Posts Tagged ‘guarani’

Jogadores da Ponte comemoram a vitória sobre o Ceará.

Jogadores da Ponte comemoram a vitória sobre o Ceará.

Como dediquei meu post de ontem a analisar apenas a Série A do Brasileirão, mais precisamente o desempenho dos sete primeiros colocados na principal divisão do futebol no país, hoje resolvi passear pelas demais divisões e ver o que exatamente está pegando nas Séries B, C e D do nacional.

A começar pela Série B, que nesse final de semana viu a Ponte Preta assumir, pela primeira vez, a liderança da competição após vencer o até então time sensação do campeonato, o Ceará, por 3×1 em Campinas. É a quinta vitória seguida do time do técnico Guto Ferreira.

A Macaca continua empatada em número de pontos com o Avaí, que subiu para a segunda colocação após vencer o Boa Esporte Clube por 2×0, na Ressacada (Santa Catarina), mas mantém a liderança no terceiro critério de desempate, o número de gols marcados.

Quem era o líder até a última rodada e agora caiu para a terceira colocação é o Joinville, que perdeu para o Vasco da Gama por 2×0 e se mantém à frente do time carioca apenas pelo número de vitórias (14 contra 12).

Interessante é ver que o Gigante da Colina, mesmo estando há sete jogos sem perder, não consegue assumir a liderança da Série B por nada nesse mundo. Até agora a melhor colocação do Vascão nessas 26 rodadas foi a segunda colocação, que o time Cruzmaltino ocupou entre a 14ª e a 18ª rodadas.

E só.

É muito pouco para um time do tamanho e da grandeza do Vasco, que parece se satisfazer apenas em subir para a Série A, esquecendo-se da obrigação que tem de fazer valer o peso de sua camisa na disputa da Série B.

O G4 da Série B parece ter se desgarrado dos demais clubes, estando agora a 4 pontos do quinto colocado da competição, o Ceará.

Na outra ponta vemos três clubes tradicionais em seus estados agonizarem a caminho da Série C.

O que está na lanterna, mas que tem totais condições de sair da ZR até o final do campeonato, é o América Mineiro, que teve 21 pontos subtraídos pela escalação irregular do lateral Eduardo em quatro partidas.

O Coelho tem time para sair dessa incômoda posição, e ainda pode recorrer ao circo do STJD (que pune para depois despunir).

Logo acima do time mineiro, e aí sim em situação agonizante, vemos a Portuguesa e o Vila Nova-GO, com 20 pontos e a 6 pontos do primeiro clube fora da ZR.

É lamentável ver a situação desses dois clubes, que já foram campeões em seus estados (no caso da Lusa já chegou ao vice-campeonato brasileiro).

Pela Série C, três jogos acontecerão hoje para o fechamento da 17ª rodada, a penúltima da primeira fase.

Guarani e Caxias fazem duelo decisivo hoje, pela Série C.

Guarani e Caxias fazem duelo decisivo hoje, pela Série C.

No grupo A já temos classificado para a próxima fase, como primeiro colocado do grupo, o Fortaleza.

Salgueiro-PE (27 pts), ASA-AL (25 pts), Botafogo-PB (25 pts), CRB-AL (24 pts), Cuiabá (23 pts) e Paysandu (20 pts) estão ainda na luta pelas três vagas que restam no grupo, sendo que o Paysandu ainda tem o jogo de hoje (válido pela rodada 17) e o do próximo final de semana.

No grupo B já temos três clubes classificados, restando apenas definir suas colocações e o quarto time a ir à próxima fase.

Tupi-MG, Mogi Mirim e Madureira são os clubes que já estão nas quartas de final, sendo que Macaé (23 pts), Guaratinguetá, Caxias e Juventude (todos c/ 22 pts) e Guarani (20 pts e um jogo a menos) lutam pela quarta vaga.

A situação do Guarani, curiosamente, é bem interessante.

