A Copa do Nordeste

Em paralelo aos mais chatos campeonatos estaduais, está rolando no Futebol em Terras Brasilis a Copa do Nordeste, ou o Nordestão, em sua 11a. edição.

Contando com a participação de 16 equipes da região, onde das principais apenas o Náutico não conseguiu garantir sua participação, a competição já está na sua terceira rodada, sendo que os times estão separados em quatro grupos de quatro times cada, com jogos de ida e volta e os dois primeiros garantindo classificação para a próxima fase.

Daí em diante, em fases eliminatórias, os times jogarão em jogo de ida e volta, com o gol fora sendo um critério para desempate, e a disputa de pênaltis para aqueles confrontos que terminarem empatado em todos os critérios.

No grupo A quem está liderando é o Bahia, com 7 pontos ganhos. Itabaiana e Ceará dividem o segundo posto, com 4 pontos cada, mas com o Itabaiana levando vantagem no critério de desempate. O ABC-RN completa o grupo com apenas 1 ponto ganho.

No grupo B quem lidera é o Confiança-SE, com 6 pontos, seguido de perto pelo Sport-PE, com 5 pontos e pelo Fortaleza com 4. Com apenas 1 pontinho o Sousa-PB completa esse grupo.

Já no grupo C, com 100% de aproveitamento, o Vitória lidera com 9 pontos, seguido pelo América-RN com 6, Salgueiro-PE com 3 e o ASA que ainda não pontuou na competição.

No último grupo, o líder vem da Paraíba, com 7 pontos o Campinense está na ponta do grupo. Santa Cruz-PE com 6, CRB-AL com 3 e Feirense-BA com 1 completam o grupo.

Numa rodada dupla, finalmente o futebol inaugurou o novo estádio do Castelão na tarde de hoje, com o Fortaleza empatando em 0x0 com o Sport e o Ceará perdendo de 1×0 para o Bahia, ambos os jogos válidos pela competição regional.

Digo que o estádio finalmente foi inaugurado pelo futebol, pois em nosso país a política é mais importante do que o espetáculo em si para se entregar os estádios da Copa do Mundo (mas isso é um outro assunto).

É muito interessante a ideia da copa regional. Ela possibilita um confronto entre equipes de maior qualidade, e sendo disputada num formato com menos e mais decisivos jogos, tem tudo para se tornar um sucesso.

E não é de hoje.

Como você pôde ler no início desse post, essa já é a 11a. edição dessa copa. Fosse ela mantida no lugar dos falidos estaduais, e realizada nas cinco regiões do país, certamente teríamos um futebol de melhor qualidade nesse início de ano e, guardando a fórmula de poucos e decisivos jogos, uma pré-temporada maior para os times se prepararem para o ano.

Houve uma temporada em que os torneios regionais substituíram os estaduais, em 2002. Agora, ganha um doce quem adivinhar porque que a fórmula não foi continuada: a maldita da política, dessa vez entre as federações estaduais e os clubes, que impossibilitou a continuidade das competições.

Se cada um não puxasse a sardinha para o seu lado, e não pensassem apenas em seus clubes, ou federações, essas copas poderiam vir como uma excelente solução para os falidos estaduais. Eu, como Corinthiano que sou, prefiro mil vezes ver meu time perder para um Flamengo, ou para um Cruzeiro, do que vencer um Marília, um Penapolense da vida.

Os estaduais poderiam servir de segunda-divisão das copas regionais, sendo que o último colocado de cada grupo fosse disputar no ano seguinte o estadual e o campeão de cada estado entrasse na Copa. Sei lá, façam um regulamento qualquer que funcione, mas acabem de vez com esse martírio chamado campeonato estadual (ou ao menos acabem com a participação dos grandes clubes brasileiros neles).

Mas, por enquanto o que temos são os grandes clubes nordestinos disputando essa copa, que será acompanhada de perto pelo blog, e tendo que disputar, ao final dela, os falidos estaduais (os times entrarão numa espécie de segunda fase).

E, por não ser de participação exclusiva, a Copa do Nordeste não contará para a formação do Ranking. Ao menos enquanto se manter essa imbecil regra de participação dos times nos estaduais.

E você leitor, o que acha da disputa de copas regionais? Elas seriam uma boa solução para substituir os estaduais?