Algumas lições

Posted: 14/07/2014 in Uncategorized
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Lições tão certas quanto 1+1=2.

Lições tão certas quanto 1+1=2.

Como dizem os melhores filósofos, e se eles não dizem deveriam dizer, toda experiência em nossa vida deve ser vista como uma lição a se aprender.

Desde a mais simples até a mais complexa delas.

E se teve uma experiência rica em lições para o Futebol em Terras Brasilis, essa foi a Copa do Mundo.

Evento riquíssimo em lições para o nosso futebol, não só no que tange a Seleção Brasileira, mas no todo.

Eis algumas delas que aprendemos, ou que ao menos deveríamos ter aprendido:

  • Aprendemos que somos sim capazes de organizar grandes eventos, que nosso país não é essa calamidade toda que achávamos e que era;
  • Como aprendemos, também, que não importa o quanto fiscalizemos, e olha que as obras da Copa ficaram sob os olhares atentos da imprensa, as nossas obras vão sim atrasar e vão sim custar o dobro, ou o triplo, do orçamento original;
  • Nesse ponto deveríamos, mas talvez não conseguimos, aprender a planejar melhor nossas obras para que custem o que foi orçado e sejam entregues no prazo acertado;
  • Aprendemos que é possível fazer com que um jogo comece no horário previsto;
  • Melhor que isso, aprendemos que é possível fazer com que dois jogos, em duas cidades distantes, comecem no mesmo horário e tenham o retorno do intervalo inacreditavelmente também no mesmo horário;
  •  Aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, a tratar o cara que paga ingresso, que toma chuva ou sol para assistir a este esporte, o famoso torcedor, como parte tão essencial para o espetáculo quanto os 22 jogadores que vão ao campo;
  • Aprendemos que torcer para o time diferente do seu não significa necessariamente que torne o outro seu inimigo e que é bem possível sentar-se ao lado dele num estádio de futebol;
  • Por falar em sentar, aprendemos que é possível respeitar-se o assento que está marcado no ingresso e que ninguém precisa se mudar de lugar apenas porque não está vestindo a camisa da torcida organizada que “ocupa” determinado espaço do estádio;
  • Também aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, que a segurança do espetáculo é responsabilidade de seus organizadores, cabendo à Polícia Militar cuidar apenas do entorno;
  • Como aprendemos que a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios não é, de maneira alguma, a maior responsável pelas violência em nossos estádios;
  • Foi possível aprender também que os novos estádios, que agora servirão basicamente para atender o nosso futebol, exigem de autoridades, organizadores e torcedores um novo comportamento, uma nova visão sobre o futebol, aquela em que se entende que uma partida de futebol profissional é um evento, um espetáculo e uma forma de lazer apenas;
  • Aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, que a Seleção nacional é o resultado de um trabalho mais extenso, e não o trabalho em si. Talvez seja utópico querer fazer aqui o que a agora tetracampeã Alemanha fez por lá nos últimos 15 anos, mas devemos ter a mentalidade que não basta apenas convocar os melhores jogadores e colocá-los no campo.

Se aprendermos essas poucas (entre tantas outras) lições, certamente teremos não só uma Seleção Brasileira melhor para 2018, mas também futebol melhor todos os dias para nossos torcedores.

E, depois do êxtase que foi essa Copa, o blog Futebol em Terras Brasilis vai dar uma parada por uns dias, mesmo sabendo que depois de amanhã já volta o Campeonato Brasileiro e começa a disputa da Recopa Sul-America, com o Galo enfrentando o Lanús.

Um pouco de descanso se faz necessário pros próximos dias.

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