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Os principais jornais, os principais portais e blogs e os principais programas esportivos da nossa mídia estão dando destaque hoje ao grande clássico que tivemos nesse final de semana.

E, dizem, foi um jogão!

Eu não vi, mas acredito que tenha sido mesmo, afinal o placar final do confronto foi 4×3. E um jogo com 7 gols deve mesmo ser considerado um jogão.

O único problema que eu vejo nisso é que o tal grande clássico não foi o Santos x Palmeiras pelo campeonato paulista, tão menos o Náutico x Santa Cruz pelo campeonato pernambucano e quanto menos o Paysandu x Remo, pela Copa Verde, todos ocorridos no Futebol em Terras Brasilis.

Não.

O grande clássico a que todos tem dado uma enorme atenção foi Real Madrid x Barcelona, pelo campeonato espanhol.

É lógico que é impossível passar desapercebido por um jogo que envolve Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, entre tantos outros craques do futebol mundial, principalmente no mundo da informação globalizada em que vivemos.

Ok.

Mas daí a este jogo tomar o espaço de destaque em todas as mídias nacionais, como por exemplo ser foto de capa dos jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, vai uma distância muito longa.

E a culpa, ou responsabilidade, disso não é dos veículos de imprensa, que fazem o seu papel em dar destaque àquilo que mais atrai a atenção de seu público consumidor. A culpa, ou responsabilidade, é sim daqueles que administram o nosso futebol que a cada dia que passa está mais enfraquecido diante de outras opções de lazer.

Concomitantemente a isso, é lógico, existe todo o trabalho feito pela UEFA em fortalecer o seu produto, e o de suas ligas, nos mercados emergentes do futebol (lê-se principalmente Ásia).

Porém, em um país em que o futebol já é bem estabelecido, com um público bem formado, com times fortes capazes de fazer frente, ao menos dentro do campo, aos principais clubes Europeus, o efeito desse trabalho da UEFA deveria ser minimizado por um trabalho também bem eficiente de gestão de seus produtos (campeonatos), o que certamente não acontece.

É até injusto tentar comparar a atenção que um Santos 2×1 Palmeiras, com ambos já classificados para o chato Campeonato Paulista, pode atrair à um jogo deste porte.

Mas o fato é que, enquanto nossos times jogam campeonatos com pouquíssimo apelo, enquanto tratamos os torcedores como gado dentro e fora dos estádios, enquanto os dirigentes dos clubes acham que o “inimigo” é o clube rival e enquanto a violência e impunidade caminharem de mãos dadas no dia a dia do futebol, essa situação só tende a piorar.

Porque serão cada vez menos pais que levarão seus filhos aos estádios (dificilmente eu levarei minha filha em um), cada vez teremos mais crianças que gostam de futebol mas não se identificam com os clubes nacionais e, no longo prazo, cada vez teremos mais consumidores consumindo (com o perdão do pleonasmo) o futebol estrangeiro em detrimento ao nacional, como eu já escrevi uma vez.

Um grande exemplo disso é o fato da Globo ter colocado em sua programação, depois de muito tempo, a transmissão das fases eliminatórias da Champions League nas tardes de quarta-feira. O produto veio a calhar para a Globo, que devia ter uma audiência baixíssima para aquele horário (com as Sessões da Tarde e Malhações da vida) e passou a atender uma demanda cada vez mais latente.

Quanto tempo falta para o futebol Europeu entrar também na grade do final de semana da principal rede de televisão do país?

É lógico que esse é um processo lento, não será do dia para a noite que os grandes clubes brasileiros sofrerão seus efeitos, e até por isso que eu acredito que nada será feito. Mas, ao mesmo tempo que é lento, é constante. Cada vez estamos mais “invadidos” pelo velho mundo quando o assunto é futebol e isso pode chegar ao ponto de ser um processo sem volta.

Do jeito que a coisa anda, quando tivermos um clássico entre Santos x Palmeiras, possivelmente ouviremos as crianças do futuro perguntando: “De qual clássico estamos falando mesmo?”.

O zagueiro Paulo André, durante entrevista coletiva no CT Corinthiano.

O zagueiro Paulo André, durante entrevista coletiva no CT Corinthiano.

Toda vez que o zagueiro Paulo André, do Corinthians, dá uma entrevista é assim: vira e mexe o assunto cai na gestão do Futebol em Terras Brasilis.

Também, pudera, o cara é sem dúvida um dos principais líderes do Bom Senso FC e, como tal, deve atrair diversas perguntas dos jornalistas que cobrem o dia a dia do Timão com relação à opinião dos jogadores, e do movimento, sobre os mais diversos assuntos da gestão desse esporte no país.

E na entrevista de ontem não foi diferente.

O jogador disse, entre outras coisas, que não pagaria para ver um jogo do Campeonato Paulista. Certamente essa opinião, se fosse questionada a ele, se estenderia para os demais campeonatos estaduais do país.

