O maior título do Flamengo

Posted: 08/04/2015 in Uncategorized
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Mengão deixa seus rivais pra trás e garante sua maior conquista.
Zico com as taças da Libertadores e do Intercontinental de 1981. O título desse ano pode ser mais importante do que esses dois juntos!

Zico com as taças da Libertadores e do Intercontinental de 1981. O título desse ano pode ser mais importante do que esses dois juntos!

O Flamengo ainda não foi campeão do Carioca de 2015.

Até porquê, esse campeonato nem acabou ainda e nem poderia ser considerado como o maior título da história Rubro-Negra.

Tampouco já tenha conquistado algum outro título dentro das quatro linhas em 2015.

Mas 2015 pode ficar marcado para sempre nessa tão linda e tão rica história.

Porque, se dentro do campo ainda nenhum título foi conquistado, fora dele o Mengão foi show.

Na noite de ontem o conselho deliberativo do clube da Gávea aprovou, por unanimidade, uma emenda ao estatuto do clube que pode revolucionar o futebol brasileiro.

Isso, é claro, se os demais clubes considerados grandes aprenderem com o exemplo Rubro-Negro.

A emenda aprovada vai ao encontro daquilo que prega o mercado empresarial, daquilo que pede o Bom Senso FC (e todos que com ele concordam) e, principalmente, com a Medida Provisória 671, popularmente conhecida como MP do Futebol.

E que emenda é essa?

É a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra, que, na prática, joga nas costas dos dirigentes a responsabilidade por seus atos enquanto ocupam um cargo eletivo no clube.

Traduzindo: os presidentes responderão, inclusive com seu próprio patrimônio, se ficar comprovada uma gestão que cause prejuízos aos cofres do clube, se sonegar tributos ou se se apropriar indevidamente dos recursos do clube.

A emenda prevê desde inegibilidade (impossibilidade de se eleger novamente) por até 15 anos, além de perda de mandato para os presidentes, e demais cargos eletivos, caso ocorra situação desse tipo.

Como se não bastasse, a emenda ainda exige transparência na situação financeira do clube e que o orçamento anual passe a prever limitação de despesas, avaliação de metas, metodologias de cálculos e relatórios de acompanhamento de execução.

Tudo tal qual acontece em qualquer empresa bem administrada do mundo.

Ah, e como se boa notícia pouca não é bobagem, tudo isso já passa a valer para o atual mandato do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que já começa a trabalhar para se reeleger.

Ou seja, o cara não teve medo de que o conselho aprovasse tal emenda, visto que buscará, em breve, uma reeleição ao cargo de presidente do clube.

Como eu escrevi lá em cima, o Mais Querido é o primeiro clube brasileiro a ajustar seu estatuto para a nova MP do Futebol, que nem aprovada não fora ainda, mas que promete adequar a gestão dos clubes que buscarem um refinanciamento de suas dívidas com a União.

É um passo e tanto para um clube que até alguns anos atrás fingia que pagava para que os jogadores fingissem que jogavam, como bem resumiu o meia Vampeta durante sua passagem pela Gávea.

Sendo responsáveis pela gestão financeira dos clubes, podendo responder inclusive com seus patrimônios, presidentes e vice-presidentes eleitos passarão a buscar com mais ênfase aquilo que se chama governança corporativa, que nada mais é do que uma gestão eficiente e transparente dos recursos da instituição (resumindo a grosso modo).

É complicado avaliar como tal emenda irá influenciar dentro das quatro linhas.

Acredito que, por ter aprovado essa emenda, a gestão atual do clube já esteja trabalhando bem alinhado a essas novas regras e que, por isso, pouca coisa vá mudar na gestão do time.

Se for isso mesmo, o que é mais factível, é possível que o Fla não sofra nenhum baque de momento (que facilmente ocorreria em clubes que tivessem que se adaptar a essa nova realidade da noite pro dia) e o elenco atual, e futuros elencos, só venha a ganhar com isso.

E quando o elenco ganha fora de campo, as chances de ganhar dentro dele são enormes.

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