Arquivo de Abril, 2013

O grande jogo na Libertadores para o futebol brasileiro nessa semana é, sem dúvida alguma, o confronto de Tricolores no sul do país.

O Grêmio receberá hoje à noite o Fluminense, em jogo válido pela 5a rodada do Grupo 8, que está emboladíssimo.

A situação do Tricolor carioca é, teoricamente, um pouco mais confortável. Com 7 pontos o time do técnico Abel Braga pode até perder o confronto de hoje que ainda terá uma grande chance de se classificar, precisando apenas de uma vitória simples no próximo jogo.

Já o Tricolor gaúcho não pode nem pensar nessa hipótese. Não que uma derrota hoje resultaria na eliminação do time do técnico Luxemburgo, mas ela forçaria o Imortal a buscar uma vitória contra os chilenos do Huachipato, lá no Chile. 

O Grêmio tem até uma possibilidade bem curiosa para encarar. Se o time vencer o Fluminense e perder na outra rodada para o Huachipato irá fazer 3 pontos na soma das duas rodadas, mas poderá ser desclassificado caso o Fluminense vença seu outro confronto, contra o Caracas no Rio de Janeiro.

Agora, se o Tricolor gaúcho empatar com o Flu e empatar também com o time chileno, fará apenas 2 pontos e garantirá sua classificação à próxima fase, independente do resultado do outro jogo. 

Curioso, não?

Independente da combinação de resultados, acredito que será um belo jogo e possivelmente darei mais atenção a este confronto do que ao do meu Timão, que entrará em campo contra o San José do menino Kevin para confirmar o que ficou óbvio na última rodada.

Para o Corinthians se classificar em primeiro do grupo precisa fazer o mesmo resultado que o Tijuana fizer contra o Millonários lá no México. Se der empate no confronto do México, o Timão pode empatar. Se o Tijuana perder para o time colombiano, o Corinthians pode até perder, desde que não sofra uma derrota com saldo negativo de 3 gols a mais que o Tijuana. Por exemplo, se o Tijuana perder de 1×0 o Timão pode perder de até 3×0.

Caso os mexicanos vençam o Corinthians também deve vencer seu confronto para se garantir como primeiro do grupo. Nesse caso, a vitória Alvinegra deve ser, no mínimo, com 2 gols a menos de diferença do que a vitória mexicana. 

Complicado? Por isso que eu acredito que a classificação do Timão ficou óbvia como primeiro colocado, e talvez por isso que eu vá assistir ao jogo dos Tricolores.

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Hoje é 8 de abril e nesse dia o segundo maior Corinthiano do mundo faz aniversário.

Primo e amigo desse blogueiro, o segundo maior Corinthiano do mundo está completando nessa segunda-feira seu trigésimo outono.

E nesses trinta anos de vida muitas emoções nós vivemos juntos assistindo o nosso Corinthians jogar. Certamente vimos muitas vitórias, derrotas e empates.

Vibramos muito com vitórias emocionantes. Choramos juntos com derrotas acachapantes. Teve até um empate, em 2×2, que foi motivo de grande alegria, apesar de estarmos completamente queimados pelo sol que fazia em Itanhaém, o que impossibilitou um abraço mais efusivo.

Mas, é hoje que esse meu companheiro de estádio, de Corinthians, faz seu aniversário. E, diferente do meu, o seu aniversário não é “lá pro final do ano”.

Primo, amigo, padrinho, companheiro de arquibancada, esse cara merece uma pequena homenagem meio piegas, mas por ter sido sempre esse cara “legal bagaraí” que ele sabe que é.

Filho de mãe Corinthianíssima e de pai Tricolor do Morumbi, Daniel Alexis Barros de Oliveira só não é o maior Corinthiano do mundo, porquê num passado que já está cada vez mais distante, ele fora influenciado por seu pai em sua escolha futebolística.

Graças à sua mãe, ao grande Jerônimo e à sua sensatez e paixão ele logo percebeu que sua bandeira tinha apenas duas cores, muita garra e sofrimento, e nunca poderia ser a mesma de seu pai.