É muito bom ver, e ouvir, jogadores que pensam fora das quatro linhas. Paulo André, Rogério Ceni, Alex (meia do Coxa), são exemplos de caras que conseguem expressar sua opinião sem cair na mesmice que geralmente é a entrevista da maioria dos jogadores.

Nessa entrevista, ao menos em duas perguntas que eu vi, o zagueiro disse ainda que os estaduais são desinteressantes, chatos e que todo mundo já sabe quem vai se classificar para as fases decisivas. Além disso, o zagueiro disse algo que até hoje parece que nenhum dirigente do nosso futebol percebeu: que o público, que eu chamaria de consumidor, prefere ir à praia do que ao estádio.

E, é nesse ponto que temos que nos atentar.

Acessibilidade ruim, ingresso caro, alto risco de violência e espetáculo de baixo nível técnico são os motivos que o zagueiro citou para justificar que as médias de público dos nossos campeonatos são mais baixas do que, por exemplo, do Campeonato Australiano de futebol. Ou da MLS, a liga norte-americana.

Quem prefere ir à praia também corre o risco de violência, risco esse que corremos em qualquer lugar do nosso país, mas essa pessoa que opta pelo litoral, tem problemas de acessibilidade? Não vou falar de ingresso, afinal a praia é pública, mas os custos nela, são tão ou mais caros do que em um estádio?

Podemos pegar outro exemplo qualquer.

Que tal o cinema? Programinha básico de muitos brasileiros por aí, que adoram acompanhar os lançamentos da telona, levar seus filhos para ver alguma animação de Walt-Disney, ou assistir aquele cult iraniano que ninguém nunca tinha ouvido falar.

Certamente no cinema a acessibilidade é muito boa. O risco de violência até existe, mas é bem menor (afinal não terão vândalos dentro da sala de projeção torcendo para este ou aquele ator). O valor do ingresso é menor do que o de muitos estádios por aí, mas pode se equivaler a muitos outros (dependendo da região). E o espetáculo, ah esse certamente é de melhor nível técnico.

O que sobra para o futebol? A emoção, a paixão.

Mas que nem sempre é suficiente para levar um bom público a um Vasco x Friburguense, ou a um Cruzeiro x CRT ou a um Grêmio x Aimoré.

Eu sou um típico torcedor que trocou as arquibancadas, e todos os problemas para se chegar e estar nelas, pelo conforto da minha sala, com minha cervejinha gelada sempre à mão e alguns petiscos para acompanhar.

E enquanto os dirigentes não se atentarem que os maiores rivais dos clubes brasileiros estão fora das quatro linhas (como sempre bem disse o ótimo Erich Betting) essa situação vai continuar por longos e longos anos.

E, conforme prometido ontem, o Blog FTB voltou hoje, dia 17 de janeiro.

Voltou para um ano que realmente promete não só no Futebol em Terras Brasilis, mas como também no futebol mundial.

2014 é ano de Copa do Mundo. E ela será aqui, em nossas Terras Brasilis.

E, como já é um costume desse blog, ano novo é sinônimo de novidades também por aqui.

new ftbA começar pelo nosso novo escudo, criação do grande Daniel Tega, primo querido do blogueiro e uma vez já homenageado por este blog. Valeu Dan!

Além do novo, e muito belo, escudo, algumas pequenas mudanças já podem ser vistas pelos nosso leitores. No canto esquerdo de sua tela, logo abaixo dos posts e páginas mais lidos, colocamos agora uma nuvem de etiquetas com os principais assuntos abordados pelo blog.

Isso pode facilitar a sua vida quando, por exemplo, você quiser saber tudo o que eu escrevi sobre o seu time, determinado campeonato ou algum outro assunto relacionado ao futebol. Essa nuvem está dando um trabalho danado para esse blogueiro, uma vez que decidido a utilizá-la, estou tendo que rever todas as etiquetas de todos os posts que eu já escrevi. O que não está sendo fácil.

Mas, de começo, todos os posts de 2013 (quando migramos para essa plataforma) já estão devidamente etiquetados. Vou etiquetando os anteriores conforme tiver tempo e disponibilidade.

Outra mudança, essa um pouco mais substancial, foi no “Sobre” do menu acima. Desmembrei o texto que ali estava, deixando agora uma página para quem quiser saber sobre mim, outra sobre o blog e uma terceira sobre o Ranking, onde explico detalhadamente o funcionamento de nosso Ranking (antes chamávamos essa página de “Como funciona o Ranking”).

As novidades não param por aí.

Estou lançando uma espécie de coluna periódica (provavelmente mensal) que se chamará “Histórias de Torcedor”. Nessa coluna eu irei escrever histórias curiosas ou engraçadas que vivi como torcedor, seja na arquibancada de um estádio, seja no sofá da minha casa, ou em algum boteco qualquer.

E, o melhor, quem quiser poderá também participar dessa coluna. Basta enviar para o e-mail que está como contato na página sobre o autor alguma história que você, amigo leitor do blog, tenha vivido. Para isso, a história deverá obedecer algumas pequenas regras, que serão apresentadas quando eu postar a primeira História de Torcedor do blog.

