Posts Tagged ‘copa do mundo’

História de Torcedor de hoje não poderia deixar de ter a ver com o principal campeonato de futebol do planeta, a Copa do Mundo.

Afinal, estamos no meio da 20ª edição do torneio, que pra felicidade do Futebol em Terras Brasilis está sendo disputada em nosso solo.

Mas, muito mais do que uma mera história sobre o que eu vivi numa Copa do Mundo, o relato de hoje pode ser mais compreendido se for lido como uma homenagem.

Pequena, mas uma homenagem.

Homenagem a alguém que, se não tivesse vivido, eu também certamente não estaria aqui.

Homenagem à minha mãe, que se estivesse encarnada estaria completando, hoje, 69 anos de idade.

Dona Luiza Estela Silveira Lopes, Lú para os mais próximos e mãe para apenas três.

Parabéns mãe!

Que Deus possa continuar te abençoando em seu caminho e que possamos, eu, meus irmãos, meu pai e seus netos sentir as boas vibrações que sempre recebemos vindas de você.

E que a festa seja animada de verdade dessa vez!

Minha mãe, em foto com meu irmão Leonardo, que nem havia nascido ainda em 86. Saudades imensas de você, mãe.

Minha mãe, em foto com meu irmão Leonardo, que nem havia nascido ainda em 86. Saudades imensas de você, mãe.

Festa (?) de aniversário:

Tenho poucas lembranças da Copa do Mundo de 1982.

A principal delas, certamente, foi da tristeza que tomou conta da sala lá de casa na derrota da Seleção Canarinho para a Itália de Paolo Rossi.

E só.

A primeira Copa que acompanhei mais foi, sem dúvida alguma, a de 1986, quando eu já tinha 9 anos completos e já era um mini-apaixonado por futebol.

Nessa Copa vivemos uma espécie de ressaca de 1982, com a Seleção sendo ainda comandada por Telê Santana e com alguns craques vindos daquela Copa inesquecível (como Zico e Sócrates, por exemplo).

Em 86 o caminho da nossa Seleção foi sendo percorrido de maneira até bastante simples.

Na fase de grupos pegamos, e vencemos, a Espanha (1 a 0), a Argélia (de novo 1 a 0) e a Irlanda do Norte (3 a 0).

Nas oitavas atropelamos a Polônia por 4 a 0 e chegamos entre os oito melhores do Mundial com quatro jogos, quatro vitórias, 9 gols marcados e nenhum sofrido.

Já era motivo para todos declararem o Brasil como um dos favoritos ao título, mesmo tendo naquele ano a Argentina de Maradona.

Enquanto tudo isso acontecia, o aniversário da minha mãe se aproximava e ela, que sempre gostava de ver a casa cheia, se animava para fazer uma festinha.

Afinal, não é todo ano que seu aniversário cai num sábado, né?

E naquele 1986, quando completava seus 41 anos, o dia 21 de junho, que marca também o início do inverno no nosso hemisfério, cairia num sábado.

Coincidentemente, aquele dia 21 de junho marcava também o início da disputa das quartas de final da Copa do Mundo.

E o primeiro jogo era o do Brasil.

Lógico que muitos detalhes eu não vou me lembrar, mas me lembro perfeitamente que minha mãe marcou sua festa para aquela tarde, que seria uma comemoração com comidas típicas de festa junina, afinal era junho, e que o jogo seria apenas mais um motivo para comemorarmos.

A ideia pareceu excelente.

No dia 21 de junho de 1986 a casa estava arrumada para a festa. Naquela época ainda não tínhamos tantas bandeiras pra lá e pra cá, mas alguma coisa sempre se fazia para marcar a experiência de mais uma Copa.

Lembro que morávamos em um apartamento bem grande na Lins de Vasconcelos, aquelas construções antigas onde o apartamento era sim espaçoso, e por isso daria para fazer a festa lá mesmo, preparando para lá, também, a comemoração com a vitória da Seleção Brasileira.

Praticamente ninguém contava com mais uma eliminação brasileira.

Se não tínhamos o timaço de 1982, ao menos estávamos com uma Seleção competitiva e que iria pegar a tal da França, atual (para aquela época) campeã europeia, mas com pouquíssima tradição em Copas do Mundo.

A França de 86 era algo parecido com o Portugal desse ano.

Estava a baba do quiabo.

Doce inocência.

Certamente também não me lembro de todos os detalhes do jogo, afinal eu era apenas uma criança ainda.

Mas me lembro daquelas malditas cobranças de pênalti.

Lembro que naquela cobrança francesa que bateu na trave e nas costas do goleiro brasileiro, Carlos, meu pai gritava com a televisão pedindo que anulassem a cobrança, dizendo que não poderia valer aquele gol.

Meu pai não era o único que gritava.

Me lembro também da aflição, e depois do alívio, de todos quando viram que o Galinho pegara a bola para a cobrança de pênalti. Afinal, ele havia perdido um pênalti durante o jogo, mas acabou convertendo a sua cobrança na decisão.

Alegria.

Que foi maior quando o ídolo deles, Michel Platini, isolou sua cobrança, fazendo com que o Brasil empatasse a série na quarta cobrança.

Que rapidamente se transformou em tristeza, quando o zagueiro, sim um zagueiro cobrou o último pênalti do Brasil, mandou a bola na trave.

E que se tornou em depressão quando o último francês, um tal de Fernández, cobrou e converteu seu pênalti.

Pronto, o fantasma do Sarriá estava novamente sob nossas cabeças.

O Brasil estava eliminado.

E a festa acabada.

E não importava o que eu fizesse, e eu juro que lembro que tentei convencer a todos (do jeito que uma criança faz, claro) de que era a festa de aniversário da minha mãe, e que não devíamos ficar tristes na festa.

De nada adiantava.

Pra falar a verdade, acho que nem minha mãe queria mais continuar aquela festa.

O clima parecia mais com o de um velório.

A Copa havia acabado para o Brasil.

E havia acabado com a festa da minha mãe.

Se tem algo para quê o empate em 0x0 entre Brasil e México serviu ontem foi para conseguirmos simular, sem muitas distorções, como estariam as oitavas de final da Copa após o término da primeira rodada, e início da segunda.