Parabéns Dan!  Que continuemos cada vez mais Corinthianos do que nunca, e cada vez mais amigos do que sempre!

Quem acordou hoje de manhã e ligou a sua televisão na rede Globo pôde ver a um belo, belíssimo jogo de vôlei feminino. Tratava-se da final da hiper-competente Liga Feminina de Vôlei, que assim como a Liga Masculina, é extremamente  bem organizada.

Organização essa que já traz muitos frutos ao vôlei brasileiro, campeoníssimo mundo afora, e sinônimo de qualidade.

Muito disso se deve a um fator em especial: a grande maioria dos times, se não todos, é gerido por alguma empresa. O Rio, por um exemplo, campeão na manhã de hoje e que conta com ninguém menos  que o Bernardinho como seu técnico, é gerido pela Unilever, uma puuuuta empresa. O Osasco, que foi vice, antes era gerido pelo Bradesco e atualmente é gerido pela Nestlé. Alguma dúvida na competência dessas três empresas? Não, né?

Já no futebol, principalmente na década de 90 por causa da parceria Palmeiras-Parmalat, que em nada se parecia com essas parcerias do vôlei, muito se falava de transformar os clubes brasileiros em empresas, e até alguns craques do passado chegaram a abrir seus próprios times, que acabaram não dando em nada.

Mas agora, em 2013, isso aparentemente começa a mudar.

No estadual do Rio, por exemplo, temos o Audax-RJ, time do Grupo Pão de Açúcar, que está disputando pela primeira vez a principal divisão do  Campeonato Carioca. Ainda tem chances matemáticas de se classificar para a fase semi-final da Taça Rio, mas creio que não conseguirá esse feito. Ao menos não nesse ano.

E em São Paulo, que ainda não conta com nenhum clube com essa característica na principal divisão do estadual, temos na Série A2 (segunda divisão) dois clubes com eminentes chances de conseguir o acesso para a primeira divisão de 2014.

São eles: o Audax-SP (que não é uma simples coincidência no nome) e o Red Bull Brasil, time mantido pela marca de bebidas que mais tem investido em esportes no mundo inteiro.

Ao serem geridos profissionalmente esses três times possuem uma grande chance de, ao menos, fazer frente à maioria dos times pequenos e médios do nosso país. Times com apelo mais regional do que nacional podem e possivelmente serão deixados para trás por esses três times.

Quanto tempo isso pode levar? Não sei, não sou adivinho. Mas uma vantagem muito grande esses times já tem: dinheiro. E quando eles começarem a dar lucro, mas lucro de verdade mesmo, aí meus amigos, podem ter certeza que as empresas vão investir mais ainda neles.

Ok, mas será que o futebol é só isso? Será que basta ter um “pai” rico que o time crescerá e vencerá no futebol?

Quantos e quantos times que por algum tempo foram mantidos por suas prefeituras, ou por políticos, e que depois sumiram do mapa? Vejam os casos de São Caetano e Brasiliense, por exemplo, que por um tempo ganharam espaço na mídia, notoriedade, até alguns títulos e depois sumiram.

Mas, se dá certo no vôlei, por quê não dar certo no futebol?

Arrisco a dizer que o sucesso é mais garantido no esporte das quadras porque o brasileiro se acostumou com essa característica nesse esporte. Ou no basquete. Mas será que nos acostumaríamos com isso no futebol?

Campinas, por exemplo, que tem dois clubes de tradição dentro do estado, tendo o Guarani até conquistado co título do Brasileirão de 1978. Há espaço para o RB Brasil lá?

Vamos ter que ver se esses clubes vão mesmo se firmar e começar a conquistar espaço e títulos no futebol brasileiro, sinalizando que esse será o futuro do nosso futebol, ou se será apenas mais uma onda que irá passar.

Dinheiro e organização para se firmarem eles aparentemente têm. Resta saber se terão torcida…

Antes de falar do jogo dessa noite gostaria de escrever só um pouquinho sobre os dois jogos de ontem.