No futebol, como diz o título desse post, esse ano promete.

Ano que começa com a puta bagunça, já esperada, no caso do rebaixamento do Brasileirão 2013, onde começou o festival de liminares que mandam a Portuguesa subir, o Fluminense descer, depois mandam o Fluminense subir e a Portuguesa descer. Não duvido que o Brasileirão 2014 contará com 24 clubes na Série A, naqueles famosos jeitos que a CBF dá para não se indispor com os presidentes dos clubes, caracterizando a indesejada virada de mesa.

Mas não é só coisa ruim.

2014 é o ano da Copa, por mais que saibamos a que custo ela será realizada aqui, mas que ao menos possibilitará ao torcedor brasileiro acompanhar os principais craques do futebol mundial desfilando pelos nossos gramados.

E, esquecendo um pouco todos os problemas do nosso país, vamos falar a verdade hein: Copa do Mundo é muito foda! É um puta torneio, emocionante até quando o Brasil é eliminado. Vai ser lindo vê-la por aqui.

Além da Copa do Mundo, teremos novamente seis clubes na principal competição do continente (Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Atlético Paranaense e Botafogo), temos uma nova edição da Copa do Nordeste, que começa nesse final de semana e esse ano dará ao seu campeão uma vaga na Taça Sul-Americana de 2015.

Como novidade em nosso futebol, teremos a primeira edição da Copa Verde, envolvendo campeões estaduais de 2013 da região norte, centro-oeste (exceto Goiás) e do Espírito Santo, onde o campeão também terá uma vaga na Sul-Americana de 2015.

Particularmente esse blogueiro gosta bastante dessa ideia de copas regionais. Vamos ver se eu consigo acompanhar esses dois torneios.

Bem, é isso. Voltamos a viver, respirar e transpirar futebol por todos os nossos poros.

Que 2014 seja um ano menos violento e mais feliz em nossos estádios!

É com um trecho da célebre frase do falecido narrador Fiori Gigliotti, o melhor que eu já tive o prazer de ouvir narrar um jogo, que eu intitulo o último post do blog FTB em 2013.

Último post porque o Futebol em Terras Brasilis pouco nos reserva de assuntos nos próximos dias. Teremos a disputa do Galo pelo terceiro lugar do Mundial de Clubes e a decisão, no STJD, sobre quem vai cair ou não para a Série B.

E, vamos ser bem sinceros, hoje já é dia 20 de dezembro, tempo de focar nossa mente em outras coisas mais importantes e, principalmente, descansar um pouco.

Como eu escrevi ontem, já que o Galo não pontuará na Copa do Mundo de Clubes FIFA, já fechamos o Ranking com a pontuação final de 2013.

Para ver como terminou o Ranking, as colocações de cada equipe e sua evolução clique aqui.

E, para entender as modificações do Ranking Final de 2012 para o desse ano, colocamos uma tabelinha (que eu adoro) demonstrando todos os times que pontuaram nesse ano, suas depreciações, a pontuação inicial e final e as colocações iniciais e finais de cada um em 2013.

Além dos times que pontuaram, tivemos no top 20 do Ranking alguns times que não conseguiram pontuação, casos de Palmeiras, Vasco da Gama, Bahia, Sport, Guarani e São Caetano, que também estão na tabelinha abaixo.

Vejam como foi a “movimentação” dos clubes em nosso Ranking de 2013:

Ranking Futebol Brasileiro 2013

Os times estão ordenados pela pontuação conquistada e pela depreciação do ano.

O time que mais pontuou nesse ano foi, sem dúvida alguma, o Atlético Mineiro. O Galo conseguiu 3.600 pontos com as conquistas da Libertadores e do Campeonato Mineiro, além do 8o lugar no Brasileirão. Contando com a baixa depreciação o Galo conseguiu subir quase 3.000 pontos no Ranking, saltando da 11a para a 9a colocação.

Logo atrás do Galo vem seu arqui-rival, o Cruzeiro, que conquistou 2.000 pontos com o título no Brasileirão 2013. No entanto, a Raposa não conseguiu subir de colocação no Ranking, já que depreciou mais de 800 pontos e a distância para o 5o colocado, Grêmio, era maior que 2000 pontos.

O Corinthians, atual campeão do Mundo até amanhã, foi o que mais pontos perdeu com a depreciação, mas o terceiro que mais pontos ganhou com os títulos da Recopa, do Paulista e a décima colocação no Brasileirão. O Timão conseguiu se manter na segunda colocação, mas não conseguiu diminuir a distância para o líder do Ranking.

O Atlético Paranaense coroou seu ano quase perfeito sendo o quarto time que mais pontuou em nosso Ranking e tendo, de quebra, roubado a 13a colocação de seu rival Coritiba. Para que você tenha uma ideia do que equivale essa posição, o 13o colocado nada mais é do que o primeiro colocado entre os times considerados como médios e pequenos do nosso país (fora do G12).