Porque se um dos dois saíssem vencedores, não poderíamos fazer a simulação até que as outras duas seleções do grupo também fizessem seu jogo.

Com o empate tanto Brasil, quanto México, se mantiveram na primeira e segunda colocações do grupo, respectivamente, e não poderão ser alcançados por Camarões ou Croácia nessa rodada.

E, junto com essa primeira prévia, vamos fazer também um balanço do que foi a primeira rodada da Copa.

Ao final do post colocarei minhas impressões sobre o desempenho da Seleção Canarinho no jogo de ontem.

Prévia das oitavas, retirada do Portal UOL.

Prévia das oitavas, retirada do Portal UOL.

As oitavas:

Algumas surpresas entre os times que teoricamente estariam nas oitavas de final.

E vale ressaltar que, por conta de dois empates ocorridos na primeira rodada, entre Irã 0x0 Nigéria e Rússia 1×1 Coreia do Sul, onde lemos os nomes de Irã e Coreia no quadro ao lado podem também ser considerados os nomes de Nigéria e Rússia, uma vez que os critérios de desempate válidos para a Copa não teriam utilidade na primeira rodada.

Mas, tirando esses dois fatos, é bem interessante imaginar, por exemplo, uma oitavas entre Brasil e Chile. E o que é pior, com a Holanda enfrentando o México, ao invés da toda poderosa Espanha.

Outra surpresa é a presença da Costa Rica, principalmente como primeira colocada do grupo onde temos Itália, Inglaterra e Uruguai. Seria um duelo de Costa a Costa (a piada era imperdível).

Outros jogos que seriam bem interessante, embora sem muitas surpresas, seriam entre Argentina e Suíça e Bélgica e Estados Unidos. Dois confrontos com pouca possibilidade de se prever quem avançaria para as quartas.

No mais ver uma Alemanha contra a Coreia seria até injusto. França passaria fácil pelo Irã, mas não sei se passa pela Nigéria. Colômbia e Itália seria um puta jogão também, muito mais pela festa que os colombianos estão fazendo em nosso país e Holanda e México daria Laranja tranquilamente.

Vamos ver quais desses confrontos realmente vão acontecer, uma vez que tudo pode mudar nos próximos 31 jogos dessa fase.

Balanço da 1ª rodada:

Sem sombra de dúvidas nem medo de errar as duas seleções que mais ganharam destaque na primeira rodada foram Holanda e Alemanha.

E por motivos óbvios: foram as duas seleções que aplicaram as maiores goleadas da rodada.

E, apesar de seus jogos terem sido goleadas por 5×1 e 4×0 respectivamente, essas seleções não pegaram nenhuma baba do Mundial não. Ganharam de Espanha, a tida melhor seleção do mundo, e Portugal, que tem o melhor jogador do mundo.

Embora saibamos que, no caso de Portugal, eles tem o melhor jogador do mundo e mais nada, né?

É só lembrar que não conseguiram nem se classificar em primeiro no seu grupo da eliminatória europeia, que contava com Rússia (que ficou na primeira colocação), Israel, Azerbaijão, Irlanda do Norte e Luxemburgo (só timaço hein).

Outro destaque ficou por conta da zebra Costa Rica que ganhou, e bem, da seleção uruguaia. Basta lembrarmos, caros leitores, que o Uruguai veio para essa Copa do Mundo como o atual campeão da Copa América e a melhor seleção Sul-Americana do último mundial.

Ou seja, era sim um dos candidatos a uma semifinal (ao menos).

Outro grande destaque dessa primeira rodada foi o elevado número de gols marcados.

No total foram marcados 49 gols em 16 jogos (sem considerar o jogo do Brasil de ontem, que foi válido pela segunda rodada), o que dá uma média de 3,06 gols por jogo.

Só para o leitor ter uma ideia do que isso significa, nos últimos três mundiais (desde quando foi adotado esse mesmo formato com 32 seleções) as médias de gols das primeiras rodadas foram: 2,87 em 2002 (46 gols marcados); 2,43 em 2006 (39 gols marcados); e 1,71 em 2010 (com apenas 25 gols marcados).

Ou seja, estamos muito superiores aos últimos mundiais.

Que isso se mantenha assim até o o último dia de competições, em 13 de julho, quando conheceremos o novo campeão mundial.

Brasil 0x0 México:

Que conclusão podemos tirar quando os melhores jogadores em campo são defensores ou até mesmo um goleiro?

De que o ataque de um time foi superior ao do outro, certo?

Mas e quando os melhores jogadores são os defensores de um time e o goleiro do outro time?

Foi isso o que aconteceu no jogo entre Brasil e México, em Fortaleza, na tarde de ontem.

O goleiro mexicano operou verdadeiros milagres tanto no primeiro, quanto no segundo tempo.

E a dupla de zaga brasileira, mais o volante Luiz Gustavo, foram monstros durante todo o jogo de ontem.

Sinal claro de que as defesas se saíram bem melhor do que os ataques e o 0 a 0 acabou sendo o resultado mais justo.

Sinto que estamos vivendo algo entre o sonho que foi a Copa das Confederações e a realidade que é a Copa do Mundo. Se na primeira, no ano passado, o Brasil foi campeão sem perder um ponto sequer, na segunda já estamos encontrando mais dificuldades do que imaginávamos.

A vitória de virada, com um pênalti inexistente, sobre a Croácia e o empate de ontem com o México podem sim acender uma luz amarela, que não tem referência nenhuma com a camisa da nossa Seleção, na cabeça do técnico Luiz Felipe Scolari.

O Brasil, que pode até se classificar perdendo para Camarões, tem que começar a jogar melhor se quiser fazer ao menos um jogo no Maracanã, no dia da grande final.

Porque se continuarmos assim, na hora de enfrentar uma Holanda, uma Argentina ou uma Alemanha, certamente teremos mais frustrações do que alegria pela frente.

Tá na hora de acordar Seleção!

 

logo-copa-201411Pode ser um pouco de romantismo de quem sempre sonhou em ver a Copa do Mundo sendo disputada em Terras Brasilis, mas creio que desde 1986 não temos um começo de Copa tão entusiasmante como esse.