No Independência o Galo fez o que já está mais do que acostumado a fazer: venceu, e bem, o Arsenal de Sarandí. A goleada, com direito a um puta golaço do Ronaldinho Gaúcho, deixou os argentinos tão atordoados que a única coisa que eles puderam fazer foi partir para a briga. Normal. O que não é normal é o Felipão ainda ter dúvida se convoca o Ronaldinho ou o Kaká para a Seleção…

Já no jogo de Bogotá o Corinthians não jogou absolutamente nada, porém venceu. E eu me pergunto: se o Timão está vencendo quando joga tão mal quanto os dois últimos jogos, o que vai acontecer quando ele começar a jogar bem? Alguém aí arrisca um palpite?

Mas essa noite vai ter uma cor a mais. Ao invés apenas do preto e do branco de Corinthians e Atlético Mineiro, a noite também vai ter o vermelho, e se tornar São-Paulina.

O Tricolor vai à La Paz para enfrentar o Stronghest e a altitude cruel. Vai ser jogo complicadíssimo para o time de Nei Franco, principalmente porquê a vitória do Galo no jogo de ontem , apesar de ter sido boa para o São Paulo, também foi boa para o time boliviano, mantendo-o no páreo por uma vaga na próxima fase.

O que tem deixado a exigente torcida Tricolor um pouco mais tranqüila é que o técnico Ney Franco desistiu de jogar com três atacantes e passou a formar o meio de campo com dois jogadores de armação, Ganso e Jadson, e dois atacantes mais à frente. O esquema se mostrou mais eficiente no último jogo, contra o Corinthians, e parece que será mantido pelo treinador para hoje à noite.

O que preocupa é mais uma ausência do atacante Luís Fabiano, idolatrado pela torcida São-paulina, mas um belo de um enganador na opinião desse blogueiro que vos escreve.

De qualquer forma esperamos que o Tricolor repita os feitos de Palmeiras, Atlético Mineiro e Corinthians, e também vença para fechar a semana com chave de ouro.

Copa do Brasil:

Apenas um comentário breve sobre os jogos de ontem na Copa: quem disse ao Flamengo que seria fácil enfrentar o Remo, lá no Pará?

A vitória Rubro-Negra veio com um belo gol, porém com em um jogo equilibrado em que o empate, por muitas vezes, esteve perto de acontecer.

Mas o Flamengo passa para a próxima fase. Passa?

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Depois da boa vitória do Alviverde Palmeiras na noite de ontem, hoje é a vez dos Alvinegros entrarem em campo pela Libertadores da América.

Em Belo Horizonte, numa situação pra lá de confortável, o já classificado e líder Atlético Mineiro recebe o argentino Arsenal de Sarandí, em busca de manter os 100% de aproveitamento e, de quebra, ficar cada vez mais próximo do primeiro lugar geral na classificação dessa fase.

O Galo, que conta com um desfalque enorme do seu garoto revelação Bernard, tem todas as condições de vencer o jogo dessa noite e, meio que sem querer, ajudar o São Paulo na luta pela classificação para a próxima fase.

Favorito o Alvinegro mineiro é e tem time para ganhar, e bem, dos argentinos.

Numa situação nem tão confortável assim, mas também nada desesperadora, o Corinthians vai à Bogotá para enfrentar o Millonarios, sonhando com a primeira colocação do grupo, mas lutando mesmo é para se classificar bem como segundo colocado.

Acho difícil que os mexicanos do Tijuana percam a primeira colocação para o Alvinegro paulista, porém também é bem possível que o time mexicano enfrente dificuldades na altitude de Oruro, onde enfrentará o San José um pouco mais cedo.

 De qualquer forma, para sonhar com esse primeiro lugar o Timão deverá vencer os colombianos na noite de hoje, caso contrário pode ir se contentando com o segundo lugar no grupo.