E o Grêmio fecha o nosso pódio, com 1.412,5 pontos conquistados com o vice-campeonato brasileiro e a chegada até às semi-finais da Copa do Brasil. O Tricolor Imortal, por ter depreciado muito menos do que seus concorrentes (leia-se Inter e Santos) mais próximos e ter pontuado muito mais reassumiu a 3a colocação do Ranking, posição que ocupava em 2010.

Além disso, podemos citar o Vasco nesse post como tendo sido o time que mais perdeu no ano de 2013, pois além do rebaixamento no Brasileirão, perdeu mais de mil pontos com a depreciação do nosso Ranking, sem ter conseguido pontuar em nenhuma competição que disputou. É um ano para o Gigante da Colina esquecer.

Outra modificação importante no Ranking é que o time nordestino mais bem colocado mudou. Se até 2012 essa honra pertencia ao Sport Recife, o Vitória da Bahia subiu duas posições com a conquista do título Baiano e a quinta colocação no Brasileirão, assumindo a 16a colocação geral no Ranking e deixando o time pernambucano em 17o.

Férias:

Agora que o Ranking está finalizado e o Futebol em Terras Brasilis está no ritmo de férias, o nosso blog, e o blogueiro também, vai aproveitar para descansar um pouquinho.

Não sem antes torcer para o Galo, ao menos, terminar na honrosa terceira colocação do Mundial de Clubes da FIFA.

Lá pela segunda quinzena de janeiro nós voltamos, com algumas novidades, como todos os anos temos tentado fazer.

Aproveito para agradecer a todos os amigos que passaram por esse web espaço para ler as opiniões deixadas por esse magrelo e acompanhar o nosso Ranking.

Desejo um Natal harmonioso para todos e um maravilhoso ano de 2014!!

Até lá!

Torcedor Pontepretano chora no alambrado do estádio, após a derrota da Ponte por 2x0.

Torcedor Pontepretano chora no alambrado do estádio, após a derrota da Ponte por 2×0.

A sina continua!

Tanto a sina da Ponte Preta, quanto a dos demais clubes “menores” do Futebol em Terras Brasilis.

Nem ela, nem eles, conseguiram quebrar seus tabus.

A Ponte não conseguiu conquistar o primeiro título da sua enorme história e, com ela, os times menores do nosso futebol não conseguiram, ainda, conquistar um título internacional.

É uma pena.

Pena principalmente porquê a derrota veio para um argentino, quebrando uma hegemonia do nosso futebol no continente.

Ninguém gosta de perder para argentino. Muito menos eu.

O início do jogo até deu alguma esperança para os Pontepretanos. A Macaca jogou muito bem os 15, 20 primeiros minutos do jogo, mas depois parece que parou. O primeiro gol do Lanús, aos 24 minutos do primeiro tempo, veio para agravar o apagão do time da Ponte.

Mas o castigo mesmo veio depois, com 47 minutos do primeiro tempo.

Acho que se a Ponte não tomasse aquele gol besta, a história do segundo tempo poderia até ser diferente. Mas não foi.

E agora resta aos torcedores lamentarem a sexta possibilidade concreta de conquistar um título ser perdida.

E a Ponte continua a fazer parte da turma dos “sem título”.

Ranking:

Se ao menos resta um consolo para os Pontepretanos, esse consolo é que a Macaca angariou 750 pontos em nosso Ranking do futebol brasileiro, subindo agora para a 21a colocação.

Conforme falamos, o Ranking será atualizado após o término da participação do Atlético Mineiro na Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

Mundial de Clubes:

Ontem começou a décima edição do principal campeonato de clubes do mundo.

O time da casa, sim queridos leitores anti-corinthianos a FIFA sempre dá uma vaga para uma equipe do país organizador, venceu o primeiro confronto da competição e avançou para a segunda fase, chamada de quartas de final.

O Raja Casablanca, que esteve aqui no Brasil em 2000, venceu o Auckland City da Austrália por 2×1 e enfrentará o Monterrey, do México, na próxima fase.

O vencedor de Raja Casablanca e Monterrey enfrentará o Atlético Mineiro, na próxima quarta-feira.

Acredito que ambos podem, de certa maneira, complicar um pouco a vida do Galo no caminho para a final.

Mas é só um pouco só, viu…

Com esse tipo de proposta, dificilmente o grupo conseguirá a mudança desejada!

Com esse tipo de proposta, dificilmente o grupo conseguirá a mudança desejada!

Vi hoje, na página do Bom Senso FC no Facebook, que finalmente o grupo de atletas irá apresentar para a detentora dos direitos de imagem (TV Globo)  alguma proposta sobre a principal reivindicação do grupo, a mudança no calendário.

Conforme eu escrevi aqui há alguns dias, era exatamente isso que estava faltando ao grupo de atletas: alguma proposta!

Não sei se influenciados pelos meus comentários, ou não (acredite, eu postei na página deles as minhas opiniões e sei que eles, ou os responsáveis pela página, leram), mas desde ontem vem rolando uma proposta do grupo para redução dos estaduais e ampliação das séries C e D do Brasileirão.

