundo porquê, como já disse aqui ontem, um campo menor facilita a marcação e, aparentemente, os dirigentes Santistas não imaginaram que o Corinthians poderia sair na frente e se fechar lá atrás.

O Timão entrará em campo, na próxima quarta-feira, com uma pequena vantagem, muito pequena. O Santos tem total e irrestrita possibilidade de virar, de ganhar do Corinthians por 2 gols ou até por um apenas e levar a decisão para os pênaltis.

Não está nada definido.

Diferente do quê ocorreu na Copa do Brasil.

Apesar de não ter visto o jogo, nem os melhores momentos, o Palmeiras mostrou que ainda é o Palmeiras e o seu técnico mostrou que ainda é o Felipão.

Com os 2×0 conquistados no Olímpico o Palmeiras dá um enorme passo para mais uma final de Copa do Brasil. E, na opinião desse blogueiro, o Alviverde não perde essa vaga!

Hoje ainda temos o primeiro jogo entre São Paulo e Coritiba, no Morumbi, com grandes possibilidades do time do técnico Leão fazer um belo placar.

O Coritiba, que esteve 3 vezes entre os 4 melhores da Copa do Brasil nas últimas 4 edições (contando com 2012) pode ser sim uma pedra no sapato Tricolor, porém dependerá muito de um resultado na noite de hoje (empate ou derrota com gol fora de casa).

Hoje dá São Paulo. E dá Boca Juniors.

Dois jogos históricos

A noite dessa quarta-feira reserva, para aqueles que gostam de futebol brasileiro, dois jogos para entrarem para a história do esporte no país.

São as primeiras partidas válidas pelas semi-finais da Libertadores e da Copa do Brasil.

Começamos pela Libertadores, como já é tradição desse blog.

Esqueça Pelé, esqueça Paulo Borges e Flávio. Esqueça Sérginho Chulapa e esqueça também Ricardinho. Esqueça as oito pedaladas históricas e também o 7×1 igualmente histórico. Esqueça tudo o que aconteceu até hoje nesses 99 anos de confronto entre Santos e Corinthians, pois nada disso entrará em campo hoje.

Os dois alvinegros paulistas entrarão em campo, às 21h50min, como se fosse a primeira vez. Além do clássico paulista, estarão em campo hoje os atuais Campeões do continente e do país. Estarão em campo a magia da habilidade, da técnica e o pragmatismo da tática, da estratégia.

O confronto entre um ataque excelente e uma defesa sólida. Entre um time que tem uma estrela contra um time que tem conjunto.

O caldeirão da Vila Belmiro vai ferver na noite de hoje. Se bem que o blogueiro aqui considera um erro de visão da diretoria do Santos em ter marcado esse jogo para seu modesto estádio. Se marcasse no Morumbi, como fora especulado, o time da baixada teria o apoio de 60 mil torcedores e um campo maior para seus craques desfilarem seus repertórios de dribles e jogadas de efeito.

Um campo maior dificulta a marcação.

Mas não será esse o fator decisivo. A noite de hoje, por mais contraditório que eu possa estar sendo, depende da inspiração de Neymar. O craque, que não jogou bem nos confrontos contra o Vélez e pela Seleção Brasileira, é o fiel da balança à favor do time da Vila Belmiro. No mais, comparando time por time, os dois alvinegros se igualam.

O sistema defensivo Corinthiano é melhor. O sistema criativo Santista é melhor. Os goleiros se equivalem, as duplas de volantes também. O que pode desequilibrar é, sem dúvidas, o fator Neymar.

Noite para cardíaco ir dormir cedo. Noite para a torcida Santista ser a maior do país. Noite para Corinthiano rezar, rezar e rezar.

E, sem tentar acertar o resultado, aposto num jogo com, no máximo, 3 gols.

Pela Copa do Brasil outro clássico igualmente tenso, igualmente histórico.

Se você, assim como eu, viveu e viu a década de 90, sabe que Grêmio e Palmeiras eram dois dos protagonistas do futebol nacional.

