Só se for pra Liberdade

Posted: 12/12/2012 in Uncategorized

Daqui a pouco menos de 12 horas o Corinthians fará sua estreia em sua segunda Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o popular Mundial.

Será a primeira em solo japonês.

O Timão fará sua estréia contra o mais popular time egípcio, e também o maior campeão da Liga de Campeões da África, o Al-Ahly.

Pouco sei sobre o clube egípcio. Apenas que ele está em sua quarta participação na Copa do Mundo de Clubes da FIFA e sua melhor participação foi em 2006 quando foi eliminado nas semi-finais pelo Internacional-RS (campeão daquele ano) e na disputa pelo terceiro lugar ganhou do América do México por 2×1.

O Corinthians, além de iniciar a sua luta por seu segundo título no campeonato, entra em campo com a árdua missão de reativar a estima do futebol brasileiro no torneio da FIFA, já que nas duas últimas edições do torneio o Internacional (em 2010) e o Santos (em 2011) praticamente foram humilhados ao serem eliminados na semifinal pelo Mazembe e ser goleado na final pelo Barcelona respectivamente.

E, além disso, o Corinthians entra também em campo para enterrar de vez o velho estigma de time caseiro, sem tradição internacional.

Estigma esse, diga-se, existente apenas para os torcedores adversários.

Fazer um prognóstico para esse jogo, nesse tipo de campeonato (com um jogo único para decidir a vaga na final e outro para decidir o título) é um pouco de loucura.

É certo que tanto Corinthians em sua chave, quanto Chelsea contra o Monterrey  do México são considerados favoritos apenas pelo fato de virem dos principais continentes do futebol mundial (e de escolas tradicionalíssimas como a brasileira e a inglesa).

Se eu fosse arriscar R$ 100,00 em uma aposta, colocaria R$ 45,00 no Chelsea, R$ 40,00 no Corinthians, R$ 10,00 no Monterrey e R$ 5,00 no Al-Ahly.

Porém, que o diga o Mazembe, qualquer resultado é possível em se tratando de um jogo único.

Ao menos é certo que o apoio de sua fanática torcida o Corinthians terá. As informações são desencontradas, mas estima-se que algo entre 15 e 20 mil Corinthianos se deslocarão entre os continentes para acompanhar os jogos do Timão na terra dos samurais.

Só de vistos recentes foram emitidos mais de 8.500 pelo consulado japonês no Brasil.

Contando com uma grande colônia brasileira no Japão, e que grande parte dela é feita de Corinthianos, podemos imaginar que ao menos no estádio do jogo de amanhã, onde cabem 45 mil torcedores, metade dos lugares estarão ocupados por torcedores Alvinegros.

O que é um recorde!

O que é único!

E o que me faz lembrar de diversos torcedores adversários que, nas duas últimas décadas, sempre falavam: “Corinthiano conhece o Japão só se for pra Liberdade”, bairro paulistano conhecido nacionalmente por ser habitado e caracterizado por japoneses.

Não amigos.

Nós fizemos melhor.

Nós transformamos o Japão em nossa Liberdade particular.

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