O time campineiro vai até Caxias do Sul hoje enfrentar o Caxias e, dependendo do resultado, fará o último jogo no próximo final de semana podendo ou disputar uma vaga na próxima fase, ou lutar para não ser rebaixado.

Caso o Bugre vença o Caxias, vai para 23 pontos e poderá, dependendo do resultado do Macaé na próxima rodada, se classificar por essa quarta vaga.

Agora, caso perca, o time de Campinas irá disputar indiretamente com o São Caetano para ver quem se manterá na Série C de 2015.

O que seria interessante se observarmos que essa situação envolvem dois clubes que já foram, respectivamente, campeão brasileiro e vice-campeão da Libertadores.

O que seria um triste fim para dois times que, em suas épocas, foram considerados as novas forças do futebol paulista.

Jogadores do Brasiliense comemoram vitória contra o Remo, no Mangueirão.

Jogadores do Brasiliense comemoram vitória contra o Remo, no Mangueirão.

Pela última divisão do Campeonato Brasileiro já estão rolando os jogos conhecidos como mata-mata, ou se estivéssemos na América do Norte, os play-offs.

16 times estão disputando as oitavas de final e os resultados do primeiro jogo da fase, ocorridos ontem, foram os seguintes:

Central-PE 0x1 Confiança-SE;

Metropolitano-SC 1×1 Tombense-MG;

Santos-AP 0x1 Londrina-PR;

Anapolina-GO 1×1 Rio Branco-AC;

Ituano-SP 1×0 Moto Club-MA;

Remo-PA 1×2 Brasiliense-DF;

Operário-MT 0x0 Brasil de Pelotas-RS;

Globo-RN 1×3 Jacupiense-BA.

Os times que estão à direita da lista farão o próximo jogo em casa, definido pelas campanhas na primeira fase da mesma forma que o regulamento da Libertadores faz (melhor primeiro vs. pior segundo, e assim por diante).

Esse foi o passeio rápido pelas três divisões de acesso do Brasileirão.

Amanhã teremos um post sobre as oitavas de final da Sul-Americana.

 

Um dos assuntos que mais chamou a atenção na mídia esportiva brasileira dessa semana foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça no embate jurídico entre Sport Club do Recife e Clube de Regatas do Flamengo sobre quem é, ou não, o campeão brasileiro de 1987.

Na decisão, o STJ confirmou decisões judiciais anteriores e manteve o clube pernambucano como o Campeão Brasileiro de 1987. Para quem não sabe o STJ é a última instância jurídica no país. Acima dele temos apenas o Superior Tribunal Federal que, por definição, é a última instância para julgar matérias constitucionais, o que não é o caso em voga.

Então, concluímos que legalmente o campeão brasileiro de 1987 é o Sport Club Recife, certo?

Sim, legalmente sim.

E, se legalmente o Sport é o campeão brasileiro, por quê o Blog FTB considera o Flamengo como campeão daquele ano na composição de pontos do Ranking?

Porque aí, caros amigos leitores, temos que recorrer à história desse campeonato para entender como ele foi criado, disputado e finalizado. E, se você tiver um pouquinho de tempo e paciência, convido-o a ler esse breve resumo que o blogueiro aqui preparou para você.

Vamos lá?

Por que surgiu a Copa União?

Bem, para responder essa pergunta temos que voltar um pouco mais no tempo, mais precisamente no ano de 1986, quando o Campeonato Brasileiro daquele ano foi a maior síntese do que era a bagunça na organização e gestão do nosso campeonato. Entre todas as confusões, foram determinantes para esse caso um julgamento de dopping no jogo entre Joinville e Sergipe, que terminou empatado, mas que o time catarinense conseguiu os pontos no tribunal.

A partir daí, para a formação da primeira divisão do ano seguinte, que seria composta por 28 clubes divididos em dois módulos (verde e amarelo) começou a sofrer uma série de brigas judiciais porque o Botafogo-RJ não estaria classificado entre essas 28 equipes, e teria que jogar a segunda divisão em 1987 e o Vasco da Gama não se classificaria para a fase final de 1986 caso esses pontos fossem mantidos para o Joinville.