Tanto que, em 1995, fizeram dois clássicos inesquecíveis válidos pelas quartas de final da Libertadores. Depois de se enfrentarem na fase de grupos, como era a tradição da Libertadores, com vantagem Palmeirense (3×2 em casa e 0x0 fora), os times se reencontraram nas quartas de final, com o primeiro jogo no Sul, vencido por 5×0 pelo Tricolor Gaúcho e o segundo jogo, numa recuperação incrível do Palmeiras, onde o time Alviverde venceu por 5×1 em SP.

Hoje, apesar do fraco desempenho recente de ambas equipes, Grêmio e Palmeiras voltam a se encontrar em uma fase decisiva, agora pela Copa do Brasil, em suas semi-finais.

O time gaúcho vem melhor preparado, ao menos é o que tem apresentado nos últimos jogos, do que o time paulista. Some a isso a desconfiança da torcida Alviverde, os problemas extra-campo (como o seqüestro sofrido pelo jogador Valdívia) e se pode imaginar que o Tricolor será o grande favorito no confronto.

Pode até ser. Aliás, acredito que o Grêmio seja favorito no jogo de hoje, porém é um confronto muito igual que pode e deve ser decidido nos detalhes.

Além disso é sempre bom lembrar que nos bancos das duas equipes estão os treinadores que foram referência no futebol nacional na década de 90. Vanderlei Luxemburgo, pelo Grêmio, e Felipão, pelo Palmeiras, vão reviver os tempos áureos nesse confronto. Nesse ponto vejo uma vantagem para o time paulista, pois o Felipão sempre foi conhecido por ser especialista em torneios mata-mata. Enquanto ele já foi campeão diversas vezes nesse tipo de competição (Copa do Brasil, Libertadores e Copa do Mundo) seu rival só teve duas conquistas nesse modelo (a Copa do Brasil pelo Cruzeiro em 2003 e a Copa América pela Seleção em 1999).

Mas, assim como no confronto da Libertadores, nada disso entrará em campo hoje.

Aposto numa vitória, apertada, dos donos da casa. Nada que o Palmeiras não possa reverter no jogo de volta.

É esperar para ver. E torcer.

Algumas considerações

• A Eurocopa é uma Copa do Mundo sem os Sul-Americanos. E sem os Africanos, sem os Asiáticos, sem os Norte-Americanos e sem a Nova Zelândia (pegando vaga numa repescagem);
• Itália e Espanha fizeram um puta jogo, onde valiam 3 pontos pelo torneio continental. Brasil e Argentina fizeram um jogo melhor ainda, onde não valia nada além da rivalidade;
• O estádio onde jogaram Itália e Espanha estava pronto e lindo. Os arredores estavam inacabados e em obras. Ah se fosse no Brasil…;
• A Seleção Brasileira fez 4 amistosos onde ganhou dos mais fracos e perdeu pros mais fortes. Mas, vamos pegar leve, era a Seleção Olímpica, ok?;
• Por falar, Messi passou a jogar tudo o que sabe na sua seleção. Neymar ainda não joga metade do que pode na nossa. Eis a diferença;
• Eu odeio perder para a Seleção Argentina. E o pior é ver um monte de babaca brasileiro usando camisas de futebol do país hermano. Vai lá e vê se você acha um argentino com a camisa canarinho;
• O Vasco continua 100% no Brasileirão, e faz o que o Corinthians fez no ano passado: acumula pontos enquanto os outros times preterem o Campeonato Brasileiro;
• Por isso o Vascão começa a surgir como forte candidato ao título. É cedo, eu sei, mas já são pontos importantíssimos pro Gigante;
• O Galo segue na cola do líder e o Botafogo já está lá embaixo. Esses são dois times que não conseguem se firmar por muito tempo na disputa;
• Corinthians e Palmeiras seguem na lanterna do Campeonato. Um deles até que não é surpresa começar tão mal, agora o outro…;
• Se o Corinthians continuar jogando o que está jogando não passa pelo Santos na Libertadores;
• Se o Santos continuar jogando o que está jogando não passa pelo Corinthians na Libertadores;
• Já que o assunto virou Libertadores, Neymar vêm decepcionando em campo. Pode ser uma preocupação para a torcida da Vila Belmiro;
• O São Paulo venceu seu segundo jogo e já desponta como o melhor paulista nesse Brasileirão. Mesmo assim ainda é pouco, muito pouco;
• Com 5 rodadas realizadas, são esses os quatro primeiros colocados da Série B: América-MG (13 pts), América-RN (13 pts), Criciúma (12 pts) e Vitória (10 pts);
• E os quatro últimos são: Ceará (4 pts), Ipatinga (4 pts), Guaratinguetá (3 pts) e Barueri (3 pts);
• As séries C e D continuam paradas, esperando uma definição da justiça ou da CBF. Uma vergonha.