Pela proposta do Bom Senso, todos os estaduais deveriam ser disputados em formato parecido com a Copa do Mundo de Seleções, com 32 equipes divididas em oito grupos de 4 cada, e sete datas para se conhecer o campeão. Para evitar que os clubes menores tenham apenas esse compromisso no ano, as séries C e D seriam ampliadas no número de participantes, a fim de abrigar e deixar em atividades os mais de 500 clubes de futebol profissional durante o restante do ano.

Essa proposta visa diminuir o número de jogos dos grandes clubes do Futebol em Terras Brasilis, passando de 83 para 72 o número máximo de jogos que uma equipe daqui pode fazer dentro de uma temporada.

Ok.

Querem saber a minha opinião, se é que ela é importante?

Péssima ideia!

Confesso que fiquei desanimado com o que eu li.

Principalmente por três motivos:

  1. Como preencher as 32 vagas de estados que não possuem esse número de equipes profissionais de futebol (e, acredite, são muitos)?
  2. E para os casos dos estados com mais de 32 clubes profissionais, o que seria feito com os demais times?
  3. Como tornar atrativa para todos os interessados as duas divisões de acesso com tantos clubes disputando?

Para o primeiro motivo, a ideia (também bem péssima) do Bom Senso é preencher as vagas restantes com times amadores(?!?), o que deixa a proposta muito, mas muito longe de ser exequível. Nenhuma federação estadual, nem a televisão e nem os patrocinadores vão ter interesse em realizar, transmitir ou patrocinar um campeonato assim.

Para o segundo motivo, provavelmente podemos imaginar que a ideia seria fazer as demais divisões do estadual com a mesma fórmula, respeitando o limite de 7 datas.

Já para o terceiro motivo ainda não li nada que o grupo tenha pensado a respeito, mas também duvido da eficácia da ideia, tanto para organizadores, detentores do direito de transmissão e patrocinadores.

Fato é que dificilmente uma ideia dessa vai emplacar, mas que dificilmente, também, o grupo conseguiria alguma coisa se não sugerir nada, protestando apenas pelo fato de protestar.

E aí fica a pergunta: qual é, então, a diferença enter não sugerir nada e sugerir isso?

bom sensoDesde quando surgiu, há pouco mais de 2 meses se eu não me engano, o Bom Senso FC vem ganhando cada vez mais destaque na mídia esportiva brasileira por representar a voz dos maiores interessados no bem do futebol brasileiro: os jogadores.

Ok, você pode dizer que os torcedores são os maiores interessados, pode ser.

Mas é inegável que as reivindicações do grupo que inicialmente era formado por 75 atletas, e hoje já são quase mil, são voltadas muito mais para o interesse dos atletas do que de qualquer outro envolvido no espetáculo futebol.

No que eu concordo e dou voz aqui no nosso modesto blog.

O grupo, que é liderado por jogadores que não se resumem apenas ao “Acho que o time jogou bem, fizemos o que o professô pediu mas o resultado não foi o desejado“, tem basicamente cinco reivindicações: calendário mais organizado (sem coincidir jogos de nossos campeonatos com datas FIFA, por exemplo), férias de 30 dias para os atletas, pré-temporada suficiente para aguentar um ano de jogos, fair-play financeiro dos clubes e participação de grupos de atletas em conselhos técnicos das entidades que organizam o futebol brasileiro.

Todas, absolutamente todas as reivindicações são para o bem do Futebol em Terras Brasilis, seja para quem vê, para quem torce, para quem joga, para quem ganha dinheiro com ele e etc.

Acontece que, como era esperado, os que comandam o futebol brasileiro pouco estão dando ouvidos para esse apelo dos jogadores. Isso para não dizermos que eles NÃO estão dando ouvidos.

Pouca coisa foi mexida até agora. A Federação Paulista alterou a fórmula e disputa e reduziu algumas datas do seu campeonato estadual, talvez mais uma ou outra federação estadual tenha feito algo parecido, mas com pouca efetividade sobre as reivindicações do grupo.

E hoje o UOL Esporte publicou que a CBF já praticamente definiu o calendário de 2015, já que o de 2014 seria impossível mudar, mas este também com pouquíssimas mudanças.

Esse blogueiro aqui, que nunca jogou futebol num campo com dimensões oficiais, mas que é um apaixonado pelo futebol brasileiro e gostaria de ver aqui, em nossos “modernos e seguros estádios os melhores jogadores do mundo para a disputa do melhor campeonato do mundo”, acredita que o Bom Senso FC está pecando apenas em um ponto.

Falta uma sugestão.

Ou, melhor, essa foi a única coisa que eu não li que o grupo tenha feito.

Eu não li que se tenha proposto algo.

Porquê reivindicar é uma coisa. A população brasileira foi às ruas em junho para reivindicar contra o aumento das passagens de ônibus.

Propor é outra.

E, talvez, o que esteja faltando ao Bom Senso FC é chegar com uma proposta na mesa, e negociar com os interessados (lê-se federações e Globo) para conseguir o que os atletas querem.