E, quando falamos de Vasco da Gama, principalmente naquela época, falamos de Eurico Miranda.

Além disso, é bom frisar o contexto histórico que nosso país vivia naquela época. Estávamos entrando no processo de redemocratização, com uma economia extremamente frágil, inflação nas alturas e uma assembléia constituinte que tomava grande parte das atenções nacionais.

No meio disso tudo a sempre bem administrada CBF anuncia, dois meses antes do início do Brasileirão de 1987, que não teria condições financeiras para realizar o campeonato daquele ano. A CBF estava quebrada!

Foi aí que Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, e Márcio Braga, presidente do Flamengo, se uniram aos demais 11 principais clubes do país (Palmeiras, Santos, Corinthians, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco da Gama, Botafogo, Fluminense e Bahia) para organizar o Campeonato Brasileiro de 1987 e, consequentemente, fundaram o Clube dos 13.

Para que o campeonato acontecesse, o C13 convidou mais três clubes (Santa Cruz, Goiás e Coritiba) e correu atrás de patrocínios para a realização do certame. Com o apoio da Varig, da Rede Globo e da rede de hotéis Othon, a Copa União sairia do papel e seria realizada.

Pronto, estava dada a chance que a CBF queria para se apropriar daquilo que ela não teve competência para fazer.

Álbum de figurinhas da Copa União. Até nisso o C13 foi mais competente do que a CBF.

Álbum de figurinhas da Copa União. Até nisso o C13 foi mais competente do que a CBF.

E como foi a disputa?

Entre o anúncio da formação da Copa União e o início de sua disputa tivemos dias de muitas disputas judiciais, bate-bocas e uma centena de outras cenas impressionantes que só uma gestão eficiente, lucrativa e organizada pode fazer por você (ou pelo futebol). Fato é que, após o anúncio do Clube dos 13, a CBF quis voltar atrás na sua decisão de organizar o brasileirão, pois via que era sim possível fazê-lo, mas os presidentes dos clubes não aceitaram essa mudança de postura.

Enquanto o C13 organizava seu campeonato, a CBF tentava correr atrás juridicamente para tomá-lo para si. Fez que fez que conseguiu organizar aquilo que seria chamado de Módulo Amarelo, de forma idêntica ao formato de disputa da Copa União, contando porém com a desistência de participação do América-RJ.

A Copa União, ou o denominado Módulo Verde pela CBF, foi disputada em quatro fases, sendo as duas iniciais com os 16 times divididos em duas chaves e jogando contra os times da outra chave na primeira fase e contra os times da própria chave na segunda fase.

O vencedor de cada fase em cada grupo estaria classificado para as semifinais (terceira fase), que foram Atlético Mineiro (campeão do grupo A na primeira fase), Internacional (campeão do grupo B na primeira fase), Flamengo (2o colocado no grupo A na segunda fase – o Atlético Mineiro havia conquistado a primeira colocação novamente desse grupo) e Cruzeiro (campeão do grupo B na segunda fase).

Nas semifinais o Rubro-negro eliminou o Galo, enquanto que o Colorado tirava da disputa do Cruzeiro.

Acontece que, logo após o início da disputa da Copa União, a CBF divulgou o regulamento do Campeonato Brasileiro de 1987.

Isso mesmo que você leu, a CBF divulgou o regulamento APÓS o início da Copa União (após a segunda rodada). A essa altura, o tal Módulo Amarelo ainda nem havia sido iniciado, esperando obviamente que a CBF anunciasse seu regulamento.

No regulamento inicial, à pedido do Clube dos 13, haveria o cruzamento entre os dois primeiros colocados de cada Módulo (Verde e Amarelo) apenas para a definição dos representantes brasileiros na Libertadores 1988, e não para a definição de seu campeão. Porém, a CBF cagou para o que queriam os 13 maiores clubes do país e, em seu malfadado regulamento, colocou o cruzamento entre os dois primeiros colocados de cada Módulo como definição do título de campeão brasileiro.

