A besteira da tradição, da camisa

Posted: 17/04/2013 in Uncategorized
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Uma das maiores besteiras que eu sempre ouço por aí, e ouvia muito mais antes do meu Corinthians ser campeão da Libertadores, era que esse é um torneio que só ganha quem tem camisa, ou quem tem tradição.

Besteira, e das grandes!

Fosse assim nos últimos dez anos quatro times não a teriam conquistado pela primeira vez. Casos do Corinthians, Internacional, LDU e Once Caldas.

É certo que na grande maioria das vezes as pessoas, comentaristas esportivos inclusive, falam essa besteira pela total falta de argumentos, ou até pela pura diversão. Nesse ponto, da diversão, acho legal que seja assim.

Mas quando você vê o cara defendendo essa “tese” com unhas e dentes, pode escrever meu amigo, o cara não sabe nada de futebol.

Para um time ser campeão desse, ou de qualquer outro torneio, muitos fatores são necessários: talento dos jogadores, técnico competente, diretoria competente, estrutura organizada e, não menos importante embora no nosso continente seja o menos visto, uma boa administração do clube.

Em nenhum momento entra a tal da tradição no torneio, ou a “camisa”. Até porquê, os times que atualmente já conquistaram esse campeonato em algum dia tiveram que conquistá-lo pela primeira vez.

Vejam o caso da Seleção Espanhola, por exemplo. Até o início desse Século a Fúria era conhecida como um time que amarelava, principalmente nas Copas do Mundo. Era uma Seleção sem camisa, sem tradição de conquistas. Besteira gente. Veja o que aconteceu no futebol espanhol e, consequentemente, mundial depois de 2008 (ano da primeira Euro que essa turma de hoje ganhou).

 Vejamos também o caso do jogasso entre brasileiros na noite de hoje.

De um lado temos o São Paulo, três vezes campeão da Libertadores e time brasileiro com mais participações no torneio continental. Além disso o São Paulo é, sem dúvida alguma, o maior vencedor de torneios internacionais do país.

Do outro lado temos o Atlético Mineiro, onde o melhor desempenho na competição continental foi a disputa de uma semi-final em 1978. Além disso, o Galo tem dois títulos da Copa Conmebol, ambos na década de 90 e mais nada.

Acontece que hoje o Galo entra em campo classificado como melhor time da primeira fase e o Tricolor entra dependendo não apenas de sua vitória, mas de uma vitória do Arsenal de Sarandí no outro jogo do grupo.

Missão complicadíssima para o Tricolor, que aqueles que sempre apostam no fator tradição e camisa poderiam jurar que não chegaria a esse jogo nessa situação.

Particularmente eu acho que a classificação São Paulina é bem possível, pois não estamos falando que o XV de Piracicaba precise vencer o Barcelona. É o São Paulo que precisa vencer o Atlético, dois gigantes do futebol brasileiro onde esse resultado é bem possível sim.

Pelo lado Atleticano, existe a possibilidade de eliminar desde já um potencial candidato ao título e, principalmente, o confronto com um brasileiro (o próprio São Paulo) já na próxima fase. Fosse eu o técnico Cuca faria de tudo para eliminar o São Paulo já nessa noite.

Além disso, a favor do Tricolor do Morumbi tem o fato do Arsenal ainda contar com chances de classificação e, assim como o São Paulo, jogar em casa. Para ajudar mais ainda o The Stronghest, rival do time argentino, é bem ruinzinho jogando fora da altitude de La Paz.

A situação Tricolor é complicada. E não será a sua camisa, nem a sua tradição, que irão garantir uma vaga na próxima fase da Liberta. Não mesmo…

Portuguesa:

Impressionante o que acontece com a Lusinha. 

O time vinha bem, estava na liderança de seu grupo na Série A-2 do Paulista e no final de semana tomou de 7, isso mesmo, 7 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto.

Como desgraça pouca é bobagem, a Lusa foi eliminada da Copa do Brasil, ontem à noite, empatando em 1 a 1 com o Naviraiense-MS.

Acho que esse papo da torcida do Corinthians ser a mais fiel não está certo não. Fiel é o torcedor da Portuguesa, esse sim.

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