Apesar de torcer pela vitória do meu time de coração nessa noite, acho que o Timão vai voltar mesmo é com um empate, que também pode ser considerado um bom resultado, lá da Colômbia.

É esperar para ver, e torcer!

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Na noite dessa quarta-feira terá início, com 13 partidas, a vigésima quinta edição da Copa do Brasil.

Um torneio que esse blogueiro particularmente gosta, principalmente agora, pois possibilita que times do Norte ao Sul do país tenham a mesmíssima chance de conquista.

Um torneio que já teve entre seus campeões times como o Criciúma, de Santa Catarina, o Paulista e o Santo André de São Paulo, todos enfrentando e vencendo grandes times do futebol brasileiro na final. A Copa tem como seus maiores vencedores o Grêmio e o Cruzeiro, com quatro conquistas cada e apenas três dos grandes clubes do país ainda não conseguiram conquistá-la: São Paulo, Botafogo e Atlético Mineiro.

Esse ano marca a correção de um erro histórico da Copa, com a volta à disputa dos times que jogam a Libertadores desse ano. Para isso o torneio sofreu um grande inchaço e passou a ser disputado durante o ano inteiro.

Até o dia 27 de novembro teremos esse delicioso torneio para acompanhar. E isso é muito bom.

É bom porque vai diminuir pela metade, ou até zerar, o número de times que entram no segundo semestre jogando o Brasileirão apenas para cumprir tabela, afinal a vaga na Libertadores do ano que vem já está garantida. Não é ótimo isso?

Com exceção ao São Paulo, que irá disputar a Copa Sul-Americana por ser o seu campeão atual, teremos todos esses times que estão aí disputando a Libertadores 2013 entrando direto na fase de oitavas de final da Copa do Brasil, lá para agosto.

Juntando-se a eles estarão os dez times que passarão por essas três fases iniciais. Nas duas primeiras fases ainda valerá o critério da vitória por 2 ou mais gols de diferença fora de casa eliminar o jogo da volta  e os participantes brasileiros da Copa Sul-Americana desse ano (com exceção ao Tricolor Paulista) sairão dos times que forem eliminados na terceira fase do torneio.

Essa escolha dos times que representarão o país na Sul-Americana é que eu acho que poderia ser melhorada. Mas, para esse ano, é isso o que temos.

É certo que nessa primeira fase teremos muitos “joguinhos”, mas vale prestar atenção em como é a realidade do futebol brasileiro longe dos grandes centros, das grandes cidades. Jogos como Águia de Marabá-PA vs. Nacional-AM ou Luverdense-MT vs. Tupi-MG escancaram como o nosso esporte é, e poderia ser cada vez mais, nacional. Talvez o confronto mais interessante dessa primeira fase seja entre Remo e Flamengo, hoje à noite na capital do Pará.

Ainda é difícil fazer qualquer tipo de previsão e as possíveis zebras dessa primeira fase poderiam soar como catástrofes futebolísticas para alguns clubes grandes brasileiros que não estão tão bem das pernas assim.

Agora serão 86 clubes na luta. Na luta pela Copa do Brasil…

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Hoje o Palmeiras entra em campo contra o Tigre, da Argentina, em jogo válido pela 4a rodada do Grupo 2 da Libertadores.

Jogo complicadíssimo para o time Alviverde, que em três jogos somou apenas 3 pontos, com uma vitória e duas derrotas, ambas fora de casa.

Jogo para a torcida Palmeirense lotar o Pacaembu e apoiar o time do início ao fim do jogo, independente do que aconteça dentro de campo, durante os 90 minutos.

Apoiar porque mais uma vez o técnico Gilson Kleina, que já tem um elenco muito limitado tecnicamente, vai ter que administrar uma série de desfalques para conseguir montar seu time. Para ser mais exato o técnico terá, para o jogo de hoje, seis desfalques no elenco.

Isso sem contar os dois jogadores que vieram do Grêmio e não puderam ser inscritos nessa fase pelo Palmeiras, já que haviam sido inscritos na fase anterior pelo time gaúcho.

