2014 não está sendo muito diferente, para a Seleção Brasileira, do que foram as Copas de 1994 e 2002.
Diferente mesmo, até pela obvia distância do tempo, é o nome do “cara” da Seleção.
Se em 1994 nós falávamos “É Romário e mais dez” e se em 2002 foi a vez do “É Ronaldo e mais dez”, 2014 certamente já tem o nome certo da Seleção: Neymar.
Ele que disputará sua primeira Copa do Mundo, por culpa do Dunga (óbvio), virou, de agosto de 2010 para os dias atuais, o cara que mais depositamos nossas esperanças pelo 6o título mundial da Seleção Canarinho.
E ontem, mais uma vez, ele demonstrou porquê que nossas esperanças estão em suas costas. Ok, eu sei, a seleção da África do Sul é realmente uma baba, e nem vou utilizar o argumento de que eles ganharam recentemente da Espanha, pois cada jogo é um jogo.
Mas, exatamente por ser uma baba, temos que lembrar que o cara matou a pau no jogo de ontem, assim como dele era esperado.
E o fato de Felipão ter o time praticamente definido pouco, ou nada, muda nesse fato.
Neymar é sim o cara para a Seleção nessa próxima Copa do Mundo.
E os outros 10?
Como nunca antes eu vi na história da Seleção em épocas “pré-Copa” (e olha que eu acompanho esse tipo de noticiário desde, pelo menos, 1990), a Seleção chega há pouco mais de três meses de sua estréia na competição com o time praticamente definido e, o que é mais raro ainda, com pouca contestação sobre os possíveis convocados.
O time titular, que dificilmente vai mudar daquele que conquistou a Copa das Confederações no ano passado, já é conhecido por todos: Júlio César; Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar e Hulk; Neymar e Fred.
Desses apenas dois ainda são vistos com uma ligeira desconfiança pela torcida, muito mais devido aos seus atuais momentos do que aos seus históricos: Júlio César e Fred.
Mesmo assim, ambos contam com uma puta confiança do técnico Felipão, o que ajuda e muito nessa hora.
Além dos 11, como o próprio técnico já adiantou, 95% dos escolhidos já estão praticamente definidos por Felipão, restando uma ou outra dúvida que ainda devem ser confirmadas pelo técnico (como os dois estreantes de ontem Fernandinho e Rafinha).
Com uma Seleção praticamente definida, com padrão de jogo e jogadores pouco questionados, a tarefa de Neymar em ser o cara do Brasil na Copa acaba ficando um pouco mais facilitada.
Condições para isso ele tem. E a Seleção também.