Propostas exequíveis, que atendam aos interesses comerciais, profissionais e que possibilitem uma melhora na qualidade dos nossos campeonatos, do nosso futebol.

No caso do calendário, por exemplo, seria interessante que tivéssemos ideia do que o Bom Senso FC tem em mente, ou seja, qual seria o calendário ideal na cabeça dos jogadores? Como seria a organização dos campeonatos, suas fórmulas de disputa, quem participaria do quê? Essas são perguntas que os jogadores, na minha opinião, deveriam ter um consenso e uma ideia para propor e negociar em cima disso.

Até eu tenho algumas ideias para o calendário brasileiro (e até já postei uma delas no blog, lá no começo da minha vida de blogueiro), mas e eles?

Talvez seja a hora do Bom Senso FC começar a ser mais incisivo não só nas suas reivindicações, mas também nas ideias, nos seus atos e nas suas atitudes.

Só assim teremos no Brasil o futebol que manda o bom senso!

O goleiro Rogério Ceni, no jogo contra o Botafogo: desabafo coerente, crítico e com toda razão (Foto Dhavid Normando / Agência Estado)

O goleiro Rogério Ceni, no jogo contra o Botafogo: desabafo coerente, crítico e com toda razão (Foto Dhavid Normando / Agência Estado)

Ao final do jogo do último domingo, entre São Paulo e Botafogo, o goleiro Tricolor Rogério Ceni deu uma declaração muito interessante, criticando a absurda semana que o São Paulo, e mais alguns times, terão pela frente.

O São Paulo, por exemplo, fará quatro jogos em oito dias, praticamente jogando dia sim, dia não. Botafogo domingo, Náutico hoje, Criciúma quinta e Coritiba no próximo domingo. No meio disso tudo viagens de SP para o Rio, do Rio para Recife, de Recife para SP e daí para Curitiba.

Lógico que essa condição foi criada pela própria diretoria São Paulina, que também foi alvo das críticas do capitão Tricolor, quando mandou o time para a Europa realizar amistosos, além do sempre apertado calendário brasileiro, que conta com o início lá pelo dia 20 de janeiro e só para no começo de dezembro.

A situação acabou atingindo outros clubes também, como o Náutico, que jogou no último sábado, jogará hoje, quinta e domingo.

Mais times também se envolveram nessa confusão, por conta da malfadada viagem do Santos à Barcelona, e do adiamento de um jogo do Atlético Mineiro, quando da disputa da final da Libertadores.

Tudo isso acabou resultando nesse absurdo que veremos essa semana.

Os maiores prejudicados são, sem dúvida alguma, os atletas dos times envolvidos, que irão sim sofrer o desgaste desses jogos. Se você é daqueles que acham que o cara tem sim que jogar, afinal ganha bem para isso e blá, blá, blá, sinto muito, mas eu irei discordar completamente de você.

Muitos de nós, meros mortais, sempre falamos: “o quê? Se eu ganhasse X mil reais comeria grama!! Jogaria todo dia. O cara ganha uma puta grana pra fazer o que gosta”. Acontece que a coisa não é bem assim.

Primeiro porquê estamos falando de esporte de alto rendimento, que exige muito mais da musculatura e do preparo físico do atleta, do que aquele bom e velho futebol de final de semana que você joga de vez em quando exige de você.

Segundo porquê até num mundo cheio de cifrões, onde se faz o que gosta, há o estresse, o desgaste natural do ser humano com aquela atividade (que pode até passar a não ser mais tão prazerosa por conta das cobranças nela envolvidas), principalmente no futebol onde a cobrança vem de todo lado, inclusive numa mesa de um restaurante.

E, por fim, porquê os jogadores dependem, para exercerem sua atividade, de uma máquina extremamente complexa, maravilhosa, mas também muito, muito limitada, chamada corpo humano. Veja, por um exemplo, nas transmissões de jogos pela TV, quando um jogador é substituído, que aparece quantos quilômetros ele correu. Geralmente você vê lá 6, 8 e até 10km, em menos de uma hora e meia, com movimentos tão diversos que atingem todo o corpo do atleta.

Bem, eu não sou fisiologista e como médico sou um excelente administrador, porém acredito ser praticamente impossível ficar sujeito à maratona que alguns atletas serão expostos, sem que haja uma contusão, um desgaste além do normal. Piora no caso do São Paulo, por exemplo, que está lutando para sair da ZR e que se não conseguir os resultados sabe que a cobrança será maior, e maior, e maior e maior.

Nessa semana, e também na próxima, estaremos vendo o Futebol em Terras Brasilis ser conduzido novamente à década de 90, onde esse tipo de situação era muito comum.

A coisa fica pior ainda para os atletas quando percebemos que nem os dirigentes dos próprios clubes, nem das federações, nem da CBF, quanto menos a Globo (maior interessada em transmitir jogos), menos ainda os patrocinadores irão sair em sua defesa, tentando evitar esse tipo de situação. Seria pífio falar sobre a possibilidade do sindicato fazer esse papel, pois todos sabem que esse, exatamente esse sindicato não tem força alguma no Brasil.