E esse cruzamento só ocorreria em janeiro de 1988.

As finais:

Enquanto Flamengo e Internacional duelavam na final da Copa União, Sport e Guarani duelavam na final do Módulo Amarelo.

No primeiro jogo da decisão da Copa União, Internacional e Flamengo ficaram no empate em 1×1, no Beira-Rio. No outro Módulo, o Guarani vencia o Sport por 2×0 no Brinco de Ouro da Princesa.

Chegou, então, o dia 13 de dezembro de 1987.

Maracanã lotado, Ilha do Retiro idem.

Na cidade maravilhosa, o Flamengo vence por 1×0 e se torna o Campeão da Copa União, ou o Campeão Brasileiro como quase toda a imprensa esportiva assim o definiu (com exceção do SBT, que estava aliado à CBF e transmitia o Módulo Amarelo).

Enquanto que na capital pernambucana o Sport fazia 3×0 no Guarani e levava a disputa para a prorrogação e pênaltis (não tinha essa de saldo de gols). O 0x0 na prorrogação levou a final para a disputa por pênaltis.

E, aí meus amigos, mais um absurdo aconteceu.

Quando a disputa estava 11 a 11 os dois presidentes dos dois clubes resolveram, por si próprios, retirarem seus times de campo.

“Chega de bater pênaltis! Já que nós dois estamos classificados para o quadrangular final mesmo, pra que vamos perder tempo em cobranças de penalidades?” devem ter pensado os cartolas.

Talvez essa tenha sido a primeira, se não única, vez que uma disputa por pênaltis terminava empatada.

Aí, para terminar de cagar, a CBF declara o Sport como campeão daquele Módulo, inclusive com a concordância do Guarani, pois o time pernambucano tinha a melhor campanha entre os dois finalistas.

Ora, se a melhor campanha era fator de desempate, por quê não fora utilizada logo que terminou os noventa minutos e o Sport já havia vencido o Guarani por 3×0 (devolvendo com sobras o placar do primeiro jogo)?

Poster do Flamengo Campeão Brasileiro de 1987!

Poster do Flamengo Campeão Brasileiro de 1987! Era assim que a imprensa tratava o Rubro-Negro.

O quadrangular:

Em janeiro de 1988 a CBF divulga a tabela do quadrangular final, não reconhecendo o Flamengo como campeão brasileiro, e informando a todos que aqueles seis jogos seriam sim para decidir o título de 1987.

Desnecessário dizer que nem Flamengo, nem Inter e nem nenhum outro clube do C13 que estivesse nessa disputa entrariam em campo naquele janeiro, né?

Mas, vale dizer o seguinte: esse quadrangular foi tão bem aceito por todos que, incrivelmente, até a Federação Carioca marcou jogos do Flamengo no estadual daquele ano nas mesmas datas do tal quadrangular.

Uma das principais federações que formam a Confederação Brasileira de Futebol agiu em direção contrária ao que queria a entidade máxima no país.

Guarani e Sport venceram seus jogos contra Flamengo e Inter por WO e, nos jogos entre si, empataram no Brinco de Ouro por 1×1 e o Sport venceu na Ilha por 1×0.

Sport e Guarani foram os representantes brasileiros na Libertadores de .1988.

Posição do Blog:

Analisando todos os fatos históricos, e tenha certeza caro leitor, eu tentei me informar bastante sobre esse assunto, o Blog não pode deixar de condenar toda a atuação da CBF nesse caso, bem como das federações estaduais e dos tribunais esportivos, e vejo a CBF muito mais como uma entidade política do que de gestão do nosso futebol.

Dessa forma, entendo que toda a condução do caso foi meramente política, o que me faz ter certo nojo disso tudo o que ocorreu.

Nojo principalmente da passada de perna que a CBF deu nos clubes que tentavam se organizar de outra maneira, determinando o cumprimento de um regulamento que estes não estavam de acordo e que fora confeccionado após o início das disputas.

