Na tarde dessa quinta-feira ocorreu, na Conmebol, o julgamento do caso da morte de um adolescente no jogo entre San José e Corinthians.
E, diferente do que ocorreu na grama sintética do jogo de ontem, dessa vez o Corinthians saiu vencedor.
Mesmo após mais um caso de violência envolvendo torcidas organizadas brasileiras, a Conmebol passou a mão no filiado predileto da CBF e liberou o público para os jogos no estádio do Pacaembu, quando o Timão for mandante.
A punição manteve-se para os jogos em que o Alvinegro for visitante, mesmo que jogando na capital paulista, só que agora por 18 meses e válida para as duas competições da confederação continental.
Uma punição muito branda, que não servirá de exemplo para ninguém, e que permitirá ao Corinthians voltar a usar a força de sua torcida nos jogos em casa.
Ao que parece, a morte do rapaz serviu mais para a Conmebol apresentar ao mundo uma posição teoricamente séria frente aos seus clubes logo de início, mas depois que a poeira baixou a coisa voltou a ser como era.
E os casos de violência na competição Sul-Americana continuam.
Ontem foi a vez da torcida Mancha Alviverde atacar os jogadores do Palmeiras no aeroporto de Buenos Aires, após a derrota por 1 a 0 para o fraco time do Tigre.
Derrota essa que não justifica a agressão. Pra falar a verdade, nada justifica a agressão.
Agora o presidente da equipe Alviverde vem a público informar que não dará mais ingressos para as torcidas organizadas e que espera que a justiça prenda os agressores.
Parece mais uma bravata igual a que a Conmebol fez no caso do garoto boliviano, pois todos sabemos que mais dia, menos dia, o Palmeiras estará entregando ingressos para seus torcedores organizados.
E assim vamos caminhando, matando, agredindo e sorrindo para as câmeras.
Dizer que isso é prejudicial ao esporte já virou “chover no molhado”. Pedir providências às autoridades já não adianta mais.
Talvez o problema seja maior, muito maior.
Talvez não, certamente ele é.
E aí, não cabe a um simples blogueiro tentar resolvê-lo em poucas linhas.