Atletas como o próprio Rogério Ceni, o zagueiro Paulo André do Corinthians, ex-jogadores como o lateral Júnior, do Flamengo, o meia Raí, ex-São Paulo, e tantos outros que, além de muito talentosos com a bola nos pés, pensam o futebol brasileiro de maneira diferenciada, deveriam sim criar uma associação para esse fim, ou até mesmo participar do sindicato dos atletas com mais pró-atividade, a fim de melhorar não só as condições para as grandes estrelas dos nossos campos, mas para todos aqueles que praticam o Futebol em Terras Brasilis.

Pois estes sim, são aqueles que mais sofrem com essa absurda desorganização.

Foto do torcedor envolvido na briga do último domingo, que passou uma bela temporada em Oruro.

Foto do torcedor envolvido na briga do último domingo, que passou uma bela temporada em Oruro.

Uma notícia extracampo vem tomando conta do noticiário esportivo essa semana: a participação, na briga entre “torcedores” de Vasco e Corinthians no jogo do último domingo, de um (ou dois) integrantes da Gaviões da Fiel que ficaram detidos na Bolívia, por conta da morte do garoto Kelvin Espada no primeiro jogo do Corinthians pela Libertadores desse ano.

O que pareceu algo espantoso para muitos, não foi nada além da constatação do pensamento desse que vos escreve: que aqueles que foram detidos, tinham sim, alguma coisa a ver com o ocorrido em Oruro. Direta ou indiretamente.

Mas como não estou aqui para julgar ninguém, até porque, de acordo com o que lemos na imprensa, não foram encontradas provas dessa participação dos doze caras que foram presos lá na Bolívia, o cerne desse post não será discutir a participação ou não deles na morte do menino.

Ao contrário disso, quero escrever sobre a dependência que os grandes clubes brasileiros têm de suas torcidas organizadas, e tentar analisar se isso é ou não prejudicial ao Futebol em Terras Brasilis.

Também não espere, caro leitor, encontrar nesse blog amador uma informação de bastidor, ou algo que ainda ninguém tenha falado, ou escrito. Eu não tenho essa pretensão, tão menos essa  capacidade…

Mas, vamos aos fatos, tomando como exemplo o caso desse(s) integrante(s) da maior organizada Corinthiana.

Já é muito complicado para um pai de família como eu, para um jovem trabalhador, para quem quer que seja, acompanhar de perto o clube de coração em viagens longas. Geralmente essas viagens levam mais que um ou dois dias, atrapalhando aqueles que têm de trabalhar de segunda a sexta (às vezes também nos sábados e domingos). Se o jogo é numa quarta-feira, então, aí que fica realmente inviável.

Mais complicado ainda, para esse mesmo pai de família, deve ser ficar detido em um país que seja por seis longos meses. Quem paga as contas desse pai de família? Como ele volta a trabalhar, depois de um ocorrido desses? O que acontece com esse emprego?

Complica mais um pouco a situação se, logo após voltar dessa prisão, tirar uns dias para acompanhar seu time do coração em um jogo na capital federal, distante uma pá de quilômetros da cidade de São Paulo. Se a viagem for de ônibus, então, pior ainda.

Logo percebe-se que esse torcedor, por exemplo, ou vive de torcer para o seu time ou é muito rico…

Vamos considerar que ele viva de torcer para o seu time, pois até aqueles que são muito ricos possuem compromissos, ou profissionais ou de quaisquer outras áreas, que impeçam de acompanhar tão de perto sua paixão futebolística.

Então, usando um pouco de raciocínio lógico, e ligando um ponto ao outro, percebemos que alguns torcedores vivem de serem torcedores organizados, dos mais variados times, visto que essa situação não se restringe apenas ao Alvinegro do Parque São Jorge.

São torcedores que acompanham seus times nos mais distantes pontos do país e, por que não, do mundo.

E alguém financia tudo isso.

Uma vez eu vi uma entrevista do atual presidente do Fluminense, Sr. Peter Siemsen, onde ele admitiu que o clube dava subsídios (agora não me lembro se financeiros, ou de logística) para que a torcida organizada do Tricolor acompanhasse o seu time onde fosse.

E ele justificou essa despesa como uma forma de promoção do clube, coisa que a torcida era responsável por levar o estandarte, faixas e bandeiras do clube onde fosse.

Declaração interessante, corajosa e polêmica.

E o presidente foi voz solitária, sendo que nenhum outro, nunca mais, admitiu tal fato.

Mas, apesar de ninguém afirmar com certeza, sempre lemos e ouvimos na imprensa que todos, absolutamente todos os clubes, dirigentes e conselheiros mantém suas torcidas organizadas por perto, financiando viagens, dando ingressos (ou descontos na aquisição destes), e até bancando carnavais e etc.

Afinal, o que faria, por exemplo, a torcida Independente ter defendido com unhas e dentes o atual presidente do São Paulo, maior responsável pela péssima fase que o clube vive atualmente?

