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Tendo acabado de assumir a presidência do Palmeiras, Paulo Nobre já demonstrou, em menos de uma semana de trabalho, ao menos duas decisões corretas do ponto de vista administrativo.

A primeira ao trazer de volta o gestor da era “Parmalat”, José Carlos Brunoro, que foi o homem forte na época da parceria com a empresa italiana, e é um grande conhecedor da gestão do futebol. Além disso, Brunoro conhece, e bem, todos os caminhos das pedras dentro do clube Alviverde.

Trazendo gente de qualidade para trabalhar com ele, Paulo Nobre dá um grande passo em direção a uma gestão eficiente do clube, fazendo aquilo que seus antecessores não fizeram.

O outro grande passo, enorme passo em direção ao caminho certo da gestão eficiente, foi a não contratação, ou melhor, à negativa da seqüência de negociação com o jogador Riquelme. Uma negociação que beirava o absurdo, feita por um dirigente que já estava com seu filme totalmente queimado com a torcida, e que traria muitos mais problemas do que soluções para o time do Palmeiras.

Riquelme é um jogador velho, que já não jogava mais aquele futebol dos velhos tempos e, principalmente, caro. Muito caro.

O caminhão de dinheiro prometido pelo ex-presidente Tirone correspondia, segundo a nova diretoria, a três bons reforços que o técnico Kleina solicitou. Além disso, o tempo de contrato oferecido, 2 anos com possibilidade de renovação por mais um, era outro absurdo. Como você propõe para um jogador velho e em fim de carreira um contrato desses?

“Ah, mas e o marketing que ele poderia gerar a favor do time Alviverde?” você certamente pode perguntar.

Riquelme é um jogador com pouca, ou nenhuma identificação com o futebol brasileiro. Muito “estrelinha”, nas poucas oportunidades que ele esteve em Terras Brasilis, sempre foi de uma arrogância ímpar e até entrevistas ele se negava a dar.

E, se você acha que isso seria superado pelo bom futebol do jogador, eu te pergunto: na final da última Taça Libertadores de América o que ele jogou? E respondo: nada, absolutamente nada!

Portanto, achei excelente a posição da dupla Nobre/Brunoro com relação a esse assunto. Riquelme não somaria nada ao Palmeiras e o valor que seria despendido com ele só serviria para afundar mais ainda o clube em dívidas.

Prejudicado pela data da eleição, que deveria ter sido transferida para dezembro do ano passado, o presidente Paulo Nobre começou sua primeira semana de mandato de forma irrepreensível. Ficará nas mãos dele, também, a responsabilidade de dar sustentação política ao clube que, com a última mudança de seu estatuto (maravilhosa por sinal) terá sua próxima eleição presidencial de forma direta, ou seja, os sócios que votarão para escolher o presidente do clube. Além disso, Nobre terá a dura missão de satisfazer a gregos e troianos, tentando acalmar a todos os grupinhos que se formam dentro do clube.

E, tal como no Flamengo, que o novo presidente devolveu Vágner Love por saber que o clube não tinha condições de pagá-lo, Paulo Nobre aparenta iniciar uma gestão coerente com a realidade do clube, pensando no futuro da instituição e escolhendo, desde já, o caminho certo.