Por conta disso, continuaremos considerando a classificação final da Copa União para a composição do nosso Ranking, mantendo o Flamengo como o campeão nacional (se você não quiser utilizar-se do termo Brasileiro) daquele ano e o Internacional como vice-campeão.

Da mesma forma que o Blog não considera o Santos Futebol Clube oito vezes campeão brasileiro, o que não diminui a importância que damos aos seis títulos conquistados da Taça Brasil na década de 60.

Vale lembrar que a CBF fez esse reconhecimento dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa quando estava em negociação dos direitos de transmissão de seus campeonatos, tentando agradar aos presidentes de Bahia, Santos, Palmeiras, Botafogo e Cruzeiro para não perder votos importantes ao seu favor.

O que é igualmente condenável.

A única certeza que fica disso tudo é que, enquanto houver futebol na face da terra, o resultado do campeonato brasileiro de 1987 será debatido, discutido e esse ano nunca, nunca terá fim.

Uma lembrança agitou minha mente durante toda essa semana.

Algo que vem lá dos fundos da minha memória, que nem eu imaginava que já poderia fazer tanto tempo. E, junto com essa lembrança, veio também um sentimento bem gostoso que eu tenho por alguém especial na minha vida.

Esse alguém é meu tio Carlos.

E essa lembrança é o primeiro jogo de futebol que eu fui assistir no estádio.

E, contando com a ajuda maravilhosa da internet, além da colaboração imprescindível da soneca da tarde da Manuelita, eu consegui achar o vídeo desse meu primeiro jogo.

Um Corinthians 4×0 Guarani, ou Guaraná como nós, as seis crianças que meu tio corajosamente levou ao estádio, teimávamos em chamar.

Num domingo de sol do ano de 1986, meu tio Carlos, que geralmente proporcionava os melhores passeios para aquela molecada toda, colocou seus dois filhos, Paulo e Guilherme, e os quatro sobrinhos, eu, meu irmão Rodrigo, a Priscila e o Claudinho (que hoje é, na verdade, Claudião), e fomos todos em direção ao velho estádio do Pacaembu.

Fomos de arquibancada, já que naquela época não era tão perigoso assim ficar nessa parte do estádio. Eu, Corinthiano fanático que já era, me lembro direitinho da primeira vez que vi o campo gramado do Pacaembú, ainda lá em cima, no portão de entrada.

Naquela época a arquibancada pegava desde a curva do portão principal até próximo do tobogã, passando por debaixo das cabines de rádio, onde hoje fica situada a cadeira laranja. Escolhemos nosso lugar bem abaixo das cabines de rádio, no meio do campo, com uma visão privilegiada.

O passeio, lógico, teve direito a sorvete, amendoim e uma bela bagunça, sempre capitaneada por esse meu tio.

Por falar no meu tio, como ele era corajoso, meu Deus! Levar seis crianças ao estádio e conseguir controlá-las era realmente um ato de muita coragem! Coragem não por ser um passeio perigoso, que naquela época não era, mas por conseguir dar conta da garotada, sempre com muita paciência e atenção.

Mas o tio Carlos sempre fazia isso. Quando não era a escalada no Pico do Jaraguá, era o passeio com piquenique no Parque do Carmo. Quando não era isso, nem aquilo, era uma deliciosa história do Pedro Malazartes nas reuniões de família, quando ficavam todas as crianças à sua volta, ouvindo atentamente as artes do tal do Pedro.

Boas lembranças nas quais eu sempre tento me espelhar para tentar ser um tio para meus sobrinhos e um pai para minha filha tão legal quanto era, na minha infância, meu tio Carlos.

Do jogo em si pouco me lembrava. Me lembrava que o Biro-Biro tinha feito um dos gols e que todos os outros tinham sido marcados por um outro jogador. Hoje vi, pelo vídeo, que esse jogador é um tal de Ricardo.

Mas isso não importava. Isso não importa.

O que importa é que para sempre vou levar na minha memória os passeios com o tio Carlos.

E que para sempre ele estará em meu coração.