Quando da morte do garoto boliviano, lembro-me que escrevi que todos os culpados teriam que ser punidos (leia aqui). Óbvio que isso nunca aconteceria, né? Seria como punir toda classe política pela morte de um cidadão comum na porta de um hospital público esperando atendimento.

Mas, e aí, é vantagem para os clubes manterem suas organizadas tão próximas?

Politicamente, para os dirigentes, sim, é!

Evita protestos, gritaria na porta dos CT’s, depredação das sedes e até ameaças de morte! Além, é claro, de garantir tal dirigente, ou seus pares, no poder dos clubes e federações.

Já, para aquele torcedor desorganizado, que gostaria de ir a um estádio com seu filho, com sua filha, para curtir um domingo de sol, não, não é!

Mas esse torcedor pouco influencia no processo eletivo do clube, né? Geralmente não protesta, não briga, não discute. Se o time dele perde ele vai pra casa e continua sua vida normalmente, sabendo que futebol, para ele, é apenas uma forma de lazer, de entretenimento. Ele praticamente não conta…

É lógico que existe o lado bom das torcidas organizadas. Para tudo na vida existe um lado bom. Realmente é muito bonito ver a festa que essas torcidas fazem nos estádios, quando se propõem apenas a isso, e aí independe de qual time você torça, de qual torcida estamos falando.

Mas esse lado bom compensa o lado ruim? E, acrescento, o lado ruim dessa ligação estreita entre dirigentes e torcidas organizadas não pode ser favorável para o próprio dirigente?

Fosse você o presidente de um grande clube do futebol brasileiro, tentaria aproximação a essas entidades, ou afastamento?

Fato é que, por inúmeras razões que vão desde a política interna dos clubes, até a certeza da impunidade nos casos como o do garoto Kevin, os dirigentes mantém essa aproximação com as torcidas organizadas, financiando-as e criando vínculos de difícil dissolução no futuro.

E a nós cabe apenas assistir a tudo pela televisão.

Porque em estádio eu não boto mais meus pés!

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A reportagem que abriu o Globo Esporte SP de hoje foi sobre uma reunião entre o presidente do Santos, Luis Álvaro, representantes do craque Neymar Jr. e o pessoal do Barcelona.

O motivo da reunião é aquele que todo mundo já sabe: a ida do 11 do Santos para o Barça, na janela de Julho.

O Santos fez o que pôde e o que não pôde para segurar o mais brilhante jogador revelado pelo futebol brasileiro nesse século, mas acredito que dessa vez não há mais nada que possa ser feito.

Além disso, temos que considerar que a situação do Santos com relação ao seu craque já está ficando extremamente delicada. Sem ter forças para renovar mais uma vez o contrato do jogador, o Santos não pode se dar ao luxo de não negociá-lo nesse momento uma vez que ao final do ano o atleta pode assinar um pré-contrato com qualquer equipe do mundo e, em julho de 2014, sair de graça do time da baixada.

Dizem que exatamente por isso, e pela vontade já demonstrada inúmeras vezes pelo jogador de ir para o Barça, que o valor oferecido pelo time Catalão está muito abaixo do que já fora cogitado em outros momentos.

E, aí, chovem críticas à diretoria Santista.

Críticas, na minha modesta opinião, bem equivocadas. 

Porque se o valor de venda, que é bem mensurável nesse momento, é inferior do que poderia ter sido há dois, três anos, os ganhos do Santos com a permanência do jogador por esse período são imensuráveis.

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Ganhos que incluem a parte financeira, como contratos de patrocínio e parcerias, mas que ultrapassam essa questão, como por exemplo fortalecimento da marca, da imagem que a gestão do futebol do Santos tem, entre outros.

Isso sem contar os títulos conseguidos por essa manutenção do craque: três Paulistas (2010, 2011 e 2012), uma Copa do Brasil (2010), uma Libertadores da América (2011) e uma Recopa Sul-Americana (2012).

O Santos que teve muita competência com geração de 2002, sabendo fazer com que os lucros daquela geração dessem retorno já em 2010 (com a geração de Neymar, Ganso e etc…), também mostrou muita competência ao gerir e garantir a permanência de suas revelações pelo tempo que foi possível.

Também não podemos desconsiderar que a crise financeira da Europa, e porquê não do Mundo, também influencia muito nessas transações. E essa crise, que ronda o mundo desde 2008, pode também ter sido o grande motivo da permanência do craque no futebol brasileiro, que pouco foi atingido pela crise.

Se o valor da venda do Neymar for realmente o que foi falado no Globo Esporte de hoje, a torcida do Santos não deve se sentir revoltada nem protestar. Todo o trabalho feito para manter o craque o máximo de tempo possível trouxe ao Santos um lucro muito maior do quê se ele tivesse sido vendido em 2010 por uma cifra duas ou três vezes maior.

E, até pela queda de rendimento do jogador nos últimos meses, talvez essa seja realmente a hora certa para dar adeus.

Ps.: a foto desse post é de Michel Filho – Agência O Globo.