Tite, o Telê Corinthiano

Posted: 17/12/2012 in Uncategorized

Seria besteira de minha parte querer escrever sobre o jogo de ontem, mais de 24 horas após a conquista do título Mundial pelo Corinthians.

Acho que tudo o que poderia ser dito, foi dito. E esse assunto já chegou à exaustão.

Só queria compartilhar, antes de escrever sobre o tema desse post, o que vivi no momento do gol de Guerrero.

Estava na casa do meu primo Daniel, e nossa torcida se resumia a apenas nós dois. Enquanto o lance foi se desenrolando, principalmente quando o Danilo chutou e a bola desviou em sei lá quem e subiu, o silêncio que fizemos naqueles rápidos segundos foi ensurdecedor. Talvez meu primo nem tenha reparado, mas parece que vivemos aquelas cenas de cinema, onde o personagem vê tudo em câmera lenta, até a conclusão da cena. Ou da jogada.

Mágico!

E um dos grandes responsáveis, se não o maior deles, por esse lance não foi o atacante Guerrero. Muito menos o meia Danilo, que chutou a bola, ou o volante Paulinho que conduziu a jogada.

Foi Tite!

Tite que eu arrisco dizer que, no futuro, estará para os Corinthianos assim como Telê está para os São Paulinos.

E não quero aqui comparar o estilo dos dois técnicos, até porquê não tenho conhecimento para tal comparação.

Mas Tite, que desde sua primeira passagem pelo Timão mostrou-se um homem de um caráter indubitável, quando não quis trabalhar para o dinheiro sujo da MSI e saiu do clube quando o iraniano Kia Jorabichian foi tirar satisfação com ele no vestiário após uma derrota, mostrou também nesse Mundial de Clubes que é profundo conhecedor da sua profissão e, principalmente, do seu elenco.

Além disso, o treinador Corinthiano mostra a cada dia que tem o elenco do time nas mãos.

A mudança no esquema de jogo do Timão da semi-final para a final foi determinante para a conquista do título. Se ela desse errado, ou se o título não viesse, não sei se eu estaria escrevendo isso, mas reconheço que a leitura que o treinador fez do adversário e a forma como o Corinthians se portou em campo, principalmente pelo lado direito, comprovaram que ele tinha razão.

Jorge Henrique foi fundamental no jogo de ontem, e provavelmente o meia Douglas não teria o mesmo sucesso. Não porquê ele seja ruim, ou qualquer coisa do gênero, mas apenas porquê não era sua característica.

Isso sem falar que durante toda a caminhada Corinthiana até o jogo de ontem, contando o Brasileirão de 2011, a Libertadores desse ano e os dois jogos do Mundial o Timão sofreu apenas 9 derrotas (todas no nacional) e apenas 40 gols, com uma média de 0,74 gols sofridos por jogo. Impressionante!

Até na numerada do Pacaembú o treinador esteve, no jogo contra o Vasco, e comemorou o gol de Paulinho nos braços da torcida Fiel.

O título de ontem pode ter tido vários heróis: Cássio, a muralha; Paulinho, o polivalente; Guerrero, o artilheiro; a torcida fiel que invadiu o Japão ou qualquer um que você possa escolher.

Mas certamente é inegável que por trás disso tudo está ele: Tite, o técnico que se eternizou no Parque São Jorge.

Ranking:

Com o título da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o segundo de sua história, o Timão somou mais 5.000 pontos em nosso Ranking, chegando a pouco mais de 23.800 pontos, e se tornando o clube que mais se aproximou do São Paulo desde que eu criei o ranking.

Só nesse ano o Timão conquistou 8.600 pontos com os títulos do Mundial, da Libertadores e a sexta colocação no Brasileirão.

E o Corinthians entra para a história ao ser o terceiro clube nacional que conquista o Brasileirão, a Libertadores e o Mundial na sequência.

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