“É Campeão!”:

O feriadão começou com grito de Campeão no Maranhão. Pra falar a verdade, gritos de Tri-Campeão. O Sampaio Corrêa venceu o Maranhão por 2×1 e, como já havia vencido também o primeiro jogo por 3×0, garantiu seu tri-campeonato de forma invicta, o 31o. de sua história. Desde 1995 que nenhum clube conseguia o tri no Maranhense.

O Tricolor de Aço continua líder com uma bela vantagem sobre o segundo colocado no Ranking Maranhense. No Ranking Nacional o time de São Luís sobe duas posições indo da 45a. para a 43a. colocação.

Em Rondônia o Ji-Paraná foi Campeão estadual depois de 11 anos de fila. O Galo da BR conquistou seu 9o. título estadual ao vencer o Espigão, que defendia o título, por 4×2 (o primeiro jogo havia empatado em 2×2).

Apesar de ser um time relativamente novo, o Ji-Paraná segue na liderança do Ranking Rondoniense, com 190,5 pontos, e subiu da 73a. para a 60a. colocação no Ranking Nacional.

Em Roraima o São Raimundo venceu o Náutico (local) por 2×0 e garantiu seu quinto título estadual. O time da capital Boa Vista se manteve na 3a. colocação do Ranking Roraimense, e subiu da 117a. para a 90a. colocação.

Agora apenas dois estados não definiram seus campeões: Amapá e Piauí.

Para ver os Rankings atualizados clique no menú ao lado ou aqui para ver o Ranking Geral e aqui para ver o Ranking por Competições Estaduais.

Não são os Paulistas os melhores?

Com a maioria dos times tendo disputado três jogos pelo Brasileirão, podemos perceber que, ao menos nesse início de campeonato, o desempenho dos times Paulistas está, no mínimo, ridículo.

O estado de São Paulo entrou nessa edição do Campeonato Brasileiro com nada menos do quê 6 participantes, além, é claro, de ter o time que é o atual campeão, o Corinthians.

Por enquanto, o Paulista melhor colocado é o São Paulo, na pífia 10a colocação da tabela, tendo vencido um e perdido dois jogos. O pior é o próprio Corinthians que, apesar de ter que jogar ainda hoje, está na última colocação, com duas derrotas em dois jogos. Inclusive, na zona de rebaixamento temos 3 times paulistas (além de Corinthians, Palmeiras e Portuguesa, com três jogos cada, fazem parte da ZR).

E aí eu pergunto: não são os Paulistas os melhores do Brasil?

Tudo bem que os quatro grandes do estado estão envolvidos nas semi-finais da Libertadores e da Copa do Brasil, e que é apenas um começo de Campeonato. Mas que tem sido estranho, isso tem.

O Vasco parece estar se recuperando da eliminação na Libertadores e manteve, contra o Náutico, os 100% de aproveitamento, garantindo-se assim na primeira colocação.

O Atlético Mineiro, com seu novo reforço nas tribunas para acompanhar o jogo, apenas empatou em casa com o Bahia e perdeu a liderança, caindo para terceiro, atrás do próprio Vasco e do Internacional, que venceu o Tricolor Paulista no Beira-Rio.

O Grêmio conseguiu uma boa vitória fora de casa, contra o Atlético de Goiás, por 1×0, enquanto que o Palmeiras sofreu sua primeira derrota, fora de casa, pro Sport por 2×1.