E não falo baseado em números, como sempre o faço, até porquê sei que esses seriam apenas para comprovar isso que estou afirmando.

Mas falo também pela qualidade dos jogos que pude assistir até aqui.

Olha, dos que eu vi apenas o jogo de hoje entre França e Honduras não foi tão empolgante, e mesmo assim manteve a média de gols elevada com os 3 a 0 aplicados pelo time da Galícia.

Dos onze primeiros jogos da Copa assisti a 8 deles (só perdi Chile 3×0 Austrália, Colômbia 3×0 Grécia e Uruguai 1×3 Costa Rica – vi só o finalzinho) e todos os que eu vi me agradaram de alguma maneira.

Destaque óbvio para a goleada impiedosa da Holanda sobre a Espanha, à boa vitória da Itália sobre a Inglaterra e à virada da Suíça sobre o Equador, no último minuto mais eletrizante da Copa até agora.

Parece que o país do futebol está fazendo bem às seleções que aqui vieram, pois todos os jogos que vi pude perceber que as seleções têm entrado em campo muito mais preocupadas em marcar gols e vencer do que em apenas se defender para não perder.

E isso que tem atraído muito a minha atenção.

Com uma média de gols bastante elevada (37 gols em 11 jogos, média de 3,36 gols por jogo), a melhor desde 1958, e nenhum empate registrado até agora, o Mundial desse ano tem realmente tudo para entrar para a história como a Copa das Copas, porém não essa propagada pelo governo.

A Copa das Copas dentro de campo.

Depois de resultados bastante surpreendentes (como a goleada holandesa, ou a vitória costarriquenha) fica difícil continuar fazendo prognósticos para os próximos jogos, o que aumenta mais ainda a perspectiva sobre o Mundial.

O negócio é relaxar na frente da TV (ou no estádio para quem teve essa sorte) e curtir o momento mágico pelo qual nossos campos estão passando por esses dias.

Jogadores brasileiros comemoram o primeiro gol, a favor, da nossa Seleção na Copa.

Jogadores brasileiros comemoram o primeiro gol, a favor, da nossa Seleção na Copa.

Que o Brasil não jogou, ontem, nem a metade daquilo que muitos de nós (eu inclusive) esperávamos, disso ninguém duvida.

Mas, também, que o Brasil foi muito superior à Croácia, parece que também ninguém duvida, não é?

A Seleção Brasileira sentiu sim o peso de uma estréia em Copa do Mundo jogando em casa e o começo do jogo foi pra lá de estranho.

Parecia que todo mundo queria fazer tudo ao mesmo tempo e o que acabou realmente acontecendo era o que ninguém previa: o primeiro gol da Copa, no Brasil, foi contra….

Marcelo, aquele do nome mais bonito da Seleção, acabou empurrando pra dentro do gol uma bola que fora ligeiramente desviada por um atacante Crota que o nome termina com “ichi”.

Até no primeiro gol brasileiro, que tenha sido para nós, a coisa foi meio estranha. O meia Oscar, um dos melhores em campo, brigou por uma bola no meio de campo, tocou para o Neymar que, de longe, arriscou um chute fraco… mas tamanha fora a precisão do chute que a redonda entrou no cantinho.

A partir daí, com uma sensação de maior tranquilidade, a Seleção foi se acertando em campo e terminou o primeiro tempo podendo até estar vencendo.

A coisa mudou um pouco no início do segundo tempo, quando parecia que a seleção Croata iria dar mais trabalho do que imaginávamos.

Mas com o passar dos minutos o time Canarinho foi retomando o controle do jogo e, aos 25 minutos do segundo tempo, em um pênalti que não existiu, Neymar virou para a Seleção.

Daí em diante a coisa foi só alegria, com a Croácia pouco ameaçando o gol do Brasil e com Oscar coroando sua participação no primeiro jogo com um gol no final, selando de vez a nossa vitória.

Importantíssimo dizer que as duas substituições feitas por Felipão (trocando o apagado Paulinho por Hernanes e Hulk por Bernard) foram fundamentais para o Brasil virar o jogo.

E agora, com a vitória sobre o adversário mais chato do grupo, podemos afirmar que o Brasil se classificará sim como primeiro colocado.

Jogos de hoje:

Três jogos estão marcados para hoje.

Ainda pelo grupo A, do Brasil, Camarões e México se enfrentam na Arena das Dunas, em Natal.

Com a Croácia tendo perdido o primeiro jogo para a nossa Seleção, quem vencer desse confronto já dará um belo passo para as oitavas de final.

E eu acho que o vencedor será os Camarões.

Depois teremos dois jogos pelo grupo B.

Às 16 horas, um puta, mas um puta jogão!

Espanha e Holanda farão a reedição da final da última Copa, quando a Espanha venceu a Laranja Mecânica na prorrogação.

E hoje o equilíbrio não deve ser diferente.

Tanto que eu até aposto em um empate, só que dessa vez com muitos gols para encher os baianos de alegria.

Certamente farei de tudo para acompanhar esse jogo.

E, às 18 horas, será a vez de Chile e Austrália estrearem na Copa.

E essa é uma grande oportunidade para os chilenos conseguirem uma vitória nesse grupo e, quem sabe, já começarem a Copa como líderes do seu grupo.

Pode ser que aconteça.

Daqui a pouco mais de 5 horas terá início o maior campeonato de futebol do mundo. Às 17 horas de Brasília será dado o pontapé inicial à 20ª edição da Copa do Mundo de Seleções da FIFA.

Brasil e Croácia fazem o jogo inaugural, obedecendo a recente determinação da entidade máxima do futebol, onde a seleção que joga em seu país faz o primeiro jogo da Copa.

E a Seleção Brasileira vai a campo com uma expectativa enorme sobre ela e, em igual ou maior proporção, também com uma responsabilidade gigante.

Pela primeira vez entraremos em campo numa Copa do Mundo duplamente favoritos.

Se em 1950 éramos favoritos apenas por sermos os donos da casa, isso mudou radicalmente depois de, principalmente, 1970, quando o mundo se encantou com aquela que foi, sem dúvida alguma, a maior seleção de uma Copa do Mundo.