Só isso já é motivo suficiente para que os jogadores que entrarem em campo tenham total apoio vindo das arquibancadas. Mas tem mais. Com a situação complicada no seu grupo, o Palmeiras precisa e muito da vitória na noite de hoje.

Caso ganhe os três pontos o time do Parque Antártica assume a segunda colocação do grupo e terá, na quinta rodada, o confronto decisivo contra o Libertad do Paraguai.

No caso de uma derrota, o que eu não acredito que aconteça, a situação Verde ficará muito complicada, pois o resultado deixaria o time na última colocação do grupo.

Não será fácil e por isso mesmo está na hora da imensa torcida Palmeirense abraçar esse time e apoiá-lo do inicio ao fim.

Afinal, não é isso que significa o Avanti Palestra???

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No último domingo o Flamengo foi derrotado pelo Audax-RJ, em jogo válido pela 4a. rodada do grupo B da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.

O resultado deixou o Rubro Negro na quarta colocação do seu grupo, seis pontos atrás do vice-líder Fluminense, restando apenas 3 jogos para cada equipe. Para se classificar para a próxima fase o Mengo precisa vencer seus três jogos e torcer para que o Tricolor faça, no máximo, dois pontos.

Uma situação muito complicada de se reverter. E que já está gerando reflexos dentro e fora de campo. Pior se lembrarmos que o Mengão não venceu a Taça Guanabara e, portanto, não está garantido nas finais do Carioca 2013.

O time, montado nesse ano, já trocou de treinador e vem sofrendo com as críticas da imprensa e de sua torcida, que já elegeu o zagueiro Alex Silva como um dos vilões dessa má fase.

Mas, por outro lado, pela primeira vez em muitos anos a diretoria (que assumiu o clube recentemente) informou que a folha de pagamento do clube está em dia, não havendo mais atrasos com relação a nenhum jogador do elenco.

Desde que o presidente Eduardo Bandeira de Mello assumiu, no início do ano, ele vem anunciando e falando que a prioridade do clube nesse momento é a sua reestruturação financeira/administrativa. Essa é uma bandeira (sem fazer trocadilho) que o presidente está empunhando de uma forma muito consistente, visto a desgraça administrativa que foi a última gestão do clube.

Com uma política de redução de salários e contratação de jogadores dentro de uma realidade possível para o clube, o presidente Bandeira vem reformulando não só o elenco do time da Gávea, mas também a cultura administrativa existente no clube.

Mas no futebol não basta ter um excelente resultado financeiro/administrativo. Os maiores interessados no clube, seus torcedores, agem e raciocinam de forma passional e se interessam quase que exclusivamente pelos resultados dentro de campo.

Numa mesa de bar não vai ser esse o tipo de argumento que um torcedor Flamenguista poderá utilizar contra os seus rivais. De nada adiantará, para ele torcedor, falar que a folha de pagamento do seu time está em dia se o mesmo estiver desclassificado do campeonato (qualquer que seja).

Porém, sabemos também que o remédio para curar alguma doença muitas vezes tem gosto amargo e ruim, e raramente é desejado pelo doente.

Para termos um Flamengo forte para a disputa dos próximos campeonatos, e lembremos que vem por aí a Copa do Brasil e o Brasileirão, a gestão deve se preocupar desde já em ser eficiente não só dentro de campo, mas fora dele também.

E essa é uma equação complicadíssima que todo gestor de clube deve resolver: Como conseguir resultados dentro e fora de campo?

Por enquanto os dirigentes do Flamengo estão optando pelo resultado de fora do campo, com o intuito de conseguir fortalecer seu clube para que, num futuro próximo, os resultados venham também dentro do campo.

E eu apoio essa iniciativa da nova diretoria do Flamengo!

O fim do m1to?

Posted: 01/04/2013 in Uncategorized
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O que mais se ouviu falar após o apito final do jogo entre São Paulo e Corinthians na tarde desse domingo foi sobre o “polêmico” pênalti sofrido pelo atacante Corinthiano Alexandre Pato.