Santos e Flu ficaram no empate na Vila Belmiro, 1×1. Empate também em Campinas, por 2×2, entre Ponte Preta e Flamengo. E o Coritiba, que não tinha vencido ainda, bateu a Portuguesa por 2×0 no Couto Pereira.

Hoje ainda temos, no desfecho da rodada, um clássico nacional entre Botafogo x Cruzeiro, no Engenhão, e no Pacaembú, com promoção de ingressos, Corinthians e Figueirense se enfrentam. Ambos às 21 horas.

Que ao menos o Alvinegro do Parque São Jorge vença e salve a honra do futebol paulista nessa 3a. rodada do Brasileirão.

A alegria está de volta

Depois de dez dias e, estranhamente, ainda entre os jogos da Seleção Brasileira, o Brasileirão volta na noite de hoje com 8 jogos, válidos pela terceira rodada do nacional.

Digo estranhamente porquê a segunda rodada foi no final de semana de 25 e 26 de maio, ou seja, há dois finais de semana atrás.

Ué, pergunto aos mais astutos leitores, se era pra ter jogo, por quê não marcaram essa rodada pro final de semana passado, respeitando o horário do jogo da Seleção, e dando uma coerência maior ao calendário do Nacional.

Ah, já sei, deve ser por causa da grade de programação da TV Globo. Bem, nesse caso, e como é de direito dela, poderia deixar dois jogos para hoje. Sei lá.

De qualquer forma a alegria dos torcedores de norte a sul está garantida. Bem, ok, de norte não, pois não temos nenhum time dessa região no Brasileirão, mas de Nordeste a Sul certamente a alegria está garantida.

Vasco da Gama Atlético Mineiro entram em campo para tentarem manter os 100% de aproveitamento e a liderança do certame. Vasco contra Náutico e Atlético (sem Ronaldinho, leia mais abaixo) contra Bahia. E há grandes possibilidades dos dois se manterem na liderança.

Sport e Palmeiras se enfrentam na Ilha do Retiro para rememorar o confronto válido pelas oitavas de final da Libertadores de 2009, e para tentarem sua primeira vitória no campeonato.

O Atlético Goianiense recebe o Grêmio para também tentar sua primeira vitória, enquanto o Tricolor Gaúcho busca sua segunda vitória no campeonato.

Coritiba e Portuguesa fazem o confronto da zona de rebaixamento, em Curitiba.

Num confronto entre dois candidatos ao título, o desfalcado Santos recebe o Fluminense que tentará, como fez contra o Corinthians, mais uma vitória fora de casa.

Tal como no jogo acima, em Porto Alegre Inter e São Paulo fazem outro confronto de candidatos ao título. Desfalcados, os times buscam sua segunda vitória no torneio para se manterem entre os líderes.

Para finalizar a noite de futebol, em Campinas, a Ponte Preta recebe o Flamengo, reforçado pela ausência de Ronaldinho, e, ambos, atrás de sua primeira vitória.

Ronaldinho no Galo:

Eu não contrataria. Nunca.

Analisando como administrador, se sou o presidente de uma empresa e vejo disponível no mercado um executivo que já foi fera, mas que seu passado recente mostra que os resultados já não são mais os mesmos, que ele está desatualizado, eu não o contrataria.

Porém, apesar desse meu ponto de vista, acho que em uma coisa o Galo acertou: contratou Ronaldinho como ele merece atualmente, e não como ele merecia há 6 anos. Sem alarde, sem festa, como se fosse um jogador comum e, dizem, por um preço 70% menor do que o Flamengo pagava. Ou seja, com o pé mais no chão, mas centrado. E, dessa forma, pode ser que dê certo.

Pra falar a verdade, eu fui fã do Gaúcho no passado, admirava seu futebol e gostaria que ele pudesse voltar a viver, se não os melhores tempos, um período de maior brilho.

Boa sorte a ele e ao seu novo patrão!

Série B:

Estamos no meio da 5a. rodada da Série B do Brasileirão e, surpreendentemente, o América-MG lidera o campeonato. No ano de seu centenário, o time mineiro tem 13 pontos em 5 jogos e ainda pode ser alcançado pelo seu chará do Rio Grande do Norte que tem 10 pontos em 4 jogos.