De lá pra cá, fosse onde fosse, o Brasil passou a entrar em todas as Copas do Mundo como um dos favoritos, se não o maior deles.

E agora, 5 títulos mundiais depois, essa responsabilidade soma-se àquela de 1950.

Isso é bom.

E isso também dá um pouco de medo.

Até porquê todas as 31 seleções que se juntarão à Brasileira nessa Copa sonham em repetir o feito do Uruguai de 64 anos atrás.

Além de Brasil, entram em campo como favoritas, também, as seleções da Espanha, da Argentina, da Alemanha e, um pouco atrás dessas, da Itália e do Uruguai.

E é melhor que passemos a dividir o favoritismo com todos esses sim.

O time campeão da Copa das Confederações será o que começará a disputa da Copa do Mundo.

O time campeão da Copa das Confederações será o que começará a disputa da Copa do Mundo.

O jogo:

A Seleção do técnico Felipão não apresentará nenhuma novidade em relação ao time que foi campeão da Copa das Confederações no ano passado.

E, cá pra nós, não teria nem porque apresentar alguma novidade, não é?

Júlio César é um goleiro experiente, com duas Copas do Mundo no currículo e vasta experiência em campos Brasileiros e Europeus.

A defesa conta com Dani Alves, Thiago Silva e os cabeludos David Luiz e Marcelo. Me parece uma defesa bem segura, também com jogadores experientes, e com laterais que apoiam bastante o ataque.

No meio de campo contamos com o carregador de pianos Luiz Gustavo, com Paulinho e Oscar.

Não me parece o meio de campo dos sonhos. Não temos nele nenhum jogador que você olhe e diga: “Bem, se estivermos no sufoco, esse cara salva a pátria”.

Mas também não é dos piores. Longe disso.

Já o ataque é sim dos melhores, com Neymar, Fred e Hulk.

Nesse setor do campo temos sim “o cara” que pode resolver numa situação complicada.

E o problema, nesse ponto, é o que muitos chamam de Neymardependência.

Se o craque estiver num dia bom, o que todos esperamos, a Neymardependência é uma ótima. Agora, se não estiver…

E é esperado, ao menos, que a seleção da Croácia marque muito o nosso camisa 10.

Inclusive, caro torcedor, a não ser que estejamos muito enganados, acredito que os croatas venham para não perder, o que para eles seria fundamental nesse jogo, e que tenhamos um jogo amarrado, onde a torcida terá que exercer demais a sua paciência.

Hoje é jogo em que 1 a 0 pode ser comemorado como goleada.

Vitória que se vier, e torcemos para que venha, deverá ser comemorada como sempre fizemos em Copas do Mundo: muitos fogos, buzinas, cornetas, bandeiras, cervejas, petiscos e muita alegria.

Afinal, é hoje que começa a Copa do Mundo no Brasil!

 

Alforria

Posted: 10/06/2014 in Uncategorized
Etiquetas:,
Carta de Alforria - Lei Áurea de 1888.

Carta de Alforria – Lei Áurea de 1888.

Eu gosto de futebol.

E eu gosto mais ainda de Copa do Mundo!

Sou daqueles que é capaz de dizer, em poucos segundos, todos os campeões e vices das 19 edições de Copas do Mundo que tivemos até hoje.

Bem, talvez nem todos os vices… mas os campeões eu te digo sem sombra de dúvidas.

Apesar de ser um fã incondicional desse esporte, sou também bastante consciente de tudo o que se passa ao meu redor.

Sou consciente do mundo em que vivo.

O futebol, ao contrário do que diz o dito popular, não é o meu ópio.

Longe disso.

Sou consciente, por exemplo, que nosso país não tem o mínimo de investimento que deveria ter em educação e saúde, para ficar apenas com o básico.

E mais consciente ainda de que o pouco que é investido, se é que podemos chamar de pouco, é muito mal gerido.

Sou consciente, também, de todos os problemas estruturais da política e da democracia que o país viveu (e vive) nos seus últimos 30 anos.

Sim, tanto nossa política quanto nossa democracia são falhas e estão anos-luz afrente do futebol, ou da Copa do Mundo, no rol de importância da nossa pauta de discussões.

Sei também, até porque moro em uma delas, que nossas cidades tem tantos problemas, dos mais básicos aos mais complexos, que em um único post eu não seria capaz de enumerar nem os do meu bairro, o que dirá da cidade onde vivo.

E vejo os mesmos problemas nas diversas cidades que tive o prazer de visitar nos dois últimos anos da minha vida profissional.

O fato de eu gostar de futebol e, principalmente, de Copa do Mundo, não me torna um alienado.

Ao menos não a mim.

E, se torna alienada alguma parcela da nossa população, não é por culpa do futebol em si, mas sim da educação (formal) que nosso país insiste em nos negar.

A Copa do Mundo no Brasil é um sonho que eu carrego desde adolescente, do qual não consegui participar (sim, eu tentei comprar ingressos) e que vou ver como vi todas as 7 edições anteriores.

Com a grande diferença de que agora o meu time joga em casa, na minha casa, no meu país.

Apesar de não ter conseguido ingresso, sou sim aquele torcedor que coleciona figurinhas (mesmo que para jogar fora o álbum depois), que compra cornetas e enfeites para minha casa e meu carro (a famosa bandeirinha já está lá, na janela) e compra camisa para acompanhar o jogo da Seleção.

O fato de eu gostar de futebol, ou de torcer para a Seleção do meu país, não impede que eu saiba, até por antecipação, que os estádios construídos para o evento levaram muita verba pública, embora muitos neguem, e que essas obras foram sim superfaturadas, como também é uma praxe em todas (ou na maioria delas) as obras públicas do nosso país.

Se você esperava que fosse diferente, meu caro, sinto em decepcioná-lo.

Embora eu saiba, também, que o valor gasto com a Copa do Mundo é, até certo ponto, irrelevante se comparado com o PIB brasileiro, ou até com o Orçamento da União, Estados e Municípios no período em que esse montante fora investido.