O pênalti, como pode se ver na foto desse post, foi cometido pelo goleiro Tricolor, Rogério Ceni.

Não vou entrar no mérito se foi ou não pênalti, até porquê minha opinião pode ser considerada como imparcial, principalmente porque eu acho que sim, foi pênalti.

Mas não é esse o intuito do post. Como consequência desse lance, e por duas falhas ocorridas durante o jogo, outro assunto que entrou em pauta nas discussões dos programas de futebol da imprensa paulista foi, com certa razão, a carreira do goleiro Rogério Ceni.

Com 40 anos nas costas é inevitável que constantemente a continuidade de sua carreira seja questionada pela imprensa. Tá certo que muitas vezes há um grande exagero naquilo que é escrito e falado por aí, mas a idade do goleiro justifica, de certa maneira, esse questionamento.

Pela idade sim, isso pode ser questionável. Pela qualidade, não.

Rogério Ceni foi e ainda é um dos melhores goleiros do país. E as falhas, ou o pênalti cometido no último clássico não tiram dele esse status.

Porém não tem como se lutar contra o tempo e esse está passando para o m1to Tricolor, na mesma velocidade que passa pra mim, pra você e para todos nós.

E começar a pensar na aposentadoria já deve ser uma prática do maior goleiro-artilheiro que o futebol já produziu. Se não é, deveria ser.

A aposentadoria de Rogério Ceni já é tão eminente que, na opinião desse blogueiro, deveria ser realizada de supetão, como se fosse um fato qualquer e corriqueiro na vida dele e do clube, e o quanto antes.

Não que ele não mereça todas as homenagens que certamente receberá, não é isso. Mas acho que o ideal para o caso do goleiro seria anunciar numa sexta-feira qualquer que “No domingo faço meu último jogo!” e, assim, sem mais nem menos, se aposentar.

Sem ficar anunciando que no final desse ou daquele ano, desse ou daquele campeonato, ele vai parar. Sem ficar causando expectativa de encerrar a carreira como campeão desse ou daquele torneio, pois o goleiro m1to já foi campeão desse, daquele, daquele outro e de mais aquele torneio também.

Não é isso que será importante, ao menos nesse momento.

O importante é se aposentar antes que os erros se tornem mais comuns que os acertos.

E é por isso que eu faço um apelo: Pare Rogério!

Pare enquanto você está por cima e ainda é o m1to que todos sabem que você é. E faça isso de uma hora para outra, sem muitas expectativas e promessas. 

Não que mais uma, duas ou cem falhas vá anular tudo o que você fez pelo futebol São-Paulino e brasileiro, mas, por favor, não espere também que sua carreira caia num ostracismo em que apenas aqueles que torcem pelo São Paulo lembrem-se de você com saudades.

Como foi o caso, por exemplo, do goleiro Marcos, ex-Palmeiras. São Marcos ficou marcado muito mais pela pessoa que é, do quê pelo goleiro que foi. A não ser, é claro, para os Palmeirenses, para os quais ele será sempre santo.

Rogério Ceni tem a oportunidade de encerrar sua carreira e deixar em todos os amantes do futebol aquele gostinho de quero mais, e não pode desperdiçar essa oportunidade.

Dentro de campo ele já fez tudo o que podia pelo São Paulo e pelo futebol. Talvez agora seja a hora de começar a fazer fora de campo a diferença que, por muitos anos, você fez dentro dele.

E que o São Paulo já esteja preparando um substituto, não à sua altura, é claro, mas que possa assumir a camisa 1 do time do Morumbi sem ter medo de assumi-la. É esperado que o clube que ficou reconhecido por seu planejamento e sua administração eficientes nos últimos 20 ou 25 anos tenha também planejado esse momento, essa reposição.

Pois, caso contrário, o vácuo deixado pelo Rogério Ceni vai ser maior do que apenas a aposentadoria de um ídolo. E esse é um risco que o São Paulo não pode correr.