Tomo a liberdade de usar a frase de uma marcante capa da revista Veja, noticiando a época da segunda invasão Norte-americana ao Iraque, onde a revista lembrava que apesar da enorme superioridade das forças armadas aliadas, aquilo ali continuava sendo uma guerra.
Ouvi e li muito no noticiário esportivo, e da própria torcida São Paulina, que o time Tricolor era infinitamente superior ao adversário argentino e que o time do Morumbi iria “passar o carro”, como se diz no jargão futebolístico, no tal do Tigre, já no jogo dessa noite, em La Bombonera.
Infelizmente meus compromissos profissionais me impediram de escrever antes do jogo.
Pois, se para o São Paulo, uma das maiores potências do futebol Brasileiro e Sul-americano, essa final era muito importante, imagina para o pessoal do Tigre, o quanto ela não representa?
O Tigre deve parecer, se compararmos grotescamente, com o São Caetano no futebol brasileiro. Ou até menos, pois o Azulão já foi vice-campeão da Libertadores, enquanto que os argentinos estão fazendo sua primeira final de campeonato internacional.
E o 0x0 que acabou de acabar prova que, se não é um Vietnã, certamente é guerra.
E prova que o São Paulo vai ter que levar muito a sério o próximo jogo, em seu estádio, se quiser realmente levantar essa taça.
Porque agora o time argentino jogará trancado na defesa, esperando por um erro do Tricolor, e certamente dando o sangue em cada lance, em cada jogada.
De qualquer forma o São Paulo ainda é extremamente favorito à conquista da taça, e jogando inspirado na próxima semana, certamente vai vencer até com folga no placar.
Mas que o 0x0 de hoje sirva de aviso. Pode até não ser um Vietnã, mas certamente será uma guerra!
Futebol em Terras Brasilis 