O valor gasto, inclusive no financiamento de estádios, em toda essa história de Copa (desde que fomos escolhidos, em 2007), não chega a ¼ do orçamento anual da União para as áreas da educação e da saúde, por exemplo.

O problema não é falta de dinheiro, mas sim na falta de competência na gestão.

Certamente que isso, de maneira alguma, justifica termos estádios públicos “padrão FIFA” (como nos acostumamos a dizer) em cidades que não possuem hospitais ou escolas públicas com um padrão superior aos existentes hoje.

Como também sei que muita politicagem rolou para definir as cidades-sede da Copa, onde 12 é um número absurdo, onde a Seleção Brasileira irá jogar, enfim, muita politicagem para tudo.

E também sei os políticos e, principalmente, os partidos que estiveram no meio disso tudo.

E, com relação aos partidos, podemos dizer que todos estão envolvidos.

Se o Brasil ganhar, e tomara que ganhe, ou se não ganhar pouca ou nada coisa vai mudar naquilo que vi, que li e, principalmente, no que sei.

E dificilmente minha opinião também vá mudar de acordo com o resultado da Copa, dentro do campo.

Como dificilmente, também, o meu voto no final do ano será decidido pelo resultado em campo da Seleção.

Quanto menos influenciado.

O que demonstra que o fato de ser um fã do esporte não me torna menos cidadão do que quem é fã de Fórmula 1, ou do que de quem é fã de séries americanas, ou de um nerd qualquer (que agora se chamam de Geeks).

Muito menos do que aqueles que são altamente envolvidos em política, em religião ou em filosofia.

Somos todos cidadãos com os mesmos direitos e, mais importante do que isso, os mesmos deveres.

Já votei em PT, PSDB, PMDB, DEM, em nulo (tem sido minha opção ultimamente) e sou totalmente à favor de protestos por melhores condições para todos, seja esse protesto uma greve, um pedido por moradia ou um protesto contra o aumento de R$ 0,20 no aumento da passagem de ônibus.

Só não aguento mais ser tachado de alienado apenas por gostar de um esporte.

Então, por favor, deixe-me acompanhar minha Copa em paz.

Há quatro anos eu estava acompanhando a Copa que era realizada na África do Sul e ninguém ficava, por isso, discutindo a política nacional e os nossos problemas.

Embora todos devêssemos fazer isso, não apenas em época de Copa do Mundo (que dificilmente voltará a ocorrer aqui).

Nem a Copa, nem a FIFA e quanto menos o futebol são culpados pelos problemas do nosso país.

E, embora a realização da Copa tenha sido um choque de realidade nos cidadãos, trazendo à tona discussões que antes não tínhamos, que não nos importávamos, acredito que nos próximos dias não seja o período ideal para querer discutir sobre isso.

Seria como se eu convidasse você para ir jantar na minha casa e, durante a janta, ficasse discutindo com minha esposa problemas que são apenas nossos.

Então, venho aqui pedir minha carta de alforria, igual à que a Princesa Isabel assinou no final do Século XIX, sem que isso signifique que eu vá fechar meus olhos para os problemas do nosso país.

A carta de alforria é do seu julgamento, daquilo que você pensa e acha que sabe sobre quem apenas quer acompanhar um evento.

Roberto Carlos

Esse post não passa de um belo chute, como esse do lateral-esquerdo Roberto Carlos, autor de um dos gols mais magníficos que eu já vi pela Seleção.

Depois de ter escrito o que o Blog FTB acha que vai dar em cada um dos oito grupos da Copa do Mundo (leia aqui, aqui, aqui e aqui), chegou a hora de tentarmos acertar quem vai para as quartas de final.

E, como em todos os lugares que vimos ou lemos sobre quem vai ganhar a Copa, o nosso palpite é baseado em teorias estatísticas, desempenho histórico e, principalmente, no fator mais preponderante do futebol: o imponderável.

Então, tudo o que você ler aqui não passará de mero chute, baseado mais naquilo em que o blogueiro aqui imagina que possa acontecer, do que necessariamente no que diz alguma estatística ou qualquer outra teoria por aí existente.

E você pode até se perguntar por quê eu não ouso palpitar sobre os quatro semifinalistas, como muita gente por aí faz. Primeiro, porque se eu escrever que acho que vai dar Brasil x Alemanha e Argentina x Espanha, além de chover no molhado, vou desconsiderar o tal do imponderável, que sempre aparece nas Copas do Mundo.

Brasil, Alemanha, Argentina e Espanha são sim os principais postulantes ao título. Mas vai dizer isso para um jogador italiano, uruguaio, inglês ou francês (para ficar apenas nos que já conquistaram a Copa do Mundo). Vai lá e diz isso pra eles.

Portanto, arriscar até as quartas, além de mais fácil, é também mais coerente por parte desse blogueiro que vos escreve.

Então vamos lá.

O primeiro jogo das quartas é entre o vencedor dos jogos 1 e 3 das oitavas de final. No jogo um teremos de um lado o 1º do Grupo A, Brasil na opinião desse blog, contra o 2º do Grupo B, que eu acredito que dê o mais provável com a Holanda.

E aí já teremos o primeiro grande desafio da Seleção nessa Copa.  É jogo para mineiro e brasileiro nenhum botar defeito.

Confronto eliminatório que ocorreu nada menos do que em 3 das últimas 5 edições do mundial. E se repetirá o resultado das duas primeiras, com o Brasil eliminando a Holanda e passando para as quartas.

Para pegar o Uruguai, que deve se classificar em segundo no seu grupo (D) e passar tranqüilamente pelo primeiro do grupo C, formado por Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão.

No segundo jogo das quartas temos os vencedores dos jogos 5 e 7 das oitavas de final.

Jogo 5 entre o primeiro do grupo E, contra o segundo do grupo F. Temos, então, teoricamente uma oitavas entre França e Nigéria.

Duas seleções questionáveis, ainda mais agora que a França perdeu seu astro Ribéry. Mas acho que o imponderável entrará em campo e, com certa dor no coração (pois acho o uniforme francês o mais belo da Copa), a Nigéria estará nas quartas de final, pela primeira vez em sua história.

Para enfrentar o vencedor do jogo 7, que será entre o 1º colocado do grupo G contra o 2º do H. Na opinião desse blogueiro, Alemanha x Bélgica.

E aí, como gosto de sempre pensar, entrará mais uma vez o tal do imponderável, ou zebra mesmo se você preferir, e teremos a Bélgica eliminando os Alemães, em plena Porto Alegre (para tristeza da colônia local), nos pênaltis.

O terceiro jogo das quartas será entre o vencedor do jogo 2 contra o vencedor do jogo 4 das oitavas.

Jogo 2 será entre o segundo colocado do grupo A, contra o primeiro do B, que é até fácil de se prever: Espanha.

O difícil está em escolher quem ficará no segundo lugar do grupo do Brasil. Mas vamos colocar a Croácia, ou os Camarões. Ou talvez o México.

Sei lá, tanto faz. Nenhum deles vai para as quartas de final mesmo.

A Espanha vai pegar o vencedor de Itália (1ª do D) contra o 2º do C. Aí cabe um parêntese.

Acredito que se a Costa do Marfim se classificar em 2º colocado em seu grupo, pode sim complicar para a Itália.

Mas como eu acho que os africanos ficarão em primeiro, a Itália deve pegar Grécia ou Japão. E passar para as quartas, para enfrentar a Espanha na reedição da última final de Eurocopa.

Para fechar as quartas, o último jogo dessa fase será entre os vencedores dos jogos 6 e 8 das oitavas.

Jogo 6 entre Argentina (1º do F) x Suíça (2º do E), que deve dar os hermanos mesmo.

E o jogo 8 entre o 1º do grupo H, contra o segundo do grupo G. Na opinião desse blogueiro, Rússia x Portugal.

E as quartas será mesmo entre Messi e Cristiano Ronaldo, para fazer tremer o chão do Planalto Central.

Então, em resumo, eis aqui os quatro jogos da fase de quartas de final que o blogueiro chuta que dará:

Jogo A – dia 04/7 – Fortaleza: Brasil x Uruguai;

Jogo B – dia 04/7 – Rio de Janeiro: Nigéria x Bélgica;

Jogo C – dia 05/7 – Salvador: Espanha x Itália;

Jogo D – dia 05/7 – Brasília: Argentina x Portugal.

E aí, será que o blog vai acertar ao menos a metade disso?

vocesabiaTenho andado procurando informações e dados sobre a história das Copas e alguns fatos curiosos têm me chamado a atenção nessas buscas.

Aí pensei em aproveitá-los para compilar todos esses dados em um único post, uma vez que já coloquei alguns deles na nossa página do Facebook.

Pode ser que alguns desses fatos curiosos você já tenha lido ou ouvido em algum canto, principalmente porque somos expostos a uma enxurrada deles sempre que uma Copa do Mundo está por começar.

Mas, vamos lá. Se você já os conhece, parabéns. Se não os conhece, vai passar a conhecê-los agora.

Bom divertimento!

Você sabia que…

… o Maracanã vai ser o segundo estádio na história das Copas a sediar pela segunda vez a final do torneio? Até então, o único estádio que atingiu essa marca foi o Estádio Azteca, na Cidade do México, em 1970 e 1986;

… o recorde de público em um jogo final de Copa pertence ao Maracanã? Foi em 1950, quando mais de 173 mil torcedores acompanharam, incrédulos, o Uruguai virar para cima do Brasil e conquistar seu segundo título;

… se somarmos o público das duas finais, tanto do Estádio Azteca quanto do Maracanã, o estádio brasileiro ainda leva a melhor? No total o estádio mexicano recebeu 221 mil pessoas nas duas finais (107 mil em 1970 e 114 mil em 1986). Já o Maracanã, ainda que não tenha sido disputada a segunda final (só no dia 13 de julho), pode somar pouco mais de 250 mil espectadores (174 mil em 1950 e pouco mais de 76 mil em 2014 – previsão);

… a única vez que o atual campeão não participou da Copa seguinte foi em 1934? Foi quando o Uruguai (campeão de 30) não foi à Itália exatamente porque a seleção italiana havia se recusado a participar do primeiro mundial, jogado em solo uruguaio;

… apenas em duas oportunidades uma seleção conquistou dois mundiais seguidos? Isso ocorreu em 34 e 38, com a Itália; e em 58 e 62, com o Brasil. Se levarmos ao pé da letra, esses são os únicos bicampeões mundiais da história;

… a seleção que mais fez jogos pela Copa do Mundo foi a Alemanha? Foram 99 jogos, em 17 participações no torneio. Ao todo a equipe germânica soma 60 vitórias, 19 empates e 20 derrotas, tendo marcado 206 gols e sofrido 117.

… a seleção uruguaia perdeu sua primeira partida em Copas apenas em 1954? Pois é. Como a Celeste conquistou a primeira Copa vencendo os quatro jogos que disputou e depois só voltou a jogar pelos mundiais em 1950, onde também foi campeão vencendo 3 jogos e empatando um, a primeira derrota da Celeste só veio na Copa da Suíça, apenas nas semifinais, para a poderosa Hungria, por 4×2;

… apenas uma edição da Copa do Mundo não teve as Eliminatórias? Foi em 1930, no Uruguai, na primeira edição do evento. Como era algo novo, que poucos poderiam apostar em seu sucesso, as 13 seleções que participaram dessa edição foram convidadas pela FIFA e pelo país anfitrião para participarem. De lá para cá, todas as outras edições do torneio necessitaram de uma fase preliminar.

… em uma edição da Copa do Mundo não houve final? Sim, isso aconteceu em 1950, no Brasil. Apesar de sermos bombardeados pela mídia com a informação de que o jogo entre Brasil e Uruguai era a final daquele torneio, na verdade era um jogo que fazia parte da fase final, que contava ainda com Suécia e Espanha. O que acontece é que o Brasil venceu seus dois primeiros jogos desse quadrangular final e o Uruguai venceu um e empatou outro. Por isso, ao fazerem o último jogo apenas os dois tinham chances reais de título. Como a tabela fora divulgada antecipadamente, existia o risco do jogo que valesse o título ser o de São Paulo, entre Suécia e Espanha.

… de 1986 pra cá que as fases finais das Copas tomaram o formato atual? Antes, praticamente cada edição a disputa das fases finais era diferente da Copa anterior. Por exemplo, em 1978 foram 16 seleções participantes, oito se classificavam para a fase semifinal, que era disputada em dois grupos de 4 seleções. O vencedor de cada grupo fazia a final, enquanto que os dois segundos colocados faziam a disputa do 3o lugar. Já em 1982, com 24 seleções participando da primeira fase, a segunda fase foi disputada em 4 grupos de 3 seleções, classificando-se o primeiro de cada grupo para as semifinais e depois finais.

… ao todo, 80 seleções diferentes já participaram da Copa do Mundo? Para chegar a este número você deve considerar União Soviética diferente de Rússia, Alemanha diferente de Alemanha Oriental, Eslováquia e República Tcheca diferente de Tchecoslováquia, e Iuguslávia diferente de Croácia, de Sérvia e Montenegro e de Sérvia apenas.

… dez seleções só perderam nas vezes que participaram das Copas? São elas: El Salvador (2 participações, 6 jogos, 6 derrotas); Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Haiti, Iraque, Sérvia e Montenegro, Togo e Zaire (todos com 1 participação, 3 jogos e 3 derrotas); e Índias Holandesas, atual Indonésia (1 participação, 1 jogo e 1 derrota).

… El Salvador, aliás, é a pior seleção da história, tendo participado 2 vezes do torneio (1970 e 82), tendo marcado apenas um golzinho e sofrido 22. Outra seleção com desempenho bem ruim é a Bolívia, que participou da Copa em três oportunidades (1930, 50 e 94), fez 6 jogos com nenhuma vitória, um empate e 4 derrotas, marcou também apenas 1 gol e sofreu 20.

… a seleção que mais sofreu gols em todas as edições do torneio foi a Alemanha? Os alemães sofreram 117 gols em 99 jogos e são seguidos de longe por México (89 gols sofridos em 49 jogos) e Brasil (88 gols sofridos em 97 jogos). A menor média de gols sofridos, se considerarmos seleções com mais de 5 participações em Copas, é da Inglaterra, que sofreu 52 gols em 59 jogos (média de 0,88 gol por jogo).

Depois da inauguração do inacabado palco de abertura da Copa, com um resultado que nem o mais fanático anti-Corinthiano poderia supor, vamos voltar a falar dos grupos da Copa do Mundo, analisando quais seleções terão mais ou menos chances de se classificar para as oitavas de final.

Como já escrevemos sobre o grupo do Brasil, segue agora as análises do grupo da atual campeã do Mundo e Europeia e de mais dois grupos.

Espanha e Holanda farão o primeiro jogão da Copa de 2014.

Espanha e Holanda farão o primeiro jogão da Copa de 2014.

Grupo B:

O primeiro jogo desse grupo já é um puta jogão.

Nada menos que a repetição da última final da Copa do Mundo, entre Espanha e Holanda.

Um grupo que conta com os atuais campeões e vice-campeões mundiais só pode ser considerado como um dos mais complicados dessa fase.

Mesmo apesar de ter uma baba entre os quatro times.

Espanha, Holanda, Chile e Austrália fazem do Grupo B esse grupo que os cronistas esportivos costumam chamar de “da morte”.

E cabe ao Chile ser o fiel dessa balança. A seleção Sul-Americana vai determinar quem se classificará em primeiro e em segundo no grupo.

E pode até beliscar uma vaguinha na próxima fase sim.

Até porque o Chile tem ao seu favor o fato de começar a disputa jogando contra a baba da Austrália, enquanto que os dois finalistas da última Copa se enfrentarão no primeiro duelo.

Ganhar de muito da Austrália, perder de pouco da Espanha e jogar como se fosse uma final contra a Holanda (que costuma perder finais) e pronto, teríamos nesse grupo a primeira zebra da Copa.

E esse jogo do Chile contra a Holanda, que eu tentei comprar ingressos, será no mesmo estádio onde o Figueirense fez a festa na tarde de ontem. O Itaquerão.

Mas isso não passa de uma zebra mesmo, apesar de possível.

O mais coerente mesmo é passar Espanha e Holanda, apenas com a indefinição de quem irá em primeiro e quem irá em segundo colocado.

Grupo C:

Outro grupo extremamente equilibrado, só que desta vez por baixo.

Tendo a Colômbia como cabeça de chave e a Grécia como representante Européia, além de Costa do Marfim e Japão, o Grupo C é um dos que vai menos atrair a atenção da mídia.

Também pudera, né?

Clique aqui para participar do Bolão do Blog FTB para a Copa do Mundo 2014!

Acho que nem mesmo a possível presença do colombiano Falcão Garcia, isso se ele vier, vai ajudar a melhorar as coisas nesse grupo.

Que, sinceramente, eu não consigo fazer qualquer tipo de projeção.

Acho que as quatro equipes se equivalem, uma é melhor aqui, outra é melhor ali, mas que no resumo da ópera são tudo farinha do mesmo saco.

E acho também que seus dois representantes que forem para as oitavas, sejam eles quem for, não passarão da fase seguinte.

E a Dona Morte paira pelo grupo D.

E a Dona Morte paira pelo grupo D.

Grupo D:

Aí sim, estamos falando de seleções de verdade!

Ter Inglaterra, Itália, Uruguai no mesmo grupo foi realmente de foder!

Tenho dó da Costa Rica, que já tem dia e hora para chegar e para sair do Brasil.

E, da mesma forma que ocorre no grupo B, só que um pouco mais agudo, acho que o Uruguai tá levando uma pequena vantagem por estrear exatamente contra a já eliminada seleção Costarriquenha.

E, coincidentemente, teremos um belo jogo decisivo da primeira fase no estádio Corinthiano: Uruguai x Inglaterra, pela segunda rodada desse grupo.

Que também é um grupo de previsões difíceis, ainda mais por conter seleções que, somadas, detêm 7 títulos mundiais.

A Itália sempre chega desacreditada e, quando percebemos, está na final.

A Inglaterra, que vem com uma seleção renovada, é sempre a Inglaterra. Não acredito que vá muito além das quartas de final, mas também não se pode menosprezar a sua força.

E o Uruguai vai contar com um grande apoio de sua torcida, que estará próxima, e que pode levar a melhor seleção Sul-Americana da última Copa a tentar repetir o feito de 2010.

Na opinião desse blogueiro dá Uruguai e o vencedor do jogo entre Itália e Inglaterra, que eu nem me arrisco a dizer quem será.

A onda de protestos que toma conta do Brasil vem despertando a consciência do povo para muitas questões que há tempos vêm incomodando, mesmo que silenciosamente, a todos nós.

Estamos acostumados, infelizmente, a ouvir sempre más notícias quando o assunto é a qualidade dos serviços públicos prestados à população. Salvo raríssimas exceções, a saúde, a educação, a segurança pública, os transportes, a infraestrutura e diversos outros pontos que atacam-nos diariamente são motivos da mais deveras e justas reclamações e preocupações. E, por comodismo ou por falta de lideranças, sempre nos calamos diante disso tudo.

Mas parece que agora as coisas vão tomar um novo rumo.

Diante dos inúmeros protestos os governantes das duas maiores cidades do país voltaram atrás e vão revogar o aumento das tarifas do transporte público, em detrimento de outros investimentos segundo eles mesmos, mas para tentar acalmar os ânimos da população. Outras cidades de menor porte também já estão revendo os preços de suas tarifas de ônibus, o que pode gerar um efeito dominó muito interessante.

E durante os protestos dos últimos dias uma das reivindicações,  se é que podemos chamar assim, foi o “Não à Copa” que muitos estenderam em cartazes, até em inglês, pedindo que se boicote os dois principais eventos que serão organizados no nosso país, obviamente estendendo o “Não” também aos Jogos Olímpicos de 2016.

Além desses apelos vi hoje um outro, com muito mais conteúdo e alcance. Trata-se de um vídeo que uma brasileira que mora no exterior fez pedindo para que os estrangeiros boicotem a Copa do Mundo no Brasil, onde muito bem elaboradamente ela explica os diversos problemas que temos em nosso país, utilizando-se de argumentos bem convincentes para justificar seu apelo.

O vídeo claramente demonstra a consciência que está tomando conta dos brasileiros em geral, e da classe média em específico, sobre todos esses problemas nacionais.

Mas, vamos tentar raciocinar com um pouco de frieza agora.

Particularmente eu não discordo dos argumentos apresentados tanto no vídeo, quanto por quem defende esse boicote, com exceção de um ponto no vídeo, que será explicado mais a frente.

Mas discordo totalmente do “Não à Copa” há pouco menos de um ano do início do torneio. Essa consciência e esse “Não” vieram tardiamente, quando o prejuízo já está em nossas mãos. Esse “Não” de forma mais veemente deveria ter sido dito há uns três, quatro anos, quando já sabedores do que viria pela frente nos indignamos mas, como sempre, nos calamos.

Vou explicar minha discordância começando pelo começo. Uma Copa do Mundo pode trazer para o país organizador, embora não seja esse o intuito da FIFA, três principais benefícios:

  1. O primeiro benefício, e mais diretamente ligado ao futebol, são as novas arenas (ou estádio, como preferir) com muito mais estrutura, conforto e benefícios para quem as utilizará;
  2. O segundo benefício fica geralmente relacionado ao entorno do estádio e à sua cidade sede. Investimentos em infraestrutura de transporte, como metrô, novos terminais de ônibus e aeroportos, além de possíveis investimentos na área da saúde, com ampliação de leitos e novos (ou reformados) hospitais;
  3. O terceiro benefício está diretamente ligado ao número de vagas de emprego direto e indireto que o evento pode gerar. Tanto na construção civil, quanto no turismo (e aí subentende-se hotelaria, restaurantes, aviação, entre outros) quanto em outras demandas gerais que o público que vem ao país atraído pelo evento pode vir a ter. E não, esse benefício não se resume a apenas uma semana de vendas boas do “tiozinho da praia” como é dito no vídeo;

Se analisarmos as condições em que a “Copa do investimento privado” está sendo organizada no Brasil, veremos que o primeiro e mais banal benefício realmente teremos, apesar de ser certo e sabido que ao menos quatro dessas arenas serão verdadeiros elefantes brancos. Isso sem falar na suposta roubalheira que tais obras, extremamente dispendiosas, podem ter possibilitado.

Com relação ao segundo suposto benefício, esse não teremos mesmo. A incompetência da administração pública brasileira, que não fica restrita a apenas um partido, ou a apenas um estado, impossibilitou que tais obras que supostamente beneficiariam a população fossem realmente feitas.

E o terceiro benefício é realmente o único que pode, de fato, sobrar para nós brasileiros.

Abrir mão de realizar a Copa, ou propagandear uma imagem negativa desse evento no país, a essa altura do campeonato é burrice.

Desmotivar a vinda de estrangeiros pode impedir que muitos tenham uma oportunidade de um emprego melhor, ou até mesmo de um emprego, ou a oportunidade de um comerciante ter um ano um pouco melhor, de algumas empresas brasileiras terem uma possibilidade maior de negócios, enfim de muitas oportunidades que o próprio setor privado pode ter com esse tipo de evento.

Sem contar que muitas das grandes empresas do país vincularam seu nome ao evento, como patrocinadores, exatamente esperando ter sua imagem cada vez mais fortalecida no mercado externo. E essas grandes empresas empregam muitos, mas muitos brasileiros.

E, se você não é comunista de carteirinha, por favor, não me venha criticar o setor privado.

Isso não quer dizer que apenas com a realização desses eventos teremos um Brasil melhor daqui pra frente. Não!

Mas fazer propaganda negativa lá fora também não vai fazer com que tenhamos esse Brasil melhor! Muito pelo contrário, pode impedir até que a nossa verdadeira imagem (a de que não somos apenas bunda, sexo e samba) seja transmitida lá pra fora.

Por isso, dizer “Não à Copa” agora não é uma boa!

NÃO DIGA “NÃO À COPA”!!!