Joinville e Criciúma completam os quatro que sobem para a Série A.

Série C:

Enquanto isso a terceira divisão do futebol nacional sofre com a falta de organização. Por uma briga judicial sem fim, a série que começou teve que ser interrompida desde o dia 20 de maio.

Brasil de Pelotas, Treze de Campina Grande, Rio Branco do Acre e o Luverdense do Mato Grosso são os responsáveis por essa briga jurídica.

E por causa disso, a Série D não consegue começar. Ela depende da C, pois a briga envolve times das duas divisões.

Péssimo. Muito péssimo.

Enquanto isso, na Inglaterra, se tem um sem número de divisões, num país infinitamente menor que o nosso e com infinitamente menos times.

O triste caso Flamengo x Ronaldinho

O tão bem falado futebol brasileiro ainda é capaz de proporcionar aos seus fãs situações por vezes controversas, por vezes tristes.

Temos lido muito na mídia, nos últimos dias, que o futebol brasileiro está crescendo, que os clubes estão faturando cada vez mais e mais, que as marcas estão cada dia mais valorizadas, que os clubes estão sendo cada vez mais bem geridos, e blá, blá, blá…

Mas, o quanto disso será mesmo verdade?

Ontem o ex-craque (se é possível que um craque se torne ex) Ronaldinho Gaúcho anunciou, depois de diversos problemas, sua saída do Flamengo. O jogador alega não ter recebido seus direitos de imagem e mais uma pequena bagatela, que somadas gira em torno de 40 milhões de reais.

Já o Flamengo, por sua vez, se defende acusando o jogador de diversos atos de indisciplina, atrasos em treinos, baladas e vida noturna agitada.

Mas, eu me pergunto: cadê a novidade?

No início de 2011, ou final de 2010, quando o jogador foi contratado pelo clube, era quase certo que tudo isso ocorreria, tanto que o Flamengo não pagaria, quanto que ele não treinaria. E ninguém viu.

E mesmo assim, numa situação tragi-cômica, Palmeiras e Grêmio lutaram para contar com o jogador em seus elencos. Talvez baseados no sucesso do caso Fenômeno/Corinthians, esses três clubes imaginavam que a história se repetiria com o Gaúcho.

Acontece que pouca coisa mudou no futebol brasileiro nos últimos 30 anos, e em especial, nos clubes do Rio de Janeiro.

Clubes com dívidas tem-se em todos os lugares do planeta. Como diz Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, ter dívida não é um mal sinal (desde que se tenha como pagá-las, claro).

A diferença é que no futebol brasileiro os clubes são geridos de forma muito amadoras, com decisões muito mais passionais do que racionais, onde o importante é agradar a torcida e à base aliada no conselho, para assim perpetuar a “nossa” administração.

Nem falo dos supostos casos de enriquecimento ilícito.

Um grande nome do futebol está disponível? Opa, que se dane minhas obrigações, minhas previsões financeiras, vamos contratá-lo! Não temos dinheiro para pagar por ele? Ah, relaxa, depois a gente faz alguma ação de marketing e consegue o dinheiro! Não vamos conseguir? Bem, nesse caso ele que entre na justiça e espere 20, 30 anos. Até lá eu não serei mais o presidente mesmo.

Não sei se é exatamente assim, mas é assim que parece ser. As decisões, principalmente quando se trata de contratar um craque, são, teoricamente, tomadas desse jeito.

E não falo só do Flamengo. Com uma ou outra exceção, todos os clubes brasileiros cometem esse tipo de loucura, seja para contratar, seja para o que for.

Eu, como administrador que sou, imagino o quanto deveria ser fácil tocar um grande clube de futebol. Apesar de ser apenas entretenimento, há uma paixão envolvida e seu consumidor, por mais mal tratado que seja, nunca trocará de fornecedor. Ele pode parar de consumir seu produto por um tempo, mas trocar seu clube por outro raramente ocorre.

Enquanto os clubes brasileiros forem geridos de forma tão passional, tão amadora, nosso futebol continuará sendo grande somente dentro do nosso território.

Somente em